Capítulo 22

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- São para mim? - A morena perguntou sorrindo olhando diretamente nos olhos da loira, que corou.

- Ah! S-sim! - Ela levantou o buquê que antes estava sobre suas coxas. E esticou ele para frente. - P-por favor aceite... - Disse envergonhada.

- São lindas!!! - Ela disse pegando as flores e as levantado ate perto de seu nariz, sentindo o aroma invadir seus sentidos. - Muito obrigada Sol! - Ela colocou as flores com delicadeza sobre a mesinha e se esticou para dar um profundo abraço na professora.

Você a tratou bem
Era o mínimo
Ela achou o máximo.

Simone acabou se desequilibrando e caiu por cima de Soraya, ela apoiou as mãos ao lado do corpo da professora, ambas estavam vermelhas de vergonha, mas não conseguiam mudar a posição. A morena encarou os lábios de Soraya mais uma vez...

- Filha? - Se assustou quando escutou a voz de sua mãe. "Que horas ela entrou e eu não escutei?!" Se perguntou e saiu de cima de Soraya.

- M-me desculpe! - Pediu envergonhada, a loira só sabia rir da situação. - Estou aqui na sala mãe! - Ela disse mais alto e encarou Soraya. - Tem uma pessoa aqui que a senhora vai amar ver! - Ela sorriu.

- Quem? - Fairte chegou na porta da sala, passou seus olhos na loira que estava vermelha e pelos girassóis que estavam sobre a mesa. - Soraya querida! Simone por que não disse que ela vinha?! - Ela perguntou indo em direção a loira.

- Por que nem eu sabia... - Ela respondeu cruzando os braços enquanto sua mãe cumprimentava a loira com um abraço.

- Como você está?? - Ela perguntou tocando intimamente a face da loira.

- Muito bem! obrigada!

- Eu que agradeço menina! Obrigada por estar fazendo a minha Simone feliz. - Ela susurrou a última frase apenas para a loira escutar, ela sorriu, mostrando os destinos brancos e as covinhas de seu rosto. - Então, vocês estão com fome?! Eu trouxe bolo! - A senhorinha disse feliz indo em direção a cozinha.

- Me desculpe por isso. - Simone disse com a mão no rosto envergonhada.

- Eu já disse que amo sua mãe?? - A loira disse. - Vamos? - Deu sua mão para que Simone segurasse, e assim ela o fez, ambas foram até a cozinha onde fairte já cortava o bolo em fatias generosas.

[...]

Soraya olhou para Simone com um sorriso gentil e convidativo. Elas conversavam animadamente sobre livros, textos e poemas. No meio disso tudo, a loira teve uma ótima ideia e sorrindo falou animada.

- Você quer ir comigo até a livraria Sisa? -  perguntou ela com expectativa. - Simone ficou animada com o convite, mas, ao mesmo tempo, um pouco preocupada em aceitar e acabar dando algo muito errado.

- Eu adoraria... - ela respondeu ainda um pouco hesitante. Fairte sorriu e se intrometeu na conversa.

- Vá em frente, querida!- disse ela, tendo a atenção das mulheres em si. - Sair de casa pode fazer bem para você. - Simone sorriu, sabendo que sua mãe tinha razão, e porra, era com Soraya! O que deixava tudo mais animador.

- Está bem, vou aceitar o seu convite Sol!! - Ela respondeu.

- Eu já disse que amo esse apelido? - Soraya perguntou, fazendo a morena abaixar o olhar corando.

- Simone, o advogado me ligou. - Fairte não queria entrar nesse assunto naquele momento, mas acreditava que Soraya seria de grande ajuda para sua filha.

- E..? - Simone susurrou receiosa.

- Eles já estão com os papéis preparados. - Ela bebeu um gole de seu chá antes de continuar. - Mas você precisa da assinatura do Eduardo... E precisam decidir sobre os bens de vocês.

- Eu não quero nada. Ele pode ficar com tudo. - Ela disse um pouco irritada. - E a assinatura, eu vou marcar um encontro com ele para resolvermos...

- Sozinha? - Soraya indagou com a mão sobre a coxa de Simone, que ficou pensativa.

- Eu não sei... Realmente não sei se quero vê-lo... - Ela enterrou seu rosto sobre suas mãos.

- Soraya poderia ir com você amor! - Fairte falou encarando os olhos claros da loira que concordou com a cabeça quando Simone olhou para ela esperançosa.

- Obrigada Sol... - Ela agradeceu, a loira puxou a mão dela para perto de seus lábios, depositando um beijo casto sobre a mesma.

E mais uma tarde se foi, Simone mesmo nem viu os minutos passarem, estar ao lado de Soraya tudo parecia melhorar. Seu mundo ganhava cor.

- Você já vai mesmo? - A morena perguntou chorosa quando a loira disse que precisava ir para casa, após receber uma ligação.

- Já é tarde Sisa... Amanhã nos vemos novamente! - Ela disse sorrindo.

- Sol, eu queria lhe perguntar... Tem algum livro que você queira? T-tipo... Comprar? - Simone perguntou envergonhada, a loira sorriu.

- Hummm...- Ela tocou a bochecha pensando. - Eu queria muito ler aquele livro de poemas! O com a capa amarela! - A aluna se surpreendeu vendo que Soraya se lembrava daquele livros de poemas.

Elas foram conversando até na porta, soraya abraçou fortemente a morena, deixando um beijo em sua bochecha ao seguir. Simone não queria soltá-la de seus braços. "você tem cheiro de casa, você é minha casa"

- Sol! - Ela chamou depois da loira ter se virado e dado dois passos para longe da porta. - Você me ama? - Perguntou sorrindo.

- Você é minha pessoa favorita Simone. - Ela afirmou, soprando um beijo.

- Entre quantas pessoas? - A morena perguntou.

- Todas.

Amar e ser amada na incerteza
É sentir as borboletas na barriga
É ter medo de perder,
mas seguir em frente
É seguir o coração,
mesmo sem garantias

E amar uma mulher é um ato poético
Um movimento artístico da alma
É misturar cores e notas de uma música
Que tocam suave no coração
e na calma

Amar é abrir o coração para a beleza
É deixar que o sentimento
flua livremente
É compartilhar as histórias
e criar novas
Que se entrelaçam e vivem intensamente

E ser amada é sentir-se completa
É saber que alguém te ama pelo que és
É ter alguém por perto que protege
e cuida
Que te olha nos olhos e te faz feliz

Então, mesmo na incerteza do amanhã
Amar e ser amada é sempre um belo momento
Uma constante poesia que nos faz sentir vivas
E que nos mantém unidas, apaixonadas, eternamente.

- Soraya Thronicke












Continua...

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29 de AbrilOnde histórias criam vida. Descubra agora