ALERTA GATILHO.
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já era tarde da noite quando o casal chegou em casa, naquele fim de semana. Eduardo e Simone saíram para jantar com outros casais do trabalho do homem, como o típico casal amável, ela escondia toda a dor que sentia ao ter que fazer aquele teatro todo mais uma vez. A porta do apartamento foi batida com força quando o homem empurrou a morena para dentro da casa.
- Você acha bonito FICAR DANDO EM CIMA DE OUTROS CARAS BEM NA MINHA FRENTE?! - Ele gritou puxando-a pelo cabelo trazendo seu corpo com brutalidade para perto do dele.
- EU SÓ FUI GENTIL! - Simone respondeu, não abaixando sua voz para ele, mas estava com lágrimas em seus olhos. Ela sentia uma extrema raiva naquele momento.
- VOCÊ ESTAVA AGINDO IQUAL A UMA PUTA! - Ele soltou ela, que cambaleou um pouco graças aos saltos finos que calçava em seus pés.
- Eduardo da para você parar?! TUDO É MOTIVO PARA VOCÊ FAZER TODO ESSE DRAMA! - Ela abaixou tirando o salto dos pés. Mas foi tempo o suficiente para o homem a empurrar, e ela cair sobre o chão. O impacto fez com que ela parasse de respirar por alguns segundos.
Não... Não... Não... Era tudo o que sua mente gritava enquanto o homem subia por seu corpo, com as mãos em seu pescoço. Os flashbacks de seus pesadelos vieram a tona.
- Você é minha caralho! - As mãos do homem tentavam puxar o vestido vinho da mulher para cima, enquanto ela se debatia em desespero. - Quer atenção? Eu te dou um pouco, porra.
Ela tentava de todas as formas se livrar das mãos do homem, Simone implorava com todas as palavras possíveis de seu vocabulário para que ele a soltasse. Ele desferiu um tapa em seu rosto. A mandando calar a boca.
- Por favor... - Falo por fim quando suas palavras já não saíam de sua garganta. Ela chorava. Presa.
Minutos se passaram, e ela não conseguia se mover depois de Eduardo sair do apartamento. Simone sabia que mais uma vez, ele tinha passado dos limites. Mais uma vez ela estava machucada. Ela não queria mais ter que arrumar desculpas para as marcas em seu corpo. Não queria mais tentar enganar sua mente com suas próprias mentiras.
Ela se sentou no chão frio, e olhou pelo corredor escuro. Ela olhou para a cerâmica branca, encarando as gotas de sangue que manchavam a cor tão pura.
Simone se levantou cambaleante, caminhou sentindo a dor lhe consumir cada parte de seu corpo. Era como pisar sobre agulhas afiadas. Que estavam lhe perfurando os pés.Estava em choque.
Pegou um celular reserva que guardava dentro do guarda-roupa, pois antes dessa vez Eduardo já tinha quebrado vários aparelhos dela em momentos de raiva e brigas. Pensou em alguém para ligar... Sua mãe? Não. Não ela não queria falar isso com sua mãe.
Se lembrou de Soraya, era tarde da noite, as chances de não ser atendidas eram grandes, mas a necessidade de sair de dentro daquela casa eram muito maiores. O número foi discado, ela apagou os últimos dígitos por ter errado, seus dedos e mãos tremiam junto com o resto do seu corpo. Ela levou o aparelho até seu ouvido. Foram alguns toques até ser atendido.
- Alô? Quem é? - Ela agradeceu por escutar a voz de Soraya. - Oi? - Ela perguntou novamente, esperando resposta.
- Oi... - Simone disse com a voz fraca.
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29 de Abril
ФанфикO amor verdadeiro pode vir de onde menos se espera. "e não importa do que as nossas almas são feitas,a minha e a dele são a mesma." O Morro dos ventos Uivantes- Emily Brontë