Capítulo 10

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— Morte?

Essa informação fez a pressão de Rhaenyra cair. Não acreditava ser algo tão grave, decisivo e triste.

Seu coração doeu e precisou massagear o peito para aliviar a pressão. Ela não queria vê-lo morrer, não queria longe dela, só desejava ele para sempre ao seu lado.

O sentimento por ele era muito intenso e agora ela entendia e conseguia dizer sem medo:

— Eu o amo Syrax! — a voz embargada e palavras saem desesperadas — Não quero isso! Precisa existir outro jeito.

Syrax a abraçou tão forte tentando afagar toda a dor dela. "Ela sofreu tanto, por que precisa sofrer mais?" questionava aos deuses, ela não suportava ver sua rainha sofrer.

— Ele é o único entre nós que não reencarnou Rhaenyra. Daemon precisa disso também, é uma escolha dele.

— Eu não quero ser responsável por sua morte.

— Converse com Daemon. Conte o que aconteceu, de tudo o que sabe e aceite qualquer decisão que ele tomar.

Rhaenyra balançava a cabeça em negação, não podia aceitar, não deveria. Imaginar o tormento que seria viver essa vida sem ele lembrando de tudo a fazia gritar por dentro.

Porque os deuses cometeriam um ato tão desprezível? Ter a possibilidade de uma vida plena e tranquila na palma da sua mão e se desfazer entre os dedos devido a um destino bobo.

Ela tinha o direito de ser feliz. De ser amada. Não podiam tirar isso dela.

— Nyra entenda, ele precisa disso, quem sabe os deuses mudem de ideia?

— Vou conversar com ele, só preciso me acalmar e ir para casa. Minha cabeça está confusa e preciso me organizar.

— Tudo bem. Descanse. — beijava o topo de sua cabeça carinhosamente — Ah! Só mais uma coisa... Eu bati na Mysaria.

— Por que você fez isso?

— Quando você lembrar de tudo, você vai entender e me agradecer — beijou a bochecha dela sorrindo — Agora preciso ir.

— Desculpe por te atrapalhar.

— Você não me atrapalhou, Nyra! Só não fico com você, por que esperei por muito tempo esse momento chegar, não posso deixar passar.

Rhaenyra sorriu indicando para a amiga se apressar até o seu destino.

***

— Meu maior medo era ficar com um pescoção na forma humana — olhava-se no espelho ajustando seu chapéu preto.

— Devia pedir para você se vestir melhor mais vezes. — disse Daemon analisando-o com admiração.

— Engraçadinho — respondeu fazendo uma careta — Espero que não demore, quero ficar confortável e deitar na minha cama em paz.

No dia a dia Caraxes sempre usou roupas mais confortáveis, largadas e descontraídas. Era um estilo mais urbano, porém relaxado. Hoje em especial ele vestiu sua jaqueta de couro, calças jogger preta, um coturno preto cano médio e uma camiseta branca com estampa de um crânio de caveira com uma espada fincada no olho. Daemon ficou orgulhoso pela escolha dele, Syrax não vai resistir a esse dragão.

— Olha — aproximou mostrando melhor sua camiseta — mandei fazer em sua homenagem.

— Eu não acredito — Daemon não conseguia parar de rir pela ousadia desse moleque.

— É o Aemond! — dizia animado apreciando sua obra de arte — está igual como você deixou ele. Quando Vhagar me visitar, vou usar.

O toque da campainha sinalizou a chegada de Syrax. Daemon estava ansioso para ver sua reação.

Ele caminhou até a porta enquanto o ruivo continuava tagarelando, organizando a mesa com o material.

— Bom, Daemon está tudo pronto. Estou ansioso para saber quem é essa pessoa mistérios-

Quando virou o seu rosto, as palavras não conseguiam mais sair. Ela finalmente estava bem na sua frente. Desejou encontrá-la na mesma intensidade que Daemon com Rhaenyra e ela estava ali, bem ao seu alcance.

A euforia percorria o corpo dela também. Só os deuses sabem o quanto Syrax buscou por ele. Seu peito subia e descia ofegante, as mãos seguravam forte os dedos e os dois ficaram congelados não acreditando.

Caraxes se deixou admirá-la. Sua pele morena reluzente, seus cabelos ondulados dourados e um perfume que era só dela.

Mostrava suas longas pernas com a saia colada com estampa de margaridas e a blusa branca com mangas longas e soltas deixando um ar romântico em seu visual.

— Não é atoa que seu nome é Syrax, você sempre foi uma deusa para mim.

Ela abriu um sorriso que irradiava qualquer escuridão. Correu até seus braços pulando intensamente quase fazendo-os cair. Despejou beijos urgentes por todo o seu rosto desenhando um sorriso bobo no rosto sardento dele.

— Procurei tanto por você! — agarrou as madeixas vermelhas acomodando o beijo urgente.

— A chave está em cima da mesa, estou indo para casa! — avisava Daemon de longe enquanto Caraxes gesticulava para ir embora.

Daemon sorriu e deixou os dois sozinhos em seu estúdio.

***

Seus sobrinhos voltaram para casa justo no dia que ela mais precisava de distração juvenil. Pelos acontecimentos dessa tarde, esqueceu completamente que iam embora logo após o almoço.

Se sentiu mal, por não ter se despedido da forma correta.

Andava de um lado para o outro pensando em todas as bombas de informações despejadas em seu cérebro em pouquíssimos segundos.

O e-mail de Mysaria era bastante revelador, mas ainda com um enigma deixando-a curiosa. No entanto, ela não seria boba. Sabia o que verme branco planejava, queria que a procurasse para fazê-la lembrar antes de Daemon.

— Desgraça de mulher!

O apartamento estava tão vazio, quieto.

Olhou para o relógio que apontava 03:00 AM. Não sabia se Syrax voltaria ainda hoje, se sairia para algum lugar. Queria mais do que tudo sua amiga agora, mas não podia ser egoísta. Esperou por isso muito tempo, deve ser algo realmente importante para ela. Precisava lidar com seus problemas, sozinha.

Pegou o celular em cima da mesa ansiando em mandar uma mensagem para ele. "Daemon pediu um dia, preciso respeitar isso" tentava se convencer de não ligar, não apressar a decisão. Agora não queria saber, um sim e tudo desmoronaria.

Suas vozes internas a deixavam louca. Não aguentaria passar esse dia, tão sozinha, precisando desabafar e encontrar alguma solução para essa praga dos deuses.

Ela tem poucas esperanças de algo realmente mudar com sua ligação carnal, mas sua intuição grita alertando que isso não está completo. A paz que finalmente chegaria a ele não pode ser exatamente a morte.

Resolveu por fim ir até ele e resolver tudo de uma vez por todas.

***

A impulsividade não era a principal característica de Rhaenyra, ela analisava e planejava tudo com sabedoria, mas quando se tratava de Daemon, gostava de resolver na mesma hora.

Não lembrava exatamente quando conseguiu o endereço de seu apartamento, mas por alguma razão estúpida esqueceu de marcar qual era o número e andar.

Estava em frente a um condomínio luxuoso com diversos andares.

"Pelo menos ele é rico nessa vida"

Sentiu seu celular vibrar no bolso de seu sobretudo. Para sua surpresa era uma mensagem dele.

Daemon: Podemos nos ver amanhã?

Rhaenyra: Se quiser agora seria perfeito, estou na porta do seu condomínio.

Daemon: O quê?!

Ela fotografou a fachada enviando em seguida.

Daemon: Estou descendo!

Se demorou cinco minutos foi muito ainda. A porta se abriu e Daemon apareceu.

— Você é doida? Veio aqui sozinha na madrugada, é perigoso!

— Não pensei muito, só precisava te ver.

Pegou em sua mão puxando-a para dentro.

— Entre aqui. Está frio e perigoso lá fora. Devia ter me avisado, buscaria você.

— Já disse que não pensei!

Daemon guiou até o elevador com um semblante preocupado. Imaginou diversas formas de uma coisa ruim acontecer com ela tão tarde da noite. Ele não, esperava algo impulsivo dela.

As portas fecharam e eles se encaravam em paredes opostas.

Seu olhar era sonolento e sua boca salivou admirando-o de forma tão casual como estava vestido. Conseguia ver com mais clareza partes do seu corpo mais exuberante na calças moletom. Se a ideia era apenas conversar e resistir a ele, caiu por terra nesse exato momento. Ela não conseguiria.

