epílogo, joão 2,10

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epílogo, joão 2,10.

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os seis meses de noivado do casal foram repletos de aprendizados, tanto a respeito de si mesmos quanto da vida, até finalmente terem segurança para marcar o casamento.

novembro se iniciou, trazendo consigo a primavera, clima ideal para um casamento ao ar livre.

um dos três parque aquáticos da cidade foi alugado para festa.

rebeca ajudava natália juntamente com sofia e isabela, a jovem escolheu a casa da segunda mãe postiça depois de luna para se arrumar.

podia ter perdido a mãe de sangue, ganhando duas que brigavam entre si pela atenção da jovem.

casada com alan há um mês, a enfermeira despejava todo o amor materno que não pode dar aos seus próprios filhos na enteada, que recebia de bom grado.

ainda assim, a esposa do pastor era motivo de briga entre sofia e natália, que se achavam no direito de receber a preferência da mulher.

"nossa, você está linda!". isabela comentou enxugando uma pequena lágrima de seus olhos.

"o que você acha sofia?". natália deu uma volta pelo quarto, tentando provocar a irmã postiça.

"quando eu olho para você só consigo ver o medo estampado na sua cara lavada, essa beleza física esconde uma criatura assustada e com medo do noivo desistir, eu conheço os seus pensamentos mocinha". a provocação de sofia foi respondida com um olhar reprovador. "agora é sério, dando uma rápida trégua nas provocações, realmente, você está maravilhosa".

"obrigada sofia, mas o pior é que você tem razão, eu estou apavorada, vai que ele desiste!". "feliz foi você que casou por procuração, só me entregou a procuração e eu e o pastor thiago fomos assinar no cartório por vocês dois, nenhum teve tempo de desistir". as mãos de natália estavam trêmulas, enquanto isabela retocava a maquiagem da amiga.

"nem me fale mulher, se não eu vou chorar". "eu queria tanto que ele estivesse no casamento comigo e com a bia, minha filha não para de perguntar pelo pai".

"te acalma mulher, olha pelo lado bom, pelo menos você não está prestes a se casar com uma pessoa que pelo nervosismo pode acabar desistindo ou por achar que você está prestes a fugir resolva fazer isso antes". natália estava entrando em colapso nervoso, as três mulheres ao invés de dar apoio começaram a rir copiosamente.

"bom, por falar em nervosismo, já está quase na hora do casamento então eu vou embora para o meu apartamento, me arrumar com a minha filha e espero encontrar você viva quando chegarmos lá". "e você, nossa projetinho de cinderela aproveite bem o dia de hoje pois será o melhor dia da sua vida antes da chegada dos filhos, não deixe o medo atrapalhar seus últimos minutos de solteira". "respira fundo e só aproveita minha linda, caso ele desista é fácil, é só a gente colocar fogo nele".

"misericórdia sofia, eu quero morrer sendo sua amiga!". isabela começou a rir, imaginando quem havia sido o monstro capaz de transformar toda a fofura de sofia em sarcasmo.

"sua convivência comigo não está te fazendo nada bem minha querida, corra enquanto é tempo". um sorriso de canto se formou nos lábios da esposa do pastor.

"eu me libertei perto da senhora, mostrei meu lado mais obscuro que era oculto por uma carinha fofa". "agora eu realmente preciso ir, conheço bem o meu jeito e o jeito da filha que eu tenho, se demorar um pouco mais vou me atrasar, até eu me arrumar é duas horas e até a beatriz me deixar arrumar o cabelo dela é mais três". Se despediu com um sorriso.

"eu também já vou, tenho um casalzinho de gêmeos muito peralta para arrumar também". isabela deu uma última olhada na amiga, sabendo que em breve a maquiagem seria borrada pelas lágrimas.

cinderela, granville livro 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora