Benjamin deu duas batidas na porta do quarto de Lumiar.— Hey, tô passando pra te dar boa noite. Seu pai já arrumou um quarto pra mim.
A advogada estava deitada na cama, toda encolhida e coberta, sentindo um pouco de frio.
Ben se ajoelhou na cama, e deslizou o dedos pelo rosto da loira.
— Te amo, tá? Sei que depois de tudo que aconteceu está um pouco traumatizada. Então vou esperar seu tempo. Te respeito. Dorme bem.
Ele já estava de saída quando foi chamado de volta.
— Ben, deita aqui comigo. Eu amo você. Nós duas precisamos dormir abraçadinhas! — referiu-se à bebê, passando a mão pelo ventre e deitando de ladinho na cama, deixando um espaço para o homem abraçá-la.
Entretanto, Ben não foi. Ficou que nem bobo admirando suas duas mulheres (mesmo que uma ainda estivesse na barriga da mamãe).
— Você não vem? — Lumiar se preocupou e logo ficou chorosa.
— Eu jamais perderia a oportunidade de dormir abraçado com a minha mulher e com a minha filha!
Ele pulou na cama rapidamente e se jogou entre as cobertas, abraçando e e beijando o corpo de Lumiar.
— Ai Ben, você me assustou! Sabe que não pode fazer isso agora, né? Preciso ser cuidada e não assustada.
— Isso é golpe baixo, ein? — ele riu fraco.
— Eu tenho que usar a gravidez a meu favor em algum ponto. Você não tem ideia do que é chorar por absolutamente nada e querer atenção 24h. Eu tô insuportável!
— Eu acho que está mais linda que nunca. Toda sua sensibilidade e seu jeitinho único de ser sempre estiveram com você. Esses sentimentos só foram aflorados.
— Te amo, sabia? — ela segurou o rosto dele com ternura antes de lhe dar um beijo lento. — Mas olha, não pode me chamar de sua mulher!
— Por que não? — ele se surpreendeu.
— Porque eu e você estamos divorciados, lembra?
— Aaah, já entendi tudo! — ele riu bobo. — Filha, sua mãe quer ser pedida em casamento de novo. Será que agora ela aceita? — Ele deslizou na cama até a altura da barriga de Lumiar e conversou com a filha.
A loira riu fraco, envergonhada.
— Quer casar comigo, Lu? Podemos fazer outra festa para comemorar o nosso amor. A Isadora pode trazer as alianças.
— Eu acho que a Isadora vai ser como a minha mãe. Quietinha e caseira. Ela nunca nem mexeu na barriga, por isso fui até a cidade, estava preocupada.
— Não vai responder ao meu pedido?
— Claro que quero me casar com você, Ben. Em todas as vidas eu quero você!
Eles se perderam em mais um beijo, mas dessa vez, na cama, enroladinhos, abraçados.
— Você estava dizendo que a nossa bebê ainda não mexeu… está tudo bem com ela? Me sinto péssimo por não ter acompanhado tudo desde o começo.
— Nossa filha está ótima. Só é quietinha. E espera aí… já sei o que você precisa.
Ela se levantou da cama rapidinho, escolhida pelo frio, e foi direto na cômoda que fica perto da porta.
Quando voltou para a cama trouxe nas mãos um pequeno aparelho de ultrassom, que emitia o som suave e reconfortante do coraçãozinho da sua amada filha, Isadora.
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Dra. Lumiar cuidará disso? - Beniar
RomanceExiste um abismo secreto entre o medo de perder e o amor. Até onde Lumiar será capaz de ir para proteger Benjamin de Theo? Dra. Lumiar cuidará disso?