✨Capítulo XI | O Salão de Gelo✨

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     Após não se sabe quanto tempo caminhando, tripulação se deparou com uma parede de neve.

     — Pessoal, acho que nos perdemos! — exclamou Carl, olhando ao redor.

     — Será que entramos pelo lugar errado? — questionou Jacky, esfregando as mãos, cheia de frio.

     — Não é possível — Fang olhava o mapa, incrédulo — Esse é o caminho certo, segundo o mapa.

     — Talvez a neve esteja cobrindo a entrada — comentou Buster — Por que não damos uma olhada?

     — Cuidado, pessoal — advertiu Fang, deslizando pelo chão congelado — O chão está escorregadio!

     Sem outra opção, eles se aproximaram da parede cautelosamente e começaram a tateá-la na esperança de encontrar algum tipo de passagem secreta.

     — Por que fui esquecer a minha britadeira...  — reclamou Jacky, se escorando na parede — Com ela eu poderia abrir uma passagem fácil, fácil!

     — E talvez causar uma avalanche — implicou Carl.

     — Ora, fica quieto! — ela cruzou os braços, e de repente,  a parede atrás dela cedeu, derrubando-a. Fang, que estava mais perto, tentou segurá-la, mas ambos foram arrastados por uma espécie de tobogã de gelo e escorregaram para longe.

     — CALMA, JACKY! ESTOU INDO! — gritou Carl, pulando no tobogã, enquanto Buster e Poco foram logo atrás.

     Apavorada, e com a vida passando diante dos olhos, Jacky se agarrou em Fang, que escorregava ao seu lado. Quando chegaram ao fim do tobogã, ele a segurou como se quisesse protegê-la da queda, e ambos caíram num monte de neve. Carl, Buster e Poco caíram logo depois.

     Ao aterrissar, Carl foi rapidamente até o monte e espalhou a neve até encontrar Jacky encolhida nos braços de Fang.

     — Vocês estão bem? — perguntou.

     Vendo a situação constrangedora em que se encontrava, Jacky rapidamente se pôs de pé e afastou-se do rapaz.

     — Eu... Estou ótima! — respondeu, torcendo para que ninguém percebesse sua vergonha — Só acho que não quero ver sorvete na minha frente nem tão cedo...
 
     Enquanto batia a neve das roupas, ela reparou que Buster havia filmado toda a cena e agora ria consigo mesmo. “Agora entendi o que o Poco quis dizer sobre Buster usar uma filmadora.”, pensou.

     — Senti daqui a química dos dois — comentou ele, mas ao perceber os olhares da garota, rapidamente escondeu a filmadora.

     Pelos próximos segundos, Jacky pensou se deveria ou não ir até lá e quebrar aquela câmera na cabeça do rapaz, mas antes que tomasse qualquer decisão, Fang chamou a atenção deles, dizendo:

     — Há uma luz no final daquele corredor. Acho que estamos perto!

     Curiosos, o grupo caminhou até chegarem em uma entrada, que dava para um vasto salão de gelo. Belíssimos cristais nas tonalidades verde, azul e roxo cresciam em toda parte. Alguns no chão, e outros nas paredes.

     — É tão perfeito! O cenário mais lindo que já vi! — exclamou Buster, emocionado — Sem dúvidas, uma das maiores obras de artes feitas por Deus!

     — Nisso eu tenho que concordar — disse Poco, dedilhando seu violão suavemente, fazendo a música ecoar por todo o local — A acústica daqui é perfeita!

     Jacky admirava a vista impressionada, quando algo a atingiu. Ao olhar pra trás, viu que o Carl lhe havia jogado uma bola de neve.

     — Ah, então é assim? — indagou, juntando um montinho de neve — Então toma isso!

Brawl Stars - Em busca da Gema Dourada [+12]Onde histórias criam vida. Descubra agora