— Se continuar me olhando assim, não vou responder por mim.

— Preciso conversar com você — respondia com um sorriso no canto da boca.

— E eu preciso te beijar, — caminhou lentamente até ela, analisando cada centímetro do seu rosto — mesmo querendo te estrangular por ser tão maluca e sair sozinha assim tarde da noite.

Raspou seus lábios delicadamente nos dela, sentindo o perfume doce do seu cabelo. Intensificou as carícias fazendo-a agarrar em sua camiseta para não perder o equilíbrio.

Ele inclinou mais a cabeça, fechando os olhos, aproximando o suficiente para beijar mais intenso com os lábios separados.

O beijo sempre a fazia recordar de algo. Esse em especial, trouxe a lembrança de quando ficaram juntos sozinhos em Pedra do Dragão quando casaram. Daemon a beijava com a mesma delicadeza e vontade.

Se distanciou por um momento admirando seu rosto, passando o polegar em seus lábios rosados.

Gevie [linda].

Ela o queria tanto, mas isso também significava perdê-lo para sempre.

O elevador chegou ao andar e Daemon a guiou segurando em sua mão pelo corredor. Observou suas costas e ombros que se flexionam conforme andava. Notou uma tatuagem nas costas debaixo do tecido fino da sua camiseta branca. "Ele realmente tem uma tatuagem" lembrou de quando conversaram a primeira vez no hospital.

Abriu a porta gesticulando para entrar.

Se surpreendeu ao encontrar o apartamento tão organizado para um homem solteiro. Era amplo e moderno. Não imaginava que teria bom gosto para decoração.

— Confesso que fiquei feliz pela mensagem que estava aqui em frente ao prédio.

Seu olhar encontrou com o dele e conseguia sentir uma queimação em seu rosto. Não era timidez, mas uma excitação por estar sozinha com ele aqui.

Não sabia o que falar, precisava conversar sobre tudo o que aconteceu, em como descobriu e que não gostaria de perdê-lo.

— Precisamos conversar...

— Já sei de tudo!

Olhou confusa tentando compreender se era o mesmo assunto que estava pensando.

— Syrax me contou — ele continuou quando percebeu a confusão em seu rosto.

— Oh! Não imaginava que ela tinha seu contato.

Abaixou a cabeça deslizando os dedos em seus anéis dourados.

Ele se aproximou pedindo sua mão, fazia sempre isso para acalmá-la.

— Como se sente com tudo isso? — massageava o dorso da mão com o polegar tentando tranquilizá-la.

— Confusa, — ofereceu um meio sorriso — mas essas informações não fizeram lembrar de nada.

— Já decidi o que eu quero.

— E o que eu quero? — perguntava alterando o tom de voz — Você imagina como será horrível lembrar de tudo e você não está aqui?

— Passei por isso séculos e séculos Rhaenyra.

Era verdade. Esqueceu completamente os longos anos que ele ansiava por ela.

— Não aguento mais — segurava seu rosto entre as mãos olhando-a nos olhos — preciso de você!

Então ela se rendeu por fim. Aceitou seu destino sem ele e decidiu que guardaria eternamente esse momento na memória.

Ele se aproximou passando a mão em sua lateral até a curva do seio. A respiração dela estava acelerada fazendo seu peito subir e descer com um simples toque.

Passou a ponta do polegar em seu mamilo ereto, sem desviar o olhar no decote avantajado da sua blusa. Ela não pensou exatamente no que vestir quando decidiu sair de madrugada afora e percebeu só agora o quanto sua roupa acentua as curvas do seu corpo.

Daemon não dizia nada e Rhaenyra sentia uma sensualidade visceral só pelo seu olhar.

Aproximou-se dela, diminuindo o espaço até encostar as costas na parede perto da porta. Mordiscou seu lábio inferior provocando-a entre sorrisos maliciosos e a pressão de sua ereção contra a barriga.

Rhaenyra deslizou suas mãos por debaixo da camiseta delineando o abdômen que ficou tenso sob seus dedos e toque.

Inclinou chupando seu pescoço, seu queixo, sua boca, consumindo seus gemidos e sentindo o quanto ela estava excitada.

Ele a beija novamente, sua boca mais exigente do que qualquer outro beijo. Ela responde urgente puxando seus lábios, arranhando seus braços e roçando seus mamilos duros em seu peito.

Daemon a levanta passando as pernas dela em torno de sua cintura, deixando seus seios mais acessíveis até sua boca. Seu corpo arqueia conforme a devora, chupando e mordendo, fazendo-a soltar um gemido divino o deixando louco de desejo.

Ele a leva até seu quarto sem desgrudar da sua doce língua faminta.

Ela agarra tão forte tentando avisar aos deuses que não o quer deixar ir.

Eles caem na cama juntos. O corpo dele cobrindo o dela, suas mãos apertando todo o seu corpo.

Rhaenyra arrancava a camiseta dele, admirando seu corpo, as cicatrizes, desenhando linhas imaginárias pelo tórax e desejando marcá-lo, reivindicá-lo para ela.

Ele desfaz os nós do seu vestido envelope, revelando com facilidade seu corpo. Decidir parar por um momento apenas para adorá-la. Deitada com os cabelos soltos espalhados na cama, apenas de calcinha, com os olhos escuros de desejo.

Deslizou seus dedos no meio dos seios até a marca de nascença em sua barriga. A marca lembrava do corte que sofreu antes de sua morte. A beijou ali, como se pudesse curar o sofrimento que ela passou.

Puxou rasgando o tecido que dificultava o acesso até sua linda boceta molhada. Marcou um caminho de beijos molhados e quando ele morde sua coxa, ela grita o fazendo suspirar de desejo junto.

— Como estava com saudades dos seus gritos. — disse enquanto deslizava os dedos acariciando sua boceta.

Seu corpo se contorce em resposta.

— Você sempre foi minha — massageava seu clitóris com o polegar em movimentos lentos e circulares — Só eu consigo te deixar desse jeito.

Ela sorri maliciosamente.

— Sempre foi convencido assim — sussurrava, rouca.

— Você sempre me dizia isso.

Enfiou dois dedos curvando naquele ponto tão especial a fazendo tremer. Sabia exatamente como desmontá-la e seu corpo indicava sinais de que seu orgasmo estava próximo.

Ele se afasta recebendo um olhar raivoso dela.

— O que você está fazendo?

Ele ri, virando-a de bruços, puxando sua cintura na altura que desejava. Pressiona a palma da mão em suas costas indicando para descer e empinar ainda mais sua bunda.

Ajoelha enterrando o rosto em sua boceta, enfiando sua língua dentro, fodendo-a sem delicadeza. Ele a abre ainda mais, apertando sua bunda, esfomeado pelo seu sexo.

Ela sente seu corpo se desfazer, seu clímax chegando tão explosivo e selvagem que seu grito sai sem som, rouca de prazer.

Daemon não para até consumi-la por inteiro.

Um, tapa ecoa pelo quarto fazendo-a saltar em resposta pela ardência em sua bunda.

— Vire para mim — sua voz era dominante, nunca imaginou sentir prazer em ser comandada, mas a cada ordem uma dor aguda aumentava entre suas pernas.

Ela obedeceu, olhando-o.

Ele a aprecia de novo, olhando cada centímetro do seu corpo reluzente pela pouca luz do quarto.

— Você é tão linda!

Ele beija o pescoço dela, presenteando com marcas arroxeadas para lembrar dele quando ir embora.

Seus dedos seguem mais uma vez entre suas coxas, esticando-a para ele, enquanto a palma da mão pressiona seu clitóris instigando-a.

Daemon estava duro, pronto para fodê-la inteira, se enterrar tão fundo não conseguindo dizer onde ele começava e ela terminava. Entretanto, queria aproveitar cada pedaço do seu corpo, cada gemido, suspiro, súplica. Não queria terminar isso rápido.

Excitá-la para mais um orgasmo não era difícil. O corpo dela foi feito especialmente para ele.

Ele chupava seu pescoço quando introduziu um terceiro dedo, ouvindo-a gritar seu nome.

— Me dê mais um!

Rhaenyra estava à beira do abismo. Segurava nos cabelos dele tremendo, se derretendo inteira em sua mão.

Com um grito, ela gozou de novo, abraçando forte, suspirando com a voz trêmula.

