1. A Nebulosa Brilhante

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E disse Deus: Haja luz. E houve luz.

Gênesis 1:3

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3.197 palavras
15 minutos


A menina corria feliz na bicicleta nova agora sem as rodinhas pela rua de casa sem movimentos naquele horário, os pais, sentados na calçada observavam a pequena feliz como nunca na vida.

O pai com uma chave de boca na mão e as rodinhas da bicicleta na outra em pé observando sua menina na bicicleta rosa e com as fitinhas pretas que ela mesma tinha amarrado nas duas manoplas do guidão.

A mãe, sentada num banco de madeira ao lado do portão, roía as unhas de nervoso ralhando com o esposo a cada minuto.

- Eu tõ falando, ainda não estava na hora pra tirar as rodinhas dela, Adelson, se ela cair e se machucar vai ser culpa sua.

- Calma, meu amor, ela tem talento pra essas coisas, não percebeu ainda? Olha como vai segura, nem parece que tirei as rodinhas há dez minutos.

- Eu não sei, tenho medo dela se machucar, ainda é muito novinha, coitadinha.

- Deixa ela se divertir, olha como está feliz!

- É verdade, amo ver nossa menina assim.

- OLHA MÃE, COM UMA MÃO SÓ! - A menina gritava de longe segurando o guidon da bicicleta com uma mão e a outra acenando pra mãe de longe.

- Cuidado meu amor, não se arrisque tanto, você pode cair!

- Eu não caio não, mãe, eu sou muito esperta! - Ela responde sorrindo parando a bicicleta perto dos pais.

- Ah é sim, e vejo que é bastante modesta também.

- Eu não sei o que é mas acho que eu sou isso também, afinal eu aprendi com o melhor do mundo, meu pai!

A pequena divertiu-se como nunca naquela tarde, quase ao por do sol os pais decidiram que já era hora de entrar e largando a bicileta ali mesmo na calçada para os pais trazerem correu eufórica e toda suada pra dentro de casa.

Liara sempre fora irrequieta e esfuziante, parecia estar o tempo todo ligada em alta voltagem, quando menor, arrancava as cabeças de suas bonecas e as colocava em outro corpo e ria sozinha com as formas engraçadas que estas formavam.

Sair com a mãe era sempre um esforço redobrado desta, pois havia vezes e não eram raras que ela tinha que pagar algtuma coisa extra no supermercado porque a filha quebrava algo que não tinha visto ou tropeçava sem querer em alguma pilha de produtos pelos corredores.

Num dos natais em que a mãe a levou ao mercado para comprarem os alimentos para a ceia de natal, a pequena empolgou-se tanto com um papai noel todo construído com chocolates em tamanho natural que sem perceber, andando e apontando para a escultura, antes que a mãe dissesse "cuidado", ela trombou com uma pilha enorme de caixas de panetone e trezentas caixas que estavam cuidadosamente empilhadas até o teto desabam em cima dela.

A mãe desesperada corre junto com alguns funcionários do mercado que estavam perto e antes que chegassem, Liara surgiu no meio da montanha de caixas, sentada no chão, sem nenhum arranhão mas com cara de sapeca, o que fez os funcionários rirem da cena e até tirarem fotos dela.

A Jornada de Uma EstrelaOnde histórias criam vida. Descubra agora