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A pele de Sakusa formigava onde ele havia tocado em Shoyo. O manteve abraçado a si até que a comida chegou, mas por si não teria o soltado.
De alguma forma aquele simples toque havia sido mais quente do que todas as vezes em que fantasiou com Shoyo. E Sakusa ansiava por mais.
Depois que eles comeram, foram para a sala, onde sentaram em lados opostos do sofá. Shoyo estava com o gato branco no colo, já Tomie estava sentado na poltrona, encarando Sakusa de modo desafiador. Era como se estivesse esperando a oportunidade para atacar.
Shoyo também, ele parecia desconfortável, como uma presa acuada. Sakusa precisava relaxar ele...
— Eu acho que seu gato não gosta muito de mim.
Terreno seguro.
— Não entendo isso. Tomie geralmente é carinhoso e as vezes aceita alguns carinhos de estranhos. Você gosta de gatos?
Funcionou.
— Eu adoro. Especialmente gatos pretos. Quando era criança, gatos viviam me seguindo até em casa. Minha mãe dizia que era porque eu fui um gato em outra vida. — Sakusa pensou em algo e aproveitou a deixa. — E quanto este? Como se chama?
— Esta é a Zouzou.
— Ela parece um pompom, é igual uma bolinha de pelos.
O rosto de Shoyo se iluminou, embora ele não sorrisse.
— Sim, eu vivo dizendo isso. Às vezes sinto vontade de ter chamado ela de Pompom, embora seja seu apelido.
— Por que escolheu Zouzou?
— Oh, é uma história engraçada.
— Você pode contar para mim?
Sim, o objetivo de Sakusa era pedir Shoyo em casamento novamente, conversar sobre o dia anterior. Mas naquele momento ele estava sendo tão adorável e tão mais aberto do que o comum, que precisava aproveitar. Era uma face de Shoyo que nunca havia conhecido.
— Claro — Shoyo sorriu pequeno, um pouco encabulado. Ele parecia não acostumado com alguém querendo ouví-lo. — Isso foi há uns quatro anos. Eu não tinha planos de adotar outro gato, foi quando o Tomie trouxe ela, pequena e toda molhada da chuva. Ele me encarou com aqueles olhinhos e eu não pude resistir e decidi ficar com ela. Naquela noite, eu estava brincando com Ouija.
— O tabuleiro? Sozinho?
— Sim, não tem problema nenhum. Bem, Zouzou estava deitada na minha perna, cochilando. Eu ainda não tinha pensado em um nome para ela, então perguntei ao tabuleiro.
Insano. Shoyo era insano.
— E o tabuleiro respondeu?
— Sim. A peça dele, eu esqueci o nome agora, ficou se movendo do Z para o U. Nisso eu comecei a pensar em um nome. Foi quando o Tomie colocou a pata sobre a peça e moveu ela até o O. Então eu decidi por Zouzou.
Sakusa estava de boca aberta, incapaz de articular palavras coerentes a respeito do assunto. Então tudo que disse foi:
— Posso fazer carinho nela?
— Claro. Mas venha com calma. Zouzou é surda.
Sakusa se moveu no sofá, sentando mais próximo de Shoyo. Seus joelhos estavam se encostando. Shoyo cutucou sua gata, que abriu os olhos, então estendeu a mão e segurou a de Sakusa, trazendo-a para que a gata cheirasse. Ela pareceu aceitar bem, então Sakusa se moveu por conta própria e acariciou o queixo dela.
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Um Ballet de Gatos e Tupperwares (OmiHina)
FanficOnde um colecionador de tupperwares se emociona ao ter seu bem precioso devolvido a si, e pede seu amigo em casamento. Ou, onde depois de anos ansiando por Kiyoomi, Shoyo aceita seu pedido de casamento.