capítulo 5, aventura.

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Capítulo 5, Aventura.

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Natália.

Um medo sobre humano me atinge, com a aproximação do carro cada vez mais perto de nós.

Isaac, ao contrário de mim, como todo bom jornalista apenas espera a aproximação do carro de forma considerável, calculando friamente E sem nem mesmo mudar a expressão neutra ao olhar para o retrovisor. Parecia tão centrado que por um instante pensei mil vezes antes de dizer qualquer coisa que pudesse distraí-lo.

--confia em mim?. Sua indagação me pega de surpresa.

-eu confio em você, mas não nessa criatura que está dirigindo esse carro. Declaro quase em um sopro de voz, dando espaço para que ele dê partida no carro sem me dizer mais nada.

-agora nós vamos descobrir se a tal de luna e o carro preto tem alguma coisa a ver com seu pai, já que eles querem chegar perto de nós, vamos deixá-los achando que estão na vantagem, eu aciono a polícia caso as coisas saem do meu controle mas por enquanto está tudo certo.

Uma perseguição é iniciada, como nos filmes. Se antes o carro parecia aproximar-se de nós, agora aparenta estar fugindo do jornalista corajoso e a moça morrendo de medo ao seu lado.

Estamos nos distanciando da parte urbana da cidade, tornando tudo isso ainda mais perigoso.

-isaac, não é melhor chamarmos a polícia?. Indago, fazendo uso do resto de bom senso que ainda tenho, pois a única certeza que existe dentro de mim é que tanto ele quanto os pastores vão acabar com todo o meu juízo durante essas investigações.

-tem razão, liga para polícia. Isaac ordena, enquanto o carro a nossa frente para bruscamente.

-ah não, meu celular descarregou, empresta o seu por favor?. indago, enquanto isaac abre a porta encarando o carro.

-pode pegar, já desbloqueei. O carro volta a entrar em movimento e avança em alta velocidade, nos fazendo perdê-lo de vista.

-mas que criaturinha mais esperta, ele foi mais esperto que eu, mas isso não vai acontecer de novo.

-a culpa foi minha isaque, eu sugeri ligarmos para polícia, Me desculpa. Me justifico, enquanto Voltamos para a parte urbana da cidade com incógnitas rondando nossa mente.

-não foi culpa sua nem minha, o certo em casos como esse é acionar a polícia até porque se nós dois tivéssemos morrido naquela estrada ninguém nos encontraria.

-como ele isaac,, como o meu pai. -talvez tudo isso seja loucura, Talvez ele não tenha mandado mensagem nenhuma e seja só um trote, e talvez estejamos perseguindo uma pessoa normal. Minha fé em tudo isso está se esvaindo como água entre meus dedos, e a constatação de que no profundo do meu ser não consigo aceitar a morte de meu pai me atinge em cheio.

-não natália eu não vou deixar você desistir, nós vamos até o final nisso tudo, eu não costumo entrar em uma investigação e deixar ela pela metade e eu também não estou disposto a deixar você desistir e desanimar como está fazendo agora. Mesmo reticente, sei que ele não pretende me deixar desistir então acabo concordando.

-desculpa isaac, é porque às vezes o desânimo e o medo de encontrá-lo morto é muito grande.

-eu sei disso nati, Mas pensa comigo, não é melhor descobrir a verdade do que viver enganada?. -você só vai enterrar seu pai dentro de você se o encontrarmos morto ou pelo menos alguma evidência concreta de que ele morreu, enquanto isso, vamos acreditar que Dr Alan está vivo em algum lugar, e que um dia ainda vai implicar com você e com a sua porção de admiradores que te rondam diariamente. Suas palavras me fazem rir em meio às lágrimas.

cinderela, granville livro 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora