ℂ𝕒𝕡 9: 𝐸𝑛𝑓𝑒𝑟𝑚𝑎𝑟𝑖𝑎

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>•°Bakugou On>•°

Enquanto eu ia com o professor Aizawa, (S/N) ficava chorando no meu colo e me abraçando com força. Eu estava preocupado, mas não sabia o que fazer com ela naquele estado.

Chegamos na enfermaria e eu me sentei. Ela ficou sentada no meu colo e senti um olhar ameaçador do sensei.

Ignorei seu olhar, pois não me importava com o que ele pensava de mim ou não e continuei olhando para (S/N). Suas orelhas estavam baixas e sua cauda estava mais juntando mais os nossos corpos.

Aizawa: Ela não vai te soltar até se acalmar... - Ele encostou-se na parede e olhou para ela.

Bakugou: Hm... Isso vai demorar um pouco então.

Aizawa: Porquê?

Bakugou: Não vou fazer um monte de perguntas enquanto ela está chorando e em pânico. Vou esperar ela se acalmar um pouco mais para eu escutar o que ela tem a dizer... - Eu continuei olhando para ela e meu coração apertou. Eu não quero vê-la assim. - Ela precisa tirar esses pensamentos dela antes que eles assumam o controle dela. Não é fácil aguentar tudo isso, principalmente porque ela já passou por muita coisa.

Sem perceber acabei falando algumas coisas que só eu sabia sobre ela, e provavelmente o sensei também sabia. Ele olhou para mim e respirou fundo.

Aizawa: Você a conhece muito bem. - Eu não disse nada, apenas olhei para ele. - Vou deixá-los aqui.

Bakugou: Quanto a ela? Você vai deixar sua filha nesse estado sozinha? - Digo um pouco irritado ao vê-lo abandonar a filha naquele estado.

Aizawa: Ela não está sozinha. Ela está com você. - Ele me olhou sério. - Ela está com alguém que ela ama, não é?

Bakugou: ... - Eu não respondi e senti minhas bochechas corarem um pouco.

Aizawa: Ela gosta de estar perto de você, ela se sente feliz e confortável. E eu não posso tirar a felicidade dela, então enquanto ela estiver com você ela nunca estará sozinha. - Ele disse vindo acariciar a filha. - Eu sei que ela já te disse que te ama e também sei que você ainda não tem uma resposta, eu acho. Mas não vou fazer você dar uma resposta rápida sem pensar, mas não quero que você quebre o coração dela...

Bakugou: Eu nunca vou ter coragem de fazer isso com ela... Nunca... - Eu a abracei mais forte e olhei para seu lindo cabelo.

O professor Aizawa nos encarou por um momento e deu um sorriso calmo.

Aizawa: Você gosta dela, não é? - Cruzou os braços sorriu.

Minhas bochechas esquentaram com aquela pergunta repentina, olhei para ela e provavelmente ela não deveria estar prestando atenção em nada ao seu redor. Eu sorri calmamente, meu coração começou a bater forte e meus olhos brilharam como nunca antes.

Bakugou: Eu amo ela!...

Quando eu disse isso, tudo ficou em silêncio, eu só podia ouvir seu choro e seus soluços. Quando olhei para o professor, ele sorriu para nós e me olhou nos olhos.

Aizawa: Excelente, vou deixá-los aqui agora. - Disse indo em direção a porta, mas parou em frente a ela. - E Bakugou... Se eu conseguir achar outra marca de chupão no pescoço dela, não serei responsável por minhas ações! - Ele me olhou sério e ameaçador.

Engoli em seco e ele saiu da enfermeira deixando eu e (S/N) sozinhos. Ela não parava de chorar e soluçar e isso me machucava por dentro, eu não sabia o que fazer com ela naquela situação.

Sem ideias, comecei a acariciar sua cabeça. Eu lentamente corri minha mão sobre sua cabeça tentando acalmá-la.

Bakugou: Estou aqui, lembra? Você pode chorar o quanto quiser até se sentir melhor porque eu não vou embora até você se acalmar!~

Ela enterrou mais o rosto em meu peito e eu senti meu uniforme ficar um pouco molhado com suas lágrimas. Isso foi muito preocupante, mas meu coração começou a bater mais rápido e senti minhas bochechas corarem.

Eu estava me sentindo especial porque ela estava se abrindo para mim e sendo tão doce comigo. Ela é tão carinhosa comigo e eu realmente não mereço isso dela.

Eu a abracei de volta e a puxei para mais perto de mim, descansei minha cabeça em seu ombro e respirei fundo e não disse nada.

O silêncio encheu a enfermaria e percebi que ela havia parado de chorar, mas permaneci em silêncio mesmo assim.

Sua respiração estava um pouco rouca e trêmula, já que ela estava chorando muito, mas senti que ela estava mais calma do que antes.

Ela me abraçou de volta e começou a respirar profundamente tentando se controlar.

(S/N): O-obrigado... - Sua voz estava um pouco rouca, mas ainda doce. - E-eu realmente não sabia o que faria se... S-se você não estivesse lá...

Fiquei quieto e continuei o abraço. Eu não queria que ela visse meu rosto, já que estava tão corado.

(S/N): E-esta manhã... eu não queria te contar porque não queria te preocupar, mas... eu sonhei com All For One. Sonhei com aquele dia em Kamino, quando ele... jogou aquela coisa no meu pescoço...

- Depois daquele dia, não consegui usar um dos meus Quirks corretamente e meu corpo rejeitava quando tentava usá-lo. E hoje fui tentar usar para uma técnica. Eu realmente não queria testar, mas fui estúpida e falei sobre isso. Então, quando fui usá-lo, tudo estava indo bem até que a mesma lembrança voltou para mim. Depois disso não era mais eu que usava, não me sentia eu mesma... Não me sentia viva, apenas sentia um grande vazio como se não importasse se eu existisse ou não e isso...

Sua voz começou a falhar novamente e suas mãos cerradas nas minhas costas.

(S/N): E isso me assustou pra caralho! Era desconfortável e horrível sentir isso. Tipo... Como anos atrás, quando eu era apenas um experimento nas mãos deles! Era a mesma sensação naquela época. Não quero me sentir assim... não quero ficar assim... não quero ser só um objeto de novo...

Ela começou a chorar de novo e dessa vez não vou ficar quieto. Eu quebrei o abraço e fiz ela olhar para mim.

Bakugou: Olhe para mim e me escute. Você não é um objeto ou um experimento, você é minha (S/N)! Você não merece ser tratado assim. Eu sei que você não quer preocupar ninguém, mas venha falar comigo. - Eu disse isso olhando em seus olhos com minhas mãos em sua cintura. - Lembra o que dissemos? Nós confiamos um no outro e você pode dizer qualquer coisa para mim e eu vou confiar em você. Sempre confiei e nunca se esqueça disso.

Ela olhou para mim, ainda com os olhos cheios de lágrimas, e pude ver a culpa em seus olhos.

(S/N): Me desculpa... Não quero preocupar ninguém como você disse... E também não quero ser... Um fardo para ninguém...

Bakugou: Não acredito que você se acha um fardo... - Digo incrédulo com suas palavras. - (S/N), você não é um fardo. Você não é inútil, você não é insuportável, você não é fraca, você não é um objeto... Claro, todo mundo tem defeitos, tanto eu quanto você. Você é perfeita! Mas...

Ela ficou em silêncio e continuou a olhar para mim. Tudo estava em silêncio, mas meu coração parecia que ia pular pela boca. Estou com raiva, mas não por causa dela, mas de mim mesmo por não conseguir me expressar direito.

Bakugou: Se você se acha imperfeita, então... - Meu coração batia mais rápido que o normal, mas de um jeito bom. - Puts... Me apaixonei por uma garota imperfeitamente perfeita...

Continua...

Não tenho nada a dizer, ok?
Então até o próximo capítulo meus amores! ️❤️

Puts... Me Apaixonei... [PAUSADA] (Bakugou Katsuki × Leitora) (2/2)Onde histórias criam vida. Descubra agora