Amor, eu sempre fui desse jeito

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- Eu tenho medo da tempestade, Dean.

Ele pressionou Castiel contra a parede, seu corpo rijo e perfumado pela fumaça e hortelã friccionado contra seu próprio. Dean ergueu os olhos, encarando o queixo erguido de Castiel, seus olhos distantes.

- Do que você está falando?- O Winchester pergunta, dando-lhe leves selares pelo maxilar. Castiel rosna.

- Beije-me logo antes de eu sair daqui. - O moreno o puxa pelos cabelos, tomando-lhe os lábios com força. Se Dean soubesse como descrever os lábios de Castiel, ele os descreveria como uma maldição divina, o fruto proibido. A maneira como sua língua hábil explorava cada canto de sua boca, sugando e devorando-o por completo.

- Hmm, Cass, você é tão mau. - Ele riu levemente, suas mãos alcançando para encontrar as bochechas brilhantes de Castiel. - Ao me manipular assim, você é muito mandão.

- Você consegue ser muito insuportável. - Murmura, seus braços envolvendo o pescoço do outro. Seus lábios tocam o canto da boca de Dean. - O pior insuportável.

- Então.... - Dean ri com o friccionar de Castiel em seu rosto. - por que está aqui?

Aqueles enormes olhos azuis o olham através dos cílios, e Dean só pode sentir as costas contra a parede quando Castiel inverte as posições, mantendo-o sob sua mercê. O Winchester engole em seco.

- Você fala demais. - Dean sente aquelas palmas frias passarem por debaixo de sua flanela, fazendo-o choramingar carente. - Use sua boca para algo útil.

- Oh, pode deixar, eu vou ser bem útil 'pra você, Castiel. - Ele riu maliciosamente, cavando as mãos em sua cintura enquanto o puxava para mais perto. Seus lábios se tocam, os olhos nunca se separam na profunda mistura de cores exuberantes.

Um pigarro alto os faz olhar para o lado.

- Lamento interromper. - Dean não conhece a figura; terno preto caríssimo, barba rala pelo rosto esguio, nariz reto e olhos claros. Ele não pode deixar de reconhecer o sotaque inglês do estranho. O Winchester franze o cenho, sentindo Castiel separar-se de si.

- Sr. Davies, sou eu quem lamenta a cena. - Ele olha discretamente para Dean enquanto passa os dedos sob os lábios.

- Eu não lamento nada. - Dean sorri sarcasticamente, afastando-se da parede enquanto o tal Davies o olha de cima a baixo com olhos analíticos.

- O senhor me pediu para voltar, nosso encontro mais cedo foi realmente complicado. - Deixando de olhar para o Winchester ele encara Castiel de uma forma que Dean não aprova; sorriso muito cavalheiresco com lábios e olhos benevolentes. Toda aquela postura européia, cheio de sofisticação e presunção, cavalheirismo e tolice que os europeus tinham. - Você considerou minha proposta?

- Receio não ter tido tempo para pensar em seu pedido, mas acho que não há muito que eu possa decidir. - Castiel encolhe os ombros, sua postura ereta.

- O que lhe peço não é uma obrigação, Cassie... - Ele dá um passo a frente, ainda muito educado e elegante.

- Castiel. - repreende Dean, estreitando os olhos para o engomadinho. - Ouça, cara, você parece um charlatão para mim...

O homem o olhou com um sorriso irritante. - Dean Winchester, certo? Eu ouvi falar de você. Sou Mick Davies.

- Engraçado, não ouvi falar de você.

- Homens Britânicos de Letras, mas não sei se vocês americanos têm acesso a esse conhecimento, ou a qualquer um. - Retruca, e até seu desdém é educado.

- Tenho o conhecimento exato sobre o como estourar um desgraçado. - Dean ralhou sarcástico, o inglês sorriu.

- Não dúvido disto. - Exprimiu. - Os boatos sobre sua postura indelicada parecem corretos.

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⏰ Última atualização: Mar 27 ⏰

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Pilantra (Destiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora