008. the hug

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Any Gabrielly

Eu e Sabina, não falamos mais nada um parar outra depois que nos levantamos do chão. Ela me deixou vir com os outros na volta, e simplesmente sumiu nos deixando para trás.

Estava tentando ignorar tudo que tinha acontecido, mais estava sendo impossível. Sempre que eu fechava os olhos, a imagem dela me encarando daquela maneira me deixava sem ar, e eu não entendia o porque. Foram só alguns minutos, que se tornou uma eternidade, um momento inacabável, que parecia que nenhuma de nós queríamos que chegasse o fim.

Mamãe! — Ouvi o grito animado de Helena quando eu passei pela porta, e acabei sorrindo quando minha filha agarrou minhas pernas.

—Oi meu amor. — Me abaixei, e beijei sua cabeça. —Como foi seu dia?

Muito legal, a titia Hina blincou cum eu.

A puxei para um abraço, e ela me esmagou com seus bracinhos pequeno enquanto ria. Me levantei com ela ainda agarrada em mim, e sorri para Hina que fez o mesmo, antes de ir para cozinha. Subi a escada devagar, já sentindo às dores espalhadas por todo meu corpo, e entrei no quarto. Coloquei Helena no chão, e ela me olhou chorosa.

Banho mamãe? — Ela perguntou enquanto eu tirava sua roupa.

—Isso amor, vai indo que a mamãe só vai pegar seu pijama.

Ela saiu correndo para o banheiro, e eu suspirei cansada antes de ir pegar nossas roupas. Quando cheguei ela estava brincando com alguns brinquedos, mais assim que eu me aproximei ela veio até mim pedindo colo. Não demoramos muito no banho, não lavamos cabelo então logo terminamos. Eu me troquei, e ajudei Helena a se trocar e escovar os dentes para poder dormir.

Não tô cum soninho mamãe. — Ela resmungou quando eu a coloquei deitada na cama.

—Por favor bebê, a mamãe precisa descansar um pouquinho.

Ela não me respondeu mais nada, apenas esperou que eu deitasse para que se aproximasse, e se aconchegasse em meu corpo. Eu respirei fundo tentando conter a dor de cabeça, e fechei os olhos... mais isso não foi o suficiente. Mais uma vez Sabina invadiu meus pensamentos, com aquele sorriso pequeno e discreto, e isso por algum motivo fez com que minha cabeça doesse mais.

As horas passaram, e mesmo com os olhos fechados eu não conseguia dormir. Minha mente não queria se desligar, e as dores me impediam de relaxar um pouco. Helena estava dormindo a bastante tempo, minha filha já rolou por toda cama, enquanto eu continuava olhando para o teto branco do quarto. A casa já estava silenciosa, e parecia não ter mais ninguém acordado.

Eu me levantei devagar, e arrumei Helena de uma forma que não corresse o risco dela cair, antes de sair para poder beber água.

Desci até a cozinha, e quando subi outra vez reparei que a porta do escritório estava aberta, e a luz ligada. Caminhei devagar até lá, e encontrei Sabina de costas para mim na varanda. O cheiro do cômodo era insuportável, ela provavelmente estava fumando. Eu fiquei ali por vários minutos parada apenas observando, queria ir até ela, mais não sei se deveria fazer isso.

Em passos lentos, eu caminhei até onde ela estava e parei ao seu lado. Sabina me olhou, mais logo voltou sua atenção para onde estava antes. Ela tragava um cigarro com uma das mãos, e na outra segurava um copo já vazio de alguma bebida.

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⏰ Última atualização: Mar 16, 2024 ⏰

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𝗮 𝗹𝗶𝗳𝗲 𝗼𝗳 𝗹𝗶𝗲𝘀 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Onde histórias criam vida. Descubra agora