A Jornada de Uma Estrela

3. Quando Estrelas Colidem

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"Bater o leite produz manteiga, bater no nariz sai sangue e provocar a raiva da briga"

Provérbios 30:33

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3.226 palavras
16 minutos

Helena Vilanova era uma jovem de pouco mais de vinte anos que fora contratada para cuidar da agenda pessoal de Liara, branca, cabelos castanho escuros, liso ondulados cortados na altura dos ombros e olhos castanho claros esverdeados, cintura fina e muito bonita, de temperamento forte e muito organizada era praticamente sua sombra, salvo nos momentos em que esta queria privacidade com o namorado ou os pais, ainda assim, ela a perturbaria direto pelo celular, cuidava dos compromissos de Liara como se fossem seus próprios.

A Supernova parecia estar ligada no 220 o tempo inteiro, de modo que Helena servia-lhe de freio e reflexão inúmeras vezes.

Às duas horas de uma tarde clara, Liara estava aprisionada no apartamento da tia de Helena no centro de Nova York aguardando a noite onde, junto com Helena, participaria de uma festa junto com outras atletas.

Entediada e sem ter o que fazer, colocou o fone de ouvido deitada no sofá, localizou uma música tranquila no celular, afinal, como Helena vivia dizendo, as vezes é saudável pisar no freio.

A mídia não vivia comparando ela com estrelas? Então já que era pra respirar um pouco e ficar tranquila talvez "Shooting Stars" da americana Kari Kimmel fosse adequada, então soltou a música, jogou o celular de lado e fechou os olhos.

Ainda precisaria esperar cinco horas até a festa, mas pelo menos Helena voltaria ao pôr do sol, mas bem que ela poderia aproveitar esse tempo treinando, havia um ginásio perto dali onde ela treinava sempre que ia a Nova York, no entanto, estava ali, jogada no sofá de castigo.

A letra da música até que descreveria Liara de uma certa forma, não que ela se achasse tanto assim, mas sua auto confiança era um ponto que suas adversárias jamais conseguiam abalar.

Olhando pela porta da sacada aberta a cidade lá ambaixo Liara pensava que dez anos antes quando uma pilha de caixas de panetone desabaram sobre sua cabeça no supermercado ela jamais imaginou que chegaria onde chegou e conquistaria tudo o que conseguiu.

Nunca fora de desejar muita coisa, tudo o que conquistara viera por acaso ou como consequência natural de seu esforço, ela treinava com afinco para ser cada vez melhor por puro amor ao esporte, era absolutamente apaixonada pelo que fazia.

Em três dias deveria estar em Milão para uma apresentação internacional mas só aceitara viajar três dias antes porque Helena insistia com ela que divertir-se as vezes também era saudável, no entanto esta saiu com a tia e largou Liara sozinha no sofá da sala.

Pouco antes do pôr do sol Helena chega com a tia e encontra Liara dormindo no sofá branco com a música tocando no celular, cuidadosamente ela aproximou-se e pôs a mão no celular pra tirar e guardar para que Liara não rolasse por cima do aparelho dormindo, no entanto assim que ela pegou o celular, de olhos fechados, Liara rapidamente agarrou o pulso de Helena assustando-a:

– Se parar essa música você morre!

– Achei que estivesse dormindo, sua louca, vai assustar outra! – Sentou-se ao lado da amiga reclamando.

– Louca é você que me deixou aprisionada aqui e foi passear!

– Aprisionada? Deixa de drama, Lia, eu te falei que voltava logo.