꧁༒ Tipos de amores que tive

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꧁༒ A L A S K A   G A A R ༒꧂

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Embora o dia estivesse lindo, o canto dos pássaros alto e a rua ainda calma pelo início da manhã, não pude ser capaz de encarar os olhos de Jungkook de novo. Aquele homem carregava algo de diferente consigo. Talvez fosse a sua audiência, ou sua coragem, se gostar de alguém como eu. Era inacreditável, e isso foi o que esteve em minha cabeça durante todo o caminho que ele fez questão de me acompanhar não soltando meu braço nem, graças a deus, começando outra conversa para falar daquilo. Céus, não ia ser capaz de falar em sua frente de novo.

Era estranho sentir vergonha disso?

No fundo eu sabia muito bem o que era. Estava sentindo medo e meu coração não parou de acelerar nem por um segundo durante o dia, com a ideia de que o alfa mais forte do país podia gostar de mim. Certo, parecia uma piada e não foi atoa que ri. Não foi atoa que chutei as folhas secas pelo bosque enquanto procurava pelo meu canto preferido no topo da colina para pensar naquela grande loucura. Eram tantas perguntas que me senti sufocada. E eu as faria para Eros em algum momento, mesmo que agora olhar para sua face seja algo meio constrangedor.

Amor era uma palavra bonita cujo eu não conhecia o significado. Ainda não. Amor é uma palavra tão abrangente quando o ódio, e eu o tinha experimentado poucas vezes ao longo da vida. Em minha infância, conheci o amor de amigo, uma criança pura e genuína cheia de amigos na rua que me protegiam de uma queda ou evitava uma bronca de minha mãe, no início da adolescência conheci o amor dos pais. Quando todos me deram as costas. Me vi tão próxima de minha família que, talvez, esse fosse o motivo de eu ainda estar aqui.

E ponto.

Esses foram os amores que conheci. Não passei pela fase da paquera, pelas descobertas incríveis da adolescência onde você sai com uma roda de amigos, beija pela primeira vez num jogo de verdade ou desafio, bebe, fuma e tira a roupa na frente de um homem pela primeira vez. E tem a primeira vez na praia antes mesmo de completar os dezoito e sair para a noite de lua cheia. Também não recebi cartas, ou mensagens de texto, ou telefonemas. Nem mesmo uma pergunta sincera e básica como 'você está bem?'.

Foi o tipo de coisa que eu esperei. Esperei por longos anos correndo por este mesmo mato que hoje ando e escuto os ruídos ao redor que mal fazem diferença, até notar que não receberia isso de ninguém. O amor platônico, o amor verdadeiro, o amor de uma alma gêmea. De um namorado. E aos vinte e sete posso dizer que estou prestes a desistir. Ou estava. Ou ainda estou?

Acreditar nas palavras de Jungkook era difícil, não por não acreditar nele, afinal de contas ele é o alfa e pode fazer o que dizer. Isso inclui o uso das palavras para seja lá qual for sua intenção. O problema era eu. Era difícil acreditar quando tudo que escutei vindo de um macho foi um insulto sobre minha aparência. Como aquele homem lindo e robusto tinha me falado que eu era a fêmea mais bonita que conheceu?

E agora tinha que cumprir a minha palavra, ele pediu o resto do mês para me conquistar e céus, como podia pensar que isso seria difícil? Se apaixonar por ele é ainda mais fácil do que qualquer outro macho, ainda mais quando foi o único respeitoso com minha aparência, o único que nunca me deu um olhar torto de nojo ou desprezo, o único que ousou se aproximar a ponto de, em uma semana, eu chamá-lo de amigo. Embora ainda estivesse aprendendo de novo sobre o significado da palavra.

UMA PAIXÃO LUPINA INCANDESCENTE • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora