𝐟𝐨𝐮𝐫

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Não pensou que seria tão difícil se concentrar no jogo depois de presenciar aquela cena que te deixou tão enojada

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Não pensou que seria tão difícil se concentrar no jogo depois de presenciar aquela cena que te deixou tão enojada. Tentou manter o foco nos dribles impressionantes de Keisuke ou em como o Mikey fazia uma cara engraçada quando estava concentrado em marcar um gol, mas sua mente só pensava em uma coisa: por que diabos o Kazutora e aquela garota sorriram um para o outro? Nunca tinha visto os dois interagindo antes. Essa dúvida desencadeou um pensamento ainda mais desconfortável: por quê se importava tanto com isso? 

Sempre foi comum entre vocês comentarem um com o outro quando estavam a fim de alguém, desde quando eram menores. Até porque, isso é o que melhores amigos fazem. Entretanto, nenhum dos dois tinha conseguido chegar até a etapa de um relacionamento sério com outras pessoas. Sempre acabava em, no máximo, um mês. Mas, nunca teve uma conclusão exata sobre isso, afinal, namorar não estava nem perto da sua maior preocupação.

Quando os garotos estavam saindo do campo após o apito final, pensou em se levantar e ir de encontro até eles, mas decidiu esperar por Mitsuya, que vestia um casaco em sua irmã mais nova. Não estava um dia frio, mas o vento te fazia arrepiar de vez em quando, principalmente por estarem na sombra. Antes que pudesse fazer alguma coisa, a tal garota saiu de seu assento indo ao encontro de Kazutora. Seus olhos acompanharam os movimentos dela e se arregalaram quando, de repente, ela tomou uma atitude inusitada. Seu corpo inteiro gelou e sentiu uma vontade imensa de sair dali e chorar. Não esperava por aquilo, definitivamente não. 

Eles estavam se beijando, calorosamente.

Ela tinha os braços ao redor de seu pescoço enquanto as mãos dele seguravam firmemente sua cintura. Não conseguia tirar os olhos da cena, e não sabia bem o porquê. Não era a primeira vez que via ele beijando outra pessoa. Por quê estava doendo tanto

Quando os dois se afastaram, se arrependeu de não ter se levantado assim que o apito soou, pois ele desviou suas orbes até a sua direção.  Nunca imaginou que uma troca de olhares fosse te fazer desmoronar completamente por dentro. Naquele segundo, percebeu que a última vez que isso havia acontecido foi quando brigaram. Vocês se encararam, estáticos, por no máximo uns cinco segundos, que pra você pareceram uma eternidade. Seus olhos carregavam angústia e os dele arrependimento. O corpo nunca mente. Já as palavras? O tempo todo.

𝐄𝐕𝐄𝐑𝐋𝐎𝐍𝐆 | kazutora hanemiyaOnde histórias criam vida. Descubra agora