— Hmmm… Interessante… Segundo a lenda, o baú que contém o tesouro do Billy Gem só pode ser aberto com quatro chaves — disse, analisando o mapa cuidadosamente — Ao que tudo indica, encontraremos uma dessas chaves na Ilha Dinossauro!
— Ilha Dinossauro?! — perguntou Carl, nervoso — Mas eles não foram extintos?
— É o que costumam dizer, mas pelo visto esse é o único lugar onde essas criaturas ainda podem ser encontradas.
— Você ouviu isso, né? — indagou, sacudindo o braço da amiga — Não podemos com esses monstrengos gigantes. Vamos voltar agora!
— Relaxa, meu amigo. Os dinossauros não vão reparar em nós se formos discretos — tranquilizou Darryl — Você vai ver, pegaremos a chave e voltaremos ao navio em segurança. Um verdadeiro aventureiro não desiste diante de um desafio!
— Viu, Carl? Você devia aprender algumas coisas com ele — provocou Jacky, afagando a cabeça do robozinho irritado.
Enquanto isso, Crow estava ao fundo escutando toda a conversa. Sem tempo a perder, ele foi até o depósito, onde Bibi e Bull se escondiam.
— Pessoal, eu trago uma notícia boa e uma notícia ruim. Qual vocês querem ouvir primeiro?
— Manda a ruim logo! — respondeu Bibi, debruçada numa caixa — O que há de tão ruim que não possa piorar?
— Estamos no navio da Penny!
— Uh… Quem é Penny? — perguntou, tentando lembrar de onde ouviu aquele nome.
— A pirata de cabelo rosa que prendeu a gente no navio e depois fez uma dupla de robôs nos levarem até o palácio há alguns meses! — explicou, e de repente a ficha da menina caiu.
— Ah não, eu sabia que estava reconhecendo esse navio! — exclamou, lembrando-se da humilhação que passou meses atrás — Por que com tantos lugares, preferimos nos esconder logo aqui?!
— Calma, Bibi. Nada de pânico! — disse Bull, tentando acalmá-la — O ideal a fazer agora é permanecermos escondidos até o fim da viagem. Quando atracarem, será nossa chance de fugir!
— Afinal, Crow… — continuou ela, após respirar fundo — Qual é a boa notícia?
— Ao que parece, a tripulação está atrás de um baú do tesouro.
— Tesouro?! Conta tudo!
Assim, Crow contou sobre tudo o que ouviu. Ao terminar, seus colegas sorriram maliciosamente:
— Parece que nossa sorte está prestes a mudar… — comentou Bibi, com uma súbita empolgação.
— Exatamente — Bull esfregou as mãos, animado — Se fizermos tudo direito, esse tesouro será nosso!
***
Graças aos propulsores do navio, não demorou muito para a tripulação chegar ao seu destino.
— Chegamos, marujos. Essa é a “Ilha Dinossauro”!
Indo até a borda do navio, Carl e Jacky avistaram uma vasta área verde, com belíssimas vegetações e flores exóticas.
— Uau, que maravilha de lugar! — comentou Jacky, apreciando a paisagem.
— Jacky… — chamou Carl, puxando a manga da sua blusa — Olha!
Mais ao longe, o enorme pescoço de um Braquiossauro se esticou para pegar as folhas de uma árvore. A visão daquele ser imenso chocou os tripulantes.
— Uau, o bicho é grande mesmo…
— Tá vendo só, Jacky? É desse tipo de perigo que eu estava falando. Olha só na furada que nos metemos!
— É tarde demais pra voltar, Carl. Nós vamos achar essa chave e ponto final! — respondeu, convicta.
— Não está com nenhum pouco de medo?!
— É claro que estou, mas não vou deixar criaturas pré-históricas me impedirem de conseguir o que quero!
— É isso aí, maruja! — exclamou Darryl, impressionado com a coragem da garota — É como eu disse, se fomos discretos, é possível que não nos notem. Agora mexam-se, não podemos perder tempo!
Após algum tempo procurando um lugar para atracar, a tripulação decide parar numa pequena praia, torcendo para que nenhum dinossauro aparecesse naquele momento.
Enquanto isso, escondidos numa cabine próxima ao convés, os Black Bulls planejavam seus próximos passos:
— Muito bem, prestem atenção — começou Bull — Um de nós vai seguir o grupo discretamente, até eles encontrarem essa tal chave…
— Quem vai? — interrompeu Bibi, curiosa.
— O Crow vai.
— É isso aí. Até que enfim um pouco de ação! — comemorou o corvo.
— Espera, por que ele?! — questionou, chateada — Eu poderia muito bem fazer isso!
— Ele é o mais ágil e discreto de nós. Sem falar que ele pode voar — explicou, convencendo-a.
— Rá! Ouviu? Eu sou o mais ágil! — provocou ele, fazendo uma dancinha.
— Bah, eu também sou ágil… — resmungou baixinho.
— Sinto muito, Bibi. Na próxima você vai — prometeu ele. Bull geralmente não costuma ter medo de nada, mas pensar nos perigos que a garota correria numa ilha cheia de feras pré-históricas, lhe arrepiava a espinha. Por isso, decidiu deixar essa tarefa nas mãos (ou asas) de alguém mais capacitado — Enfim, Crow. Assim que o grupo encontrar a chave, você deve dar um jeito de pegá-la.
— Pode deixar, chefe. Usarei minhas melhores táticas de ladrão para surrupiar a chave e o mapa!
— Ótimo, confio em você — ele olhou pra Bibi — Enquanto isso, nós dois devemos estar a postos para quando ele voltar. Seremos os pilotos de fuga!
— Mas tem uma questão, Bull — disse Crow — Como vou saber o caminho de volta? Esse lugar é enorme!
— Quanto a isso, tive uma ideia — respondeu Bibi, pegando algo do bolso do casaco — Esses rastreadores que roubei daquele policial podem vir a calhar!
— Bibi… Rastreadores?! — exclamaram.
— Relaxa, estão desativados — tranquilizou — Podemos colocar eles em nós, e com esse aparelhinho aqui, o Crow pode ver nossa localização pra poder voltar sem nenhum problema!
— Minha nossa, a sua esperteza me assusta às vezes… — disse Crow, impressionado.
— Há há, tenho minhas manhas! — afirmou, convencida. Os anos que ela passou no orfanato a ensinou muito sobre usar a tecnologia ao seu favor, principalmente quando queria invadir o estoque secreto de doces confiscados que o diretor mantinha.
— Beleza, pessoal. Agora foco! Vamos atracar!
Com a âncora em seu devido lugar, os tripulantes baixaram a rampa e desembarcaram.
— Nossa, isso lembrou o dia em que todos se reuniram na base da resistência — disse Carl, olhando ao redor.
— Sim, aquela aventura ficará para sempre na memória — concordou Jacky, com certa nostalgia.
— Agora vocês terão mais uma pra se lembrar! — afirmou Darryl, mais a frente.
— Para onde vamos? — perguntou ela.
— No meio da ilha tem uma espécie de cripta, onde a chave está escondida. Se seguirmos em linha reta, estipulo que podemos chegar lá depois do almoço. É provável que voltaremos no fim da tarde, mas é só uma hipótese.
— Então vamos lá! — exclamou, apertando o passo.
***
A tripulação se embrenhou na densa selva. Darryl andava a frente deles segurando o mapa, enquanto Tick cobria a retaguarda. Todos estavam levando suas armas para o caso de uma luta.
Após duas horas de caminhada, o grupo decide parar um pouco para se localizar. Carl aproveita esse momento pra soltar Timmy, o canarinho, que já estava ficando cansado de ficar só embaixo do capacete o dia todo.
Um pouco mais ao lado, Jacky deixa sua britadeira de lado e aproveita pra pegar algo para comer, mas…
— EU NÃO ACREDITO! — exclamou, olhando dentro da sua mochila — ESQUECI O RANGO!
— O QUÊ? — indagou Carl, perplexo — Que tipo de pessoa vai pro meio da selva sem ao menos levar um lanche?!
— Ora, eu passei tanto tempo na companhia de robôs, que esqueci que sou humana! — tentou se justificar — Qualquer um pode se confundir!
— Não, você é que é cabeça de vento mesmo — concluiu, balançando a cabeça.
Ignorando o último comentário, a garota olhou ao redor e avistou um arbusto de frutinhas coloridas. Sem perder tempo, ela corre até ele e pega uma das frutinhas, mas antes que pudesse levá-la a boca, Carl dá um tapinha na sua mão, fazendo-a derrubá-la.
— Qual o seu problema, cara? Não tá vendo que eu quero comer?!
— Eu já li sobre essas frutinhas. Se uma pessoa ingeri-las, ficará cheia de gases!
— Bom… O importante é matar a fome! — respondeu, tentando pegar outra, mas Carl segura sua mão, impedindo-a.
— Aí conforme o tempo passa, a pessoa começa a sentir dores insuportáveis, até finalmente morrer envenenada!
Com essa explicação assustadora, Jacky se afastou o mais rápido possível do arbusto.
— Sinceramente, não sei o que seria de você sem mim… — provocou, achando graça no nervosismo da amiga.
— Não enche… — respondeu, envergonhada. Ela sabia que o amigo estava certo, afinal, quantas vezes ele já havia a livrado de encrencas?
— Pessoal, nós estamos perto da cripta — afirmou Darryl, olhando o mapa — Faltam só mais duas horas até chegarmos lá!
— Essa é sua definição de “perto”? — resmungou.
— Mocinha, você não achou que encontrar um tesouro perdido de séculos atrás seria fácil, né? — indagou o capitão, e ela se calou, seguindo em frente.
— Ei, acha mesmo que vamos precisar disso aí? — perguntou Carl, apontando pra britadeira que ela arrastava.
— Trouxe por precaução. Nunca se sabe quando vai precisar destruir alguma coisa.
— Você se lembra disso, mas não lembra do próprio lanche — afirmou, sem conseguir segurar o riso.
— Ora, seu… — ela deixou a britadeira de lado e correu atrás dele.
— EI, PAREM. VÃO ACABAR SE PERDENDO! — gritou Darryl, mas os dois já haviam se afastado.
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Brawl Stars - Em busca da Gema Dourada [+12]
Fanfiction⛔EM HIATUS⛔ ▪ [Spin-off de "Brawl Stars - A Resistência"] ✨O aniversário de Dynamike estava chegando, e Jacky, sua neta, não tinha ideia do que lhe dar de presente. Durante mais um dia de trabalho nas minas, seu melhor amigo, Carl, encontra um mapa...