capítulo 7, um suspeito a menos.
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natália.
uma dor fora do comum me atinge durante os segundos que abraão demora para retirar as faixas dos dois corpos.
a possibilidade de ser meu pai ali me atinge em cheio, e por um instante sinto-me tonta, sendo amparada por isaac.
(eu estou aqui nati, eu estou aqui com você está bem?). ele diz segurando minhas mãos frias e trêmulas.
rafael é policial militar, pelo que abraão nos contou começou a trabalhar hoje e já em seu primeiro dia pode estar na eminência de encontrar o corpo do irmão.
dona eugênia precisou ser avisada, também está extremamente abalada e a equipe médica já aguarda para descobrir se algum dos corpos pode estar com sinais vitais ainda ou não.
a primeira faixa é retirada, revelando um corpo masculino.
a figura esquelética não possui sinais de violência, embora aparente ter morrido de desidratação ou algo pior pois está literalmente apenas a pele e o osso.
um alívio sobre o mano me atinge ao constatar que não se trata de meu pai, aparenta ser bem mais jovem.
(não, graças a deus não é o meu tiago). dona eugênia diz derramando lágrimas aliviadas.
(bom, como também não se trata do doutor alan, a ambulância pode levar esse e tentar salvar se ainda houver alguma possibilidade.
as palavras de abraão foram a deixa para que a outra faixa fosse retirada, deixando-me completamente estática.
isaac, não pode, não pode ser!). lágrimas molham meu rosto, pela injustiça que cometi a um dia atrás.
é ela, luna, com hematomas pelo rosto e cabeça, parece que foi usada como uma bonequinha em que a criança joga na parede e depois pega no ar.
(você conhece essa mulher?). tiago indaga, o pastor encara a mulher perplexo.
(sim, é ela, a luna). seus olhos se abrem ao ouvir minha voz, indicando que está viva.
(essa moça precisa de ajuda, rápido!). rafael exclama aproximando-se de mim que já estou segurando em uma de suas mãos.
(luna, olha para mim, fica com os olhos abertos por favor). depois de me lançar o mesmo olhar de nosso primeiro encontro, aquela estranha alegria por ter me visto, fecha os olhos lentamente.
(levem ela para o hospital doutor eric martinelli, o rapaz vai direto para o iml, acabou de falecer). uma voz feminina declara, enquanto os médicos se aproximam para retirar luna de meus braços.
(podem ir e avisem ao meu filho para cuidar do caso dela pessoalmente, faz parte das investigações policiais e o eric ainda é a pessoa mais competente para cuidar desse caso com o maior sigilo possível). abraão declara,
(não enterra o corpo do rapaz até o final da análise abraão, precisamos saber quem é ele, se possui família, as causas da morte e principalmente quem foi o monstro capaz de fazer isso). rafael sugere, abraçando a mãe e acompanhando o delegado na viatura.
os veículos vão se afastando gradativamente, enquanto a ambulância que leva luna ao hospital pede passagem, com o som da sirene.
(nós vamos levar a senhora para casa, nos passa seu endereço por favor, acredito que sua nora devo estar muito preocupada achando que se trata do tiago). rebeca sugere, enquanto eu permaneço congelada, a areia da rua suja meu vestido e eu ainda não consegui acreditar no que acabei de ver.
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cinderela, granville livro 3.
EspiritualEste livro se passa logo após o Conto de Natal de A Bela e a Fera portanto, é necessário ler os primeiros dois livros para maior compreensão deste!. Natália não é a Cinderela dos contos de fadas. Não tem uma madrasta malvada, Ratinhos falantes e uma...