capítulo 10, armadilha.

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capítulo 10, armadilha.

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não havia infância traumática por trás das atitudes do cientista, apenas um fascínio por testes humanos.

o próprio olavo era responsável pela criação das drogas, algo em criar um instrumento de morte lenta e dolorosa para outras pessoas lhe deixava extremamente entusiasmado.
durante a recruta de homens para ajudá-lo naquele trabalho satisfatório, conheceu alguém, que conhecia outro alguém disposto a financiar de forma anônima os testes, apenas para ver aonde tudo aquilo levaria.

nem mesmo o próprio cientista sabia de quem se tratava, mas gostava do dinheiro que recebia em troca de diversão gratuita sem nem mesmo saber o nome do fiador, ninguém se intrometeria em seus experimentos, aquela não era a vontade do homem anônimo.

aproximou-se inicialmente de clara, sabendo que a esposa do renomado neurologista não era muito próxima do marido em termos sentimentais, iniciando uma relação extraconjugal.

seu alvo era e sempre foi alan, alguém que dê certo não entraria naquele jogo por conta própria, precisando ser forçado.

o flagrante foi forjado, bem como o pedido de divórcio proveniente da esposa que já tinha conhecimento do plano a aquela altura, ao menos de parte dele.

atenta aos passos da filha, clara avisou ao marido a respeito da última ligação que alan havia feito para filha, que por sua vez comunicou aos seus homens que o plano já podia ser iniciado.

usando como estratagema a frágil filha do neurologista, alegando que a mataria caso o alan se recusasse a avaliar os impactos cerebrais de cada droga em seus bonequinhos de laboratório.

olavo só não contava com três coisas muito importantes.

a primeira delas, que a enfermeira raptada após tentar resgatar o marido das mãos de olavo, luna se envolveria emocionalmente com o neurologista após anos de viuvez, utilizando-se do celular da clínica para que o médico fizesse contato a filha, e o que era ainda pior, a visita rápida que o casal fez a confeitaria no natal onde a mulher conheceu a enteada, enquanto o suposto namorado aguardava dentro do carro da clínica correndo risco de serem pegos pela polícia.

atitude inconsequente do casal levou a reabertura do caso, e aquele maldito grupo de investigadores envolvendo o casal de pastores que deveria está mais preocupado com suas vidas na igreja do que com outras coisas, o filho tolo do tolo delegado que achava entender de leis, juntamente com sua maldita enteada.

aquele quarteto de idiotas não tardariam a conhecer o preço da verdade, estariam diante de seu deus em um futuro muito próximo.

granville acabaria por ficar sem pastor, terminaria o serviço que o ulisses não conseguiu concluir.

granville também perderia um comunicador extraordinário como isaac, e abraão conheceria a dor da perca de um filho.

natália não era mais útil, também teria uma morte trágica, olavo não se esqueceria de satisfazer sua curiosidade e desejos em relação a moça antes de terminar com sua vida.

diferente de clara, que possuía apenas uma beleza externa, natália esbanjava uma beleza interna capaz de despertar a curiosidade de qualquer um.

seu segundo problema possuía nome, por incrível que pudesse parecer o mesmo nome do pastor intrometido.

havia algo no nome thiago, alguma maldição?.

não era possível que duas pessoas com o mesmo nome fossem tão semelhantes no quesito lhe trazer problemas.

nunca teve contato direto com o pastor, mas pelo que eu ouvia falar o homem parecia não ter amor à própria vida, sendo completamente desprovido de filtros e de medo. semelhante a criatura repugnante que residia em sua clínica comum de seus ratinhos de laboratório.

cinderela, granville livro 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora