CAPÍTULO 17

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AUTORA

Maegor caminhava em direção a irmã, ele não tinha certeza sobre o que faria se ele a agarraria pelos cabelos e a levaria para a fora ou se iria lhe fazer uma ameaça de morte, mas ele estava farto, farto do seu comportamento, farto da sua grosseria e ainda mais farto de estar lomge dela.

— Não vai me chamar para dançar? — Ceryse se colocou na frente de Maegor, agora seu marido, ele a encarou, no primeiro instante se perguntou quem era a mulher e então se lembrou que era a sua esposa.

— O quê? — Ele a questionou tentando entender ao que ela estava se referindo.

— A nossa dança. — Maegor viu que todos encaravam o novo casal, contudo, Visella não estava alí, assim como Aemon e nem Baella.

Os três caminhavam até o antigo quarto da princesa, Aemon havia dito que gostaria de descansar, a viajem havia sido cansativa e eles haviam aproveitado a carruagem durante muitos dias. — Tem certeza que ficará bem? — Visella entrou no quarto enquanto Baella a esperava do lado de fora.

— Eu estou bem... — Ele passava a mão pelo rosto da esposa. — Você é tão linda...

— Está bêbado! — Visella estava pronta para deixá-lo com um sorriso no rosto quando ele a puxou e a beijou, com um gosto de vinho em sua língua. — Não! — Aemon encarou sua esposa. — Estou falando sério, você não viu como todos a encaravam hoje? Ceryse era a noiva mais você brilhava, não só pela sua beleza mas por ser você... — Ele deu um tapinha em seu rosto e então adormeceu.

— Porque está sorrindo? — Foram as primeiras palavras de Baella ao ver Visella sair do quarto.

— Estou feliz. — Visella abraçou o braço da prima e então as duas caminharam para a sala do trono, onde estava acontecendo o casamento de Maegor.

Ao chegarem no grande salão haviam muitos dos convidados dançando na pista, Lancel se aproximou da sua senhora enquanto escondia sua bebida dos senhores. — Onde estava?

— Em meu quarto, você deveria saber não? — A princesa pegou sua bebida e deu um gole.

— É difícil segui-la quando você está sempre correndo. — O caveleiro suspirou e deu alguns passos para trás das senhoritas que caminhavam até as comidas.

— A algo que eu gostaria de discutir. — A Velaryon pegou um pedaço de queijo e ofereceu a Targaryen, que é claro cerrou seus olhos com aquele gesto. — Cedric.

— O quê? — Visella ignorou cortou o queijo no meio com a faca ao lado ao ouvir o nome dito por Baella.

— Ele está naquela casa de prazeres dirigida por Alán...Vivo. — Cedric seria o homem que jogou cartas com Visella na noite em que Aegon supostamente matou todos em um bordel, ele não era apenas um jogador de cartas, Cedric era também os ouvidos de Visella.

— Marque um encontro para mim. — O corpo de Visella se aproximoi de Baella. — Diga-me o que quer. — Visella a encarava, pronta para lhe dar o melhor ouro de Westeros se fosse do seu desejo.

Se Baella estivesse prestes a se enforcar este seria o momento, bem...Até quase até Maegor se colocar entre elas.

— Saia. — Maegor disse de forma grosseira para Baella, levando seus olhos para o lado.

— Encontro-me amanhã. — A Velaryon assentiu para Visella, se retirando e deixando ambos a sós.

Os irmãos se encararam e quando viram que parte dos convidados os observavam, Maegor a puxou para o lado de fora contra a sua vontade.

— Maegor! — Visella se afastou do mais novo tentando manter distância, ele estava alterado como de costume era visível até para um cego.

— Você! — Os dois estavam em um corredor escuro, entre duas colunas próximas a sala do trono, Maegor a pegou pelos ombros colocando sua irmã contra a parede colando suas testas uma a outra, ele era rápido e com um corpo grande, Visella não poderia fazer nada além de gritar ou debater com palavras contra ele. — Porque você veio? — Não saiam lágrimas de seus olhos, mas podia-se ver que havia algo prestes a sair dalí. — Porque ele veio?

— Você me mandou um convite. — Visella não o encarava, seu rosto estava para o lado e mesmo quando Maegor a pegou pelo queixo ela insistiu em não olhar para ele.

— Olhe para mim. — Os lábios de Maegor roçaram a pele de Visella.

— Maegor. — Sua voz saiu como se ela implorasse para que ele se afastasse.

— Visella... — Maegor afastou seu rosto e finalmente ela o encarou. — Encontro-me em Dragonstone, em quinze dias.

— Não. — Sua reposta foi firme e direta.

— Nyke beg ao, sōvegon naejot zaldrīzesdōron. (Eu imploro, voe para Dragonstone)

MAEGOR

— Você não dormirá comigo? — Ceryse me questionou quando me levantei da cama.

— Não. — Arrumei minhas roupas e pela primeira vez na minha vida eu implorei que essa mulher não estivesse grávida.

— Você foi muito bem meu príncipe. — A mulher me encarava ainda sentada na cama.

Eu a encarei de volta. — Deveria voltar para a sua casa, a muitas doenças em Porto Real ultimamente.

— O quê? — Ela me encarou assustada. — Mas minha casa é com o senhor.

— Foi isso o que lhe disseram? — Eu fui em direção a porta e sai por ela, já era manhã do dia seguinte do casamento muitos dos convidados iriam embora e como combinado Aegon quem iria recebê-los e claro se despedir deles.

— Oh! Bom dia príncipe Maegor. — Essa maldita voz, me virei para encará-lo, ele arrumava suas roupas como quem estivesse acabado de ter uma boa noite diferente de mim.

— Lorde Aemon. — Assenti para ele, pronto para dar um fim aquela conversa.

— Não lhe dei minhas felicitações noite passada. — Ele apontou para a direção que eu ia, e então continuamos nosso caminho. — Sua esposa parece...Sua esposa é uma Hightower não é?

— Foi o que me disseram.

Quando chegamos ao fim do corredor nos encaramos. — Recebemos o convite encima da hora mas foi bom aproveitarmos nossa lua de mel em uma viajem, meu príncipe deveria levá-la ao Norte em breve é um bom lugar para os amantes. — Aemon sorriu para mim e eu queria enganá-lo ao ouvir tais palavras tão esnobes.

Quando chegamos a escada Visella esperava por ele ao lado de Baella, ela não me encarou, mas eu estava certo de que nos encontraríamos em Dragonstone.

THE FALL OF A KING - MAEGOR TARGARYENOnde histórias criam vida. Descubra agora