O Haaland me leva para um restaurante lindo no centro da cidade, uma vibe jardim secreto cheio de flores lindas.
"Quando ouvi falar desse lugar achei que você fosse gostar." Ele comenta abraçando a minha cintura, com um sorrisinho orgulhoso no rosto.
"Eu amei, é muito lindo." Olho em volta com os olhos brilhando. É realmente a minha cara.
Encosto meu ombro do peito do Erling, beijando seu ombro em um gesto de gratidão. Não sei exatamente pelo que, mas estou muito feliz e foi ele quem fez isso. Ele abaixa os lábios para beijar o topo da minha cabeça, apertando mais meu corpo contra o dele. Ambos sorrimos bobos um para o outro, provando mais uma vez para nós mesmos que daqui pra frente só pra trás. Já disse e repito, cruzamos um limite sem volta quando nos permitimos ser mais do que amigos.
Tentei fugir desse sentimento, fingir que ele não estava ali, que o Erling era um cara qualquer que não significava nada demais, mas foi impossível. Além da amizade inegável que transformava dias cinzas em flores, a atração e a tentação estavam lá. Uma hora ou outra íamos acabar cedendo.
Somos conduzidos para uma mesa num cantinho do restaurante, onde o Haaland se senta na minha frente, esparramando o corpo forte na cadeira de um jeito tão naturalmente sexy que eu tenho que morder o lábio para não babar nele.
Quando estamos discutindo o menu, o celular do jogador toca e ele atende com um sorriso no rosto.
"Oi, pai!" Ele diz animado depois de ver o nome na tela. Largo o cardápio para ouvir os 50% da conversa que tenho acesso. "To jantado com a Mia." Arregalo os olhos ao saber que o Alfie Haaland sabe sobre a minha existência oficialmente. "Não, tô tranquilo." Sua voz sai relaxada mesmo. "Ta bom, a gente se vê quarta." Quarta? "Beijo, também te amo." Acharia muito fofo ouvir ele dizer que ama o pai se eu não tivesse estacionada na possibilidade de encontrar meu sogro semana que vem. "Nossa, ainda bem que meu pai ligou, se não eu ia esquecer de te avisar que ele vem assisitir o jogo quarta." Isso eu já tinha entendido.
"Ai meu deus do céu." Apoio a testa na mão, já sentindo o nervosismo. Não sou exatamente o tipo de mulher que pais sonham ter ao lado do filho. Sou egocêntrica demais para parecer uma boa nora.
"Meu pai é o cara mais legal que você pode conhecer na sua vida, ele é hilário e é ótimo de conversar." Erling sorri terno, vendo meu nervosismo. "Além do mais, vocês são sou super parecidos, vão se dar bem com certeza." Se o pai dele não foi fã da Prada, não sei como podemos ser parecidos. "Os dois são teimosos e esquentadinhos, mas doces e parceiros quando se premitem sair da bolha." Não sei se me sinto lisongeada ou ofendida, o que é uma das coisas que eu maie gosto na minha relação com o Haaland. Não levamos as coisas tão a sério.
"Eu sou esquentadinha?" Forço indignação, encarando ele de boca aberta. "Eu sou uma princesa." Afirmo, jogando o cabelo para fora do meu ombro.
Eu sou esquentadinha. Mas sou justa. Se eu brigo, é com razão.
"Princesa de Manchester." Ele pisca pra mim, sorrindo largo todo galanteador.
"Ta tentando se redimir por mais cedo?" Levanto uma sobrancelha, provocando o Erling.
"Não, você realmente é uma princesa." Cravamos os olhos um no outro, soltando faíscas. "Minha princesa." Ele afirma convicto, me obrigando a morder o lábio para não perder a pose.
Depois de mais de uma semana num limbo de incertezas e receios em relação ao nosso futuro juntos, é maravilhosa a sensação de paz e segurança que tenho ao olhar em seus olhos e enxergar nada menos que carinho. Ainda não sabemos como exatamente as coisas vão se desenrolar, mas de uma forma ou outra, é nítida a nossa vontade de fazer existir um futuro conjunto.
"Vem pra cá, você do outro lado dessa mesa tá me deixando agoniado." Erling estende a mão sobre a mesa, me chamando com seu sotaque alemão, para a cadeira ao seu lado. Sorrio bem humorada, levantando da cadeira de indo me sentar com ele.
"Fiquei com saudades de você." Admito fazendo beicinho, apoiando o queixo no seu ombro coberto pelo tecido macio.
"Eu também, linda." Erling toca meu rosto suavemente, me encarando com ternura. Seus dedos escorregaram devagarinho até o meu pescoço, levemente me puxando para mais perto. Com cuidado, ele beija meus lábios, arrepiando cada pedacinho do meu corpo com seu jeito doce e carinhoso.
Quando nos afastamos, grudamos os olhos um no outro, sorrindo como loucos.
Me pergunto onde foi parar todos os anos de desapego emocional. Agora, nos braços do Erling, me sinto sufocada de pensar na possibilidade de não tê-lo por perto, não ouvir sua risada grave e seu inglês lindo com o sotaque alemão, ou sentir seu corpo envolta do meu enquanto me aconchego contra seu peito.
"Conseguiu estudar?" Erling pergunta depois de pedirmos os pratos. Ele vai de sopinha pra compensar o macarrão nada fit que eu fiz meio dia, e eu opto por um salmão grelhado que vi na mesa do lado e parecia divino.
"Sim, o Mark me botou medo sobre a prova de Direito Penal I mas estudei tudo que dava." Conto, vendo meus resumos coloridos passarem como um filme na minha cabeça. "Se eu for mal vou ficar muito puta." Estudei horrores, não é possível que essa prova seja tão absurda assim.
"Você vai bem, tenho certeza." Ele garante, abrindo um sorrisão orgulhoso para mim. "Você é super inteligente e se estudou bastante, não tem como ir mal." Sua mão aperta a minha coxa como um incentivo todo fofinho e sexy.
"Para de ser lindo, puta que pariu." Digo com gana, fazendo ele rir e desviar o olhar pra baixo, tímido.
Agarro sua mandíbula, puxando seu rosto para mais perto e mordo sua bochecha com uma certa força.
Vivi muito sozinha a minha vida inteira. Sempre tive o apoio incondicional da minha mãe e meus avós, e uma parceria legal com a Daisy, mas a bolha sempre foi pequena. É muito foda estar vivendo o que eu to vivendo agora na faculdade, ampliando meu leque de amizade e curtindo pra caralho esse lance com o Erling. Essas pessoas me conhecem de verdade e gostam de mim, acreditam em mim e querem continuar convivendo comigo.
Isso é uma coisa que eu nunca efetivamente senti falta até ter de verdade. Sempre fui feliz com a minha família, nunca senti necessidade de ter mais na minha vida, até agora que eu tenho uma rede maior de conexões. Não consigo imaginar como eu vivi tranquila sem ter esse sentimento tão sólido de pertencimento.
Durante a minha infância, meu lugar preferido do mundo, onde eu me sentia verdadeiramente eu, era a fazenda do meu vô. Hoje eu me sinto muito mais livre e relaxada em todas as circunstâncias. Isso começou quando eu fui para Austrália, mas só se concretizou aqui na Inglaterra onde eu to criando raízes reais.
VOCÊ ESTÁ LENDO
H - Erling Haaland
FanfictionMia Monet é filha de um empresário milionário que nunca esteve realmente presente na sua vida. Ela ta no seu primeiro ano de faculdade e se vê pedindo para a grande estrela do futebol, Erling Haaland, ser seu namorado de mentira. No meio da mentira...