25- Recomeço

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Pov: Victoria Moore

- Tem certeza de que pegou tudo, Bill? - pergunto enquanto o garoto fechava sua mala.

- Claro que sim, eu nunca me esqueço de nada. -coloca a mala já fechada no chão.

- Sua escova? Seu... - comecei a listar possíveis objetos que Bill esqueceria, mas logo fui interrompida.

- Esqueci a escova! - ele corre para dentro do banheiro.

- Está na minha mala, cabeçudo. - responde Tom com um grito vindo de seu quarto, indo até o corredor- Só não esquece a cabeça porque está grudada no pescoço.

- Não enche!

- Vamos, meninos, vocês vão se atrasar! - Simone gritava do andar debaixo.

- Gustav e Georg já estão no aeroporto, só estão nos esperando, Bill! - disse o gêmeo mais velho, enquanto descia as escadas.

- Se depender dos dois, perderemos o voo na certa. - rebateu o mais novo. - Você tem certeza que não quer pegar uma carona conosco, Vic?

- Tenho sim, ainda vou passar em casa e me despedir de minha mãe, sabe-se lá quando vou vê-la novamente. -dou um sorriso forçado.

Eu não sei se estava pronta para aquilo, ou sequer se era o certo a se fazer, mas já estava na metade do caminho, então não era possível desistir agora. Eu estava nervosa, eram tantas coisas que eu estaria deixando para trás por tempo indeterminado. E se eu me arrependesse e quisesse voltar? Não poderia deixar os meninos, simplesmente, eu fiz uma promessa à eles.

Abrir mão de fazer faculdade era algo que eu provavelmente deveria repensar, mas quem sou eu para fingir que sei o que estou fazendo? Pelo menos as férias já tiveram início, e isso eu posso pensar depois, lá para o meio do ano que vem.

O lançamento do novo álbum foi um sucesso total, eles conseguiram o que queriam, fizeram a música chegar em vários países distantes, e seguindo o combinado com a gravadora, estão indo para suas primeiras turnês.

Me propus à ajudá-los com o que precisassem, à pedido do próprio Tom, e todos concordaram que eu fosse a assessora oficial da banda, e que iria acompanhá-los durante suas turnês.

- Bom, então já vamos indo. Nos encontramos lá, e caso não estejamos no hotel, dá uma ligadinha para Tom, ele é o mais viciado no telefone.

Os gêmeos, então, abraçaram sua mãe e em seguida vieram em minha direção.

- Até lá, Toria - diz Bill, me abraçando.

- Vê se não se atrasa, gatinha. - Tom abraça minha cintura, dando um selinho no canto de meus lábios, me fazendo paralisar.

Na frente de Simone? Isso não era para ser um segredo?!

Ajudo os meninos com as malas e depois sigo para minha casa. Meu voo sairia duas horas depois do deles, pois minha passagem foi comprada com atraso devido à alguns problemas... familiares.

Para ser mais exata, minha mãe não queria deixar de forma alguma, mas pouco me importava. Eu já iria fazer 18 anos nessa viagem, e finalmente poderia ser independente financeiramente, ainda mais com meu novo emprego que certamente daria muito dinheiro. Já o meu pai, me apoiou, impressionantemente, mas acho que ele só queria se livrar de mim, de alguma forma.

𝐃𝐨𝐧'𝐭 𝐉𝐮𝐦𝐩- Tokio HotelOnde histórias criam vida. Descubra agora