confusão

21 1 9
                                    

   " Uma dor grande", era isso que eu sentia enquanto me levantava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   " Uma dor grande", era isso que eu sentia enquanto me levantava. Minha cabeça estava sangrando. Olhei para um lado e para o outro e não vi ninguém. Não havia nada além árvores. Mesmo debilitado segui em frente, mas só consegui andar alguns metros, depois eu desmaiei.
Minha cabeça latejava, achei que seria o meu fim. Mas o que aconteceu comigo ?
  
   Abri meus olhos bem devagar, dessa vez estava em uma cama, e um senhor bem idoso estava ao meu lado. Pelo ambiente e o jaleco dele diria que é um médico.
- ah, muito bem, você acordou ? Como está se sentindo?
   Demorei a responder, fiquei o encarando por um tempo. Minha cabeça estava confusa. Juntei forças e consegui dizer para ele

- não muito bem...

   Ele ignorou completamente a minha resposta e apenas continuou

- você deu sorte em rapaz. Não se preocupe eu dei uns pontos na sua cabeça. Mesmo assim aconselho você a ir a cidade fazer exames mais precisos

   Cidade ? Exames? O que raios aconteceu? Como cheguei até aqui ? E onde é aqui ?
Meu Deus o que está havendo ?!!

      A sala foi tomada pelo silêncio, eu encarava o médico, e ele me encarava. Antes de tudo ficar ainda mais constrangedor a porta se abre, e de lá vem um menino, ele vem correndo em minha direção, me deixando assustado. Logo atrás dele veio um senhor bem idoso e de barba suja.

- oia vô ele acordou, nossa cara tu vivo !

   Olho confuso para ele, e ele apenas dá um sorriso. O velho se aproximou e afastou ele de min, olhou para o médico que instantaneamente saiu da sala.

-- nos conhecemos? -- perguntei

-- não-- respondeu

-- Eu e o vô te achemo na estrada. Tu tava muito machucado viu

-- obrigado por me salvar.

      O garoto me retribuiu com um sorriso. Já o velho me encarou com olhar de desconfiança.

-- Escuta garoto. O que fazia naquela estrada? O que aconteceu com você?

-- É o que eu gostaria de saber senhor.

-- lembra de alguma coisa ?

   Fiz que não com a cabeça. E ele não expressou nenhuma reação. Ou não soube o que dizer. Mais uma vez silêncio. Até eu perguntar:

-- senhor...

-- hum

-- onde eu estava havia algo? Sei lá, cartuchos de balas, madeiras ou algo do tipo.

-- Não. Você estava completamente sozinho ali. Mas... estava desmaido perto de um morro, talvez você tenha caído de lá.

-- acha que foi um acidente?

-- provável.

   Algo em mim me diz que não foi um só um acidente. Se eu conseguisse lembrar

-- Deus o que eu faço agora !

O menino que não parava quieto, se intrometeu na conversa

-- vô nois pode ficar com ele ?

-- Ei,Ei, calma aí garoto. Eu não sou bicho não viu

-- Sim, mais você tem onde ficar ?

Perdi o argumento

-- Lucas não inventa

-- poxa vô, o senhor num tem pena não.

   O menino insistiu tanto que o velho cedeu. Além disso ele não podia deixar Alguém na minha condição desamparado.


   Quando sai do quarto, descobri que não se tratava de um hospital mais sim de um posto de saúde ( que estava em uma situação deplorável) e o resto da cidadizinha era bem simples. Casas de Taipo, muito mato e estradas de terra.
Porém nada familiar...

Rubra (Revisando) Onde histórias criam vida. Descubra agora