002. the fear taking over

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Any Gabrielly

Suspirei lentamente, sentindo o cansaço percorrer todo meu corpo, e abri meus olhos. Levantei a cabeça que estava deitada sobre meus braços que descansavam sobre minha mesa, e passei a mão no meu rosto tentando espantar o sono. Depois de alguns minutos ainda sonolenta, encarei os papéis espalhados na mesa que ficava no meu quarto, e suspirei.

Minha cabeça estava doendo, e eu me sentia esgotada de todas as maneiras possível.

Do lado de fora, o céu já estava escuro e a lua já iluminava a noite. A porta de vidro aberta da minha varanda, permitia o vento gelado entrar, e me dava a visão das milhares de estrelas brilhando.

—Mamãe, mamãe, mamãe! — Olho para minha filha, que entra no meu quarto sorrindo, e vem correndo até mim.

No começo eu estranhei um pouco, mas deixei de lado e sorri. Peguei minha filha no colo, assim que ela se aproximou o suficiente e a apertei em meus braços.

—Por que o bebê da mamãe não está dormindo?

Lena queria dizer uma coisinha.

Ela segurou meu rosto com suas duas mãozinhas, e passou seu nariz no meu enquanto sorria.

—E o que a Helena quer dizer? — Perguntei rindo da sua animação.

A Lena queria dizer, que ama muitão a mamãe. E que entendi, que voxê plecisa tabalha para comprar muitos brinquedos pla ela.

Me joguei para trás na minha cadeira que girava, ainda com minha filha no braços e distribui beijos por todo seu rostinho, enquanto ela ria sem parar.

—A mamãe também ama muito você. — Falei sorrindo, para ela que ainda me olhava. —Mas você não aprenderia falar tudo isso sozinha, quem te ajudou?

O amo da minha vida!

Fiquei confusa com sua fala tão espontânea, e olhei para o relógio que ficava do lado da minha cama.

4:32 da manhã.

Todos os funcionários já foram embora há horas, e eu estava dormindo até poucos minutos atrás. A casa deveria estar vazia, e Helena dormindo assim como eu a deixei antes de vir para o meu quarto.

Levantei com pressa, e coloquei minha filha no chão antes de abrir uma das gavetas que tinha na mesa para pegar minha arma de trabalho.

Naum mamãe! — Helena gritou quando eu ameacei sair do quarto, e abraçou uma das minha pernas me fazendo parar.

—Quem estava com você no quarto, Helena? — Me abaixei em sua frente, colocando a arma ao meu lado no chão.

A bina não fez mau mamãe. — Ela abraçou meu pescoço, e depois de longos minutos em silêncio sua lágrimas começaram a molhar meu ombro. —A bina é do bem, ela disse para Lena que a mamãe era incrível, e só melecia muito amor.

—Ela ainda está aqui em casa!?

Naum... Ela já pulou a janela.

𝗮 𝗹𝗶𝗳𝗲 𝗼𝗳 𝗹𝗶𝗲𝘀 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Onde histórias criam vida. Descubra agora