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Na minha cabeça, seria muito mais tranquilo esse jogo, mas o United está determinado a impedir a tríplice do rival e me fazer acabar com as minhas unhas. Eu me orgulho das minhas unhas naturalmente longas e sempre bem pintadas, é uma merda que elas estejam sendo vítimas de ataques injustos dos meus nervos.

O Gundo marcou um gol no bendito primeiro minuto de jogo. Foi uma comoção aqui no quarto, Amanda comemorando a plenos pulmões comigo, mesmo ardendo de febre.

Mas, rolou um pênalti na metade do primeiro tempo, acabando com a nossa alegria. O United converteu, empatando o jogo. Tudo igual, nada decidido.

Vejo o Guardiola maluco na beira do campo, gritando com os jogadores, instrução atrás de instrução, colocando todo mundo no lugar certo. Apesar desses esforços, vamos para o vestiário sem a vantagem. É melhor que perdendo, óbvio que sim, mas o City é o tipo de time de alto nível, consciente da própria capacidade. Empate é desvantagem em qualquer cenário.

"Vou comprar café." Aviso Amanda, nervosa demais para sentar aqui e esperar o segundo tempo começar. "Quer alguma coisa?"

"Um chá."

Concordo, calçando meus chinelos da Nike, presente do Haaland, junto com o conjunto de moletom rosa bebê, dois número maior do que eu. Decido ir andando, intencionalmente querendo gastar tempo para não estar de volta quando o jogo recomeçar. Não tenho coração para isso.

Meu plano vai por água abaixo quando chego na cafeteria do campus, encontrando um grupo de caras reunidos em volta de um camputador, assistindo ESPN.

Tento fazer o pedido rápido para sair daqui antes dos jogadores voltarem ao campo, mas a fila está enorme. Fico nem 2 minutos esperando meu café até ser reconhecida pelos rapazes e obrigada a sorrir com confiança para dizer que tenho certeza que o City vai ganhar. Quem torce para eles celebra, mas aqueles que estão aqui pelo outro Manchester, fecham a cara e me mandam assistir o jogo para ver o constrário. Acabo rindo deles. Posso estar nervosa, mas eu vi o time jogar metade da temporada. O United não vai conseguir levar essa.

Respiro fundo, encarando o cara que me mandou baixar a bola.

"Acho que você não conhece o poder do discurdo do Pep." Brinco, cruzando os braços sobre o peito.

Escuto todo mundo em volta surpirar com a menção ao Pep. Tenho certeza que todos aqui matariam para poder conhecer o homem.

"Se tem tanta certeza, coloca alguma coisa na mesa." Um rapaz loiro desafia, me fazendo sorrir. Percebo que ele não é nenhum tipo de ameaça, só quer se divertir.

"5 libras que eles marcam em 10 minutos." Aposto, tirando uma nota da carteira.

"Feito." Apertamos as mãos, arrancando gritos da nossa pequena plateia, gradativamente aumentando pela curiosidade dos estudantes.

Puxo uma cadeira, me sentendo em frente ao computador, repentinamente nem um pouco nervosa. Apostas e dasafios me deixam animada. Uma expressão tranquila toma conta do meu rosto, se mantendo por exatos 6 minutos, quando o Gundo faz o seu segundo gol.

Esse é o nosso capitão!

Comemoro junto com quem está do lado certo da história, brevemente olhando na direção dos morangos com o olhar vitorioso que mereço.

"Adoraria ficar mais com vocês queridos, mas tenho que arrumar minhas malas pra Istambul." Pisco, pegando as minhas 5 libras e as do loiro.

Saio distribuindo high fives, enquanto pego o meu café e o chá da Amanda.

De volta ao nosso dormitório, assisto o resto do jogo, me divetindo horrores, contando para minha amiga sobre a aposta da cafeteria e as 5 libras que vão pagar o nosso almoço amanhã.

H - Erling HaalandOnde histórias criam vida. Descubra agora