O garoto da trend | Minsung

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Após conseguir explicar para sua mãe o que havia acontecido e sua mãe ter feito um barraco falando que iria "deitar o treinador na porrada" ambos se acalmaram pensando em uma decisão logica para o que havia acontecido. Decisão que acabou sendo tomada pelo time, eles decidiram levar para a delegacia o caso do treinador, tudo isso sem alertar ao diretor para que ele não pudesse fazê-los desistir da decisão. A mãe de Minho foi a primeira a concordar com a ideia depois que ficou sabendo de toda a história que vinha acontecendo a mais de três anos.

Mas antes disso ele ainda tinha que ter certeza de que Han estava bem. Minho tinha o sentimento de que ele podia cuidar de si depois, Han era a sua prioridade, ele via cada dia mais que o seu namorado com a fachada de emo marrento era, na verdade, um menino muito sentimental que não conseguia lidar sozinho com situações de estresse. Ele quase passava mal de nervoso com as provas de final de bimestre, quem dirá com uma situação dessa, onde ele pensava que seu namorado estava sendo expulso do time por causa dele. Depois que ele conseguiu ficar o mais calmo que ele conseguiria na situação ele foi para a casa de Han, bateu na porta e deu de cara com o pai do menino. Ele nunca tinha se apresentado para os pai de Han como o namorado do rapaz e agora vê-los com esse titulo deixou Minho travado sem conseguir falar do porquê estar ali.

— Minho, que bom que você veio, eu estava pedindo para Han te chamar, mas ele se recusou. Entra, a gente pode conversar antes de você subir?

— Claro.

Minho falou e entrou na casa, ele se sentou no sofá de frente para o seu sogro que se sentou na poltrona.

— Sei que essa não é a situação ideal para nós nos apresentarmos como sogro e genro, mas acho que não tenho mais como ignorar. Não que não soubesse antes, mas mesmo assim, agora que ouvi sair da boca de Han me parece oficial. Quero dizer que você é muito bem-vindo aqui, a minha esposa não está muito feliz com a ideia de que ela não vai ter netos, mas sei que vai passar logo, nós sabemos que você é um menino e quer o melhor para o nosso Han. Então seja bem-vindo a família e queremos que você venha jantar aqui com seus pais depois que tudo se acalmar.

Minho respirou aliviado e sorriu para o sogro.

— Muito obrigado pelo carinho, Hyunsik-ssi, prometo que vou cuidar muito bem do Hannie.

— Sei que vai, você já está aqui para fazer isso. Agora pode subir, ele está no quarto.

Minho se levantou e se curvou para o mais velho antes de começar a andar, mas ele parou antes de subir a escada que levava para o quarto de Han.

— Hyunsik-ssi, se importaria de falar com a Minji-ssi que se depender de mim vocês vão ter netos, sim, podem não ser de sangue, mas garanto que vão ter, se Han quiser.

O homem sorriu feliz em ouvir aquilo.

— Ela vai adorar saber que você pensa assim, Minho.

O rapaz concordou e sorriu antes de subir, ele bateu na porta algumas vezes até Han abri-lá. Era nítido que Han havia chorado, mas ele abriu um sorriso enorme quando do viu Minho em sua porta, ele o abraçou forte e logo o ato foi retribuído.

— Gatinho.

Minho deu um beijo na bochecha de Han antes de falar.

— Tô aqui, amor da minha vida.

— Não pensei que você iria vir aqui hoje.

Han falou ainda sem largar seu namorado.

— Como eu poderia dormir sem saber se você está bem? Tinha que olhar para você.

— É por isso que eu te amo. — Han parou por um segundo e se soltou de Minho. — Você conversou com o meu pai? Ele tava morrendo para falar com você, achei suspeito, ele não mandou você terminar comigo não, né?

Minho riu e negou.

— Não, ele falou que sou bem-vindo a família e eu prometi para o seu pai um neto.

Han se fingiu de indignado quando deu um tapa no braço de Minho, mas não conseguiu esconder seu sorriso.

— Como você fez isso? E se eu não quiser?

— Qualquer coisa a gente adota uns gatos e chama eles de filhos.

Han riu e concordou.

— Me parece um bom plano. Vem, entra. — Os dois entraram no quarto e se deitaram juntos na cama de Han, que se encolheu no abraço de Minho parecendo um gatinho. — Desculpa por ter te feito ser expulso do time.

— A culpa não é sua, e se tudo der certo o treinador vai meter o pé logo.

— Por quê? Quer dizer, ainda bem, mas por quê?

Minho deu um beijo no topo da cabeça de Han sentindo o cheiro de seu shampoo de maçã verde.

— Vou te contar tudo.

Ele passou o resto da tarde explicando para Han tudo que havia acontecido naquele dia caótico que parecia nunca acabar.