09- Madrugada turbulenta

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Pov: Victoria Moore

Era aproximadamente 03:45, Bill já estava dormindo no sofá e eu quase. Passava "As Branquelas" na televisão, até que escuto um barulho vindo da porta. Foi um barulho alto e depois seguido de um silêncio. devia ser Tom, então nem liguei.

Porém depois de um tempo, me preocupei. O silêncio estava longo demais. Juntei minha coragem e fui até a porta, a vendo fechada e Tom caído no chão em frente à ela.

- Tom, o que você-

- Shii- murmurou ele. -vai acordar Bill.

- Você tá bem? -perguntei um pouco mais baixo dessa vez.

- Estou, só bebi uns copos.

- E por que caralhos você está deitado no chão de barriga para baixo?

- Eu não consigo levantar. Acho que não foram só uns copos na verdade... talvez uns três comprimidos.

- Você usou drogas?

- Talvez, um pouco.

Ele trocava as palavras e se embargava nelas.

- Vamos, levante.

Fiz um esforço para o puxar para cima. E quando ele estava finalmente de pé, acabou tombando para frente, caindo em cima de mim e me prensando na porta.

- Tom, sai de cima, porra.

- Você é tão marrenta, eu gosto de pessoas marrentas, sabia? Eu acho que- ele faz uma pausa e cambaleia um pouco.

- Acha que o que?- falo o empurrando para que fique em pé equilibrados

- Eu acho que quero vomitar.

Vejo ele correndo para o banheiro mais perto, e eu logo fui atrás. Tom estava precisando de ajuda agora e eu não queria acordar Bill. O gêmeo mais velho tinha uma capacidade incrível de conseguir intimidade, e isso era bom.

Quando chego no banheiro, me escoro na porta, o vendo ajoelhado na frente do vaso sanitário.

- Eu vou...- Tom nem conseguiu terminar a frase sem colocar tudo para fora, literalmente.

Após várias gorfadas, ele se vira para mim:

- Caralho, Vic, não me deixe beber assim nunca mais.

- Eu não estava com você, como iria saber?

- Eu sei lá- ele estava falando coisas sem nexo-já sei, na próxima vez que eu sair, você vai estar lá. Vai me supervisionar, tá bom? Promete?

Tom provavelmente nem se lembraria disso no dia seguinte, então achei mais fácil só concordar. Discutir com bêbado não leva à lugar nenhum.

Antes que Tom pudesse falar mais qualquer coisa, ele se virou e vomitou dentro do vaso novamente, e dessa vez eu precisei segurar em seus dreads para ele não se sujar inteiro.

- Normalmente quando seguram meus cabelos assim, é para que não atrapalhe na hora do oral. -ele tinha que fazer piada, mulherengo filho da puta.

- Pare de falar merda, seu bêbado. Estou tentando te ajudar.

- Pode me ajudar de outra forma...- me deu um olhar malicioso.

Aquilo estava confuso. Eu e ele sempre nos implicávamos e agora ele estava fazendo piadas sexuais para dar em cima de mim? Isso não fazia sentido. Até que fez, pois me lembrei que ele não estava sóbrio.

- Amanhã você não vai nem se lembrar disso. Agora, vamos para o quarto.

Ele olhou direito para mim, parecendo que ele estava enxergando com clareza pela primeira vez.

- Essa camisa é minha?

Olhei para meu próprio corpo, lembrando que sim, eu estava com sua camisa.

- Bill me emprestou, disse que as dele eram muito pequenas para mim.

Falei envergonhada, isso sem contar que eu vi minha palheta em cima de sua cama quando fui buscar a camiseta. "O que ela estava fazendo lá?" Pensei, mas não quis perguntar.

- Hum- Tom deu um sorriso ladino- você ficou bem nela.

- Obrigada.

- Mas tem um jeito que ficaria melhor.

Revirei os olhos me levantando

- Agora que já está melhor, faça o favor de se levantar e ir para o seu quarto, Bill pode acordar à qualquer momento.-disse saindo do banheiro e indo para cozinha pegar um copo de água.

Assim que fechei o armário dos copos, Tom estava lá, parado.

- Que susto, porra!

- O que está fazendo?

- Estou com sede. -disse pegando a garrafa de água e despejando no copo.

Tom me pressionou contra a bancada e segurou em minha cintura, me fazendo subir no móvel e deixando o copo de lado, ficando de costas para a janela da cozinha.

Uma fresta de luz vinda da lua, iluminou os olhos de Tom, que mexia em seu piercing com a língua, chegando cada vez mais perto de meu rosto.

- Ninguém te ensinou que é feio abrir a geladeira da casa dos outros, gatinha?

𝐃𝐨𝐧'𝐭 𝐉𝐮𝐦𝐩- Tokio HotelOnde histórias criam vida. Descubra agora