14. O Primeiro Dia Feliz

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"A alegria faz bem a saúde,

estar sempre triste é morrer aos poucos."

Provérbios 17:22

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4.002 palavras

18 minutos

Numa mansão em um dos bairros mais nobres de São Paulo, Roberto pousa a latinha de cerveja na mesinha de centro socando a perna no momento em que o árbitro apita o final do primeiro tempo

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Numa mansão em um dos bairros mais nobres de São Paulo, Roberto pousa a latinha de cerveja na mesinha de centro socando a perna no momento em que o árbitro apita o final do primeiro tempo.

Atleticano de coração, não perdia nenhum dos jogos do time, mesmo que fossem amistosos, fazia questão de viajar para Minas a fim de assistir os finais de campeonado do time preferido no estádio.

Porém jogos classificatórios como este, ele parava o trabalho, dispensava os funcionários e ia para casa, as vezes a família assistia com ele outras sozinho, porém neste dia o irmão Antonio Carlos tinha vindo fazer-lhe companhia, embora não torcesse para nenhum dos dois times em questão.

– Porra mano, esse teu time tá ruim demais hoje, como é que o Hulk perde uma bola daquela? Ele tava na cara do gol mano!

– Ah, mano vou te falar, as vezes eles gostam de fazer a gente sofrer, fala sério!

– E suas meninas?

– Disseram que vinham assistir o jogo comigo mas até agora, nada, não me espantaria se a Charlize tivesse preferido treinar, essa fixação dela em superar a Supernova as vezes me preocupa, Toninho.

– Eu só acho que você tá perdendo seu tempo.

– Com o que? – Ele pergunta olhando intrigado para o irmão mais novo no momento em que leva a latinha gelada a boca e toma outro gole de cerveja.

– A Charlize já é adulta, a mãe dela já morreu, você não tem obrigação nenhuma de continuar cuidando delas, ela pode muito bem cuidar da Lorena, ainda mais agora que ganha a própria vida sem depender de você, sua filha é a Rebeca.

– Esse assunto de novo, Toninho? – Roberto pergunta pousando a latinha de cerveja na mesa com um pouco mais de força do que o necessário. – Hein, Toninho? Esse assunto idiota de novo?

– Cara deixa de ser tapado, o pai delas tá por aí! Você vai continuar...

– Toninho Chega! Aceite você ou não elas são minhas filhas sim!

– Elas não tem seu sangue, seu idiota!

– Não interessa! Quando me casei com a mãe delas eu prometi cuidar das meninas até que cada uma pudesse fazer isso por si só.

A Jornada de Uma EstrelaOnde histórias criam vida. Descubra agora