Rhaenyra sentiu seu corpo frio e notou a ausência dos braços de Daemon em volta de sua cintura. Passou as mãos ao lado da cama tentando encontrá-lo, mas estava vazia.
Abriu os olhos ainda sonolentos tentando compreender se o que houve na noite anterior foi real ou apenas um sonho. Ao notar o quarto de hotel, teve a certeza que era real.
— Daemon?
Ela sentou na cama olhando para a porta entreaberta do banheiro.
— Daemon? Você está aí? — perguntava levantando da cama e vestindo a camisa branca dele, deixando apenas as longas pernas expostas.
Analisou o pequeno banheiro do quarto tentando encontrá-lo, mas sem sucesso.
Ele não estava lá.
E isso a deixou desesperada.
— Não, não, não! — andava em círculos com as mãos na cabeça não acreditando.
"Os deuses o tiraram de mim" pensou aflita com as mãos no peito e os olhos cheios de lágrimas. Não conseguia acreditar em tal crueldade. Enfim estavam juntos, felizes e agora os velhos deuses se acharam no direito de puni-los de uma vida calma e próspera? Ela não sofreu o bastante sem ele?
— Isso não é justo!
Procurava em sua bolsa preta o celular, pensou em mandar uma mensagem, ou melhor ligar, ela precisava ouvi-lo, saber que estava ainda nesta vida com ela. "Ele prometeu não me deixar" sabia que a culpa não era dele, mas precisava cumprir essa promessa.
Tocou incontáveis vezes e caia sempre na caixa postal.
Seu coração disparou, suas mãos suavam frias e sua cabeça latejava. "Não é justo! Não é justo! Não é justo!"
— Quero ser recepcionado assim todos os dias — disse na velha língua de valíria, fechando a porta com um sorriso torto olhando suas longas pernas.
Deuses, isso era música para seus ouvidos.
— Porque está chorando? — ele perguntava deixando as chaves e os documentos da moto em cima da mesa.
Ela não conseguia responder. Correu para os seus braços e apertou forte quase fazendo-o cair no chão. Se ela pudesse amarrá-lo entre seus braços para sempre, Rhaenyra faria.
— Apenas esqueci algo importante na moto — passava seu polegar nas bochechas coradas, secando as lágrimas que escorriam do seu rosto mostrando o antigo colar de aço valiriano.
Ela sorriu.
— E-eu pensei... Pensei... — ela não conseguia juntar as palavras.
— Estou aqui! Nunca vou te deixar.
Ela precisava ouvir isso e finalmente sentiu paz em seu coração.
***
A aeromoça fechou os compartimentos das bagagens acima dos assentos e perguntou educadamente se precisavam de algo.
— Tem medo de altura? — ele dizia sarcasticamente arrancando um sorriso dela.
— Senhores de dragões não tem medo de altura.
Ele estudou o rosto dela admirando sua beleza. Os cabelos loiro-prateados presos com um coque frouxo deixando alguns fios soltos sobre os olhos violetas cheios de cílios atentos em tudo, as bochechas pintadas com um rosa tímido, a boca carnuda convidativa.
— Faça! — ela sussurrou trazendo-o de volta dos seus devaneios — Eu sei o que você quer.
Ela mordeu o lábio inferior sabendo o quanto isso o excitava. Então, Daemon puxou seu rosto com as pontas dos dedos delicadamente e raspou os dentes na carne gostosa de seus lábios. As mãos dela deslizaram por seus braços e os sons que emitia ao beijá-lo fazia seu sangue fervilhar, precisando cruzar as pernas, não deixando o pênis duro em evidência.
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Soulmates
FanfictionConteúdo: ADULTO (+18) Os deuses colocaram o coração do príncipe rebelde em uma balança e concluíram que esse dragão possui trevas e luz na mesma medida. Como punição após sua morte na batalha Sob o Olho de Deus, ele permaneceria imortal por século...