Ela desamarra o cordão da calças dele, puxando-o para baixo revelando seu pênis.

— E você escondendo isso de mim a tanto tempo — disse massageando-o, deleitando-se pelas expressões de prazer dele.

Ele ri, guiando-a até sua ereção.

— Não queria te perder — seus olhos lacrimejam olhando-o com melancolia.

— Eu volto — passava uma mecha atrás de sua orelha — você só precisa me achar.

Ela sorri, beijando-o enquanto ele se enterra nela.

Rhaenyra passava suas mãos por todo o corpo dele, tentando memorizar cada parte. Ele se moldava perfeitamente dentro dela, pressionando beijos entre seu pescoço e ombros até entrar por inteiro no seu sexo quente.

Os olhos de Daemon permanecem fixos aos dela. Se movia para frente e para trás, empurrando seu pênis ainda mais fundo. Ela experimentou mexer os quadris, puxando-o inteiramente para dentro. Ele soltou um gemido alto quando sentiu o calor das suas coxas pressionadas contra os quadris.

Seus corações batiam como um só.

Então todas as suas memórias começaram a aparecer conforme estocava ainda mais fundo.

Fechou seus olhos sentindo um prazer avassalador por todo seu corpo.

— Abra os olhos. Quero que você olhe para mim.

Rhaenyra acena com a cabeça, não conseguindo usar as palavras.

Ele a fode forte e rápido fazendo-a gritar e tremer com tanto prazer. Um tsunami de sensações é devastador para ela. O prazer, cheiro, memórias, toques, tudo a deixa em um turbilhão de sentimentos.

Daemon a levanta, colocando-a em cima dele para montá-lo. Seus corpos estavam tão sincronizados (reagiam) a cada olhar, a cada toque e a cada som. Ela cavalgava intensificando os movimentos, fazendo-o soltar um gemido abafado em seu ombro.

As mãos dele agarraram sua cintura direcionando os movimentos, subindo e descendo em seu pau.

— Oh! Daemon! — ela agarrava seus cabelos sugando-o ainda mais fundo — estou tão perto!

Ele a empurrou para trás, ficando por cima novamente, colocando suas pernas em seus ombros sentindo-a gozar com um grito estrangulado e ele derramando dentro dela.

Rhaenyra tremeu, acariciou gentilmente o rosto dele analisando cada detalhe com os olhos arregalados. As lágrimas começaram a cair e seus lábios estavam trêmulos.

— Daemon? — sua voz mal conseguia sair.

Ele olhou em seus olhos não acreditando que finalmente era sua Rhaenyra.

Ela chorou abraçando-o tão forte, puxando seu rosto novamente para confirmar que não era um sonho vê-lo com ela ali, de novo.

— Lembrei de tudo Daemon! Pelos deuses como senti sua falta — seu choro era sentido, como se fosse, anos de dor guardados em seu peito.

Rhaenyra o abraça forte demais, chorando intensamente de saudade, beijando-o até os seus corpos sucumbirem pelo cansaço e em poucos minutos, adormecem.

***

Daemon acorda de seu sono profundo vislumbrando a claridade da janela. Ao notar continuar em sua casa, vivo, pula da cama procurando Rhaenyra.

Ele a encontra enrolada no lençol, olhando o movimento da avenida pela varanda. Daemon se aproxima envolvendo-a em seus braços, feliz.

— Acredito que os deuses mudaram de ideia... — para sua surpresa, ela se desfaz do seu toque.

Ele não entendia o porquê desse afastamento repentino.

— Rhaenyra, o que foi?

Ela o olhou, com raiva e lágrimas nos olhos.

— O que foi? Você me deixou! Esperei por você e você fugiu.

— Eu não fugi!

— Já perdoara sua traição, só queria você de volta comigo, mas você nunca voltou e minha morte foi dolorosa, sozinha enquanto nosso filho via tudo.

— NÃO TE TRAI RHAENYRA!

— Não confio em você, em nenhuma palavra sua.

Então finalmente Daemon entendeu. Os deuses brincaram com ele mais uma vez. Não era a paz exatamente o que ele deveria buscar, era o perdão dela.

***

Espero que gostem e por favor deixem comentários, eu amo ler cada um deles. Me siga no Twitter: moneceles.

Beijooos

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