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━━━ CONTINUAÇÃO...

•••

18h00

As horas se passaram e eu nem percebi, passei a tarde lendo meu livro preferido  e fazendo poemas, sentia falta do meu teclado e guitarra era meu hobbies preferido.

Arrumo a bagunça que havia deixado mais cedo com os gêmeos, subo para meu quarto e vou ate e fico olhando a chuva cair.

Por segundo me perco olhando o quarto de Tom, que por sinal ele estava com alguem. Parecia ser uma garota, não dou bola mas aquilo me deu um certo desconforto.

Arrumo meu quarto que estava um pouco desorganizado, separo uma roupa e sigo para o banheiro tomar uma ducha.

Durante o banho me vem memorias que me fez desabar ali mesmo. Não me orgulhava pelo o que ja tinha me ocorrido, mesmo não sendo erro meu.

°•☆

- Garota, achou mesmo que eu te amava - Lyan falava alterado enquanto eu chorava - Você não passou de ser minha bonequinha!!

°•☆

Por esses motivos eu me recusava a sentir amor, paixão ou desejo por alguem. Lyan foi meu primeiro namorado e último. Trauma demais para quem tinha acabado de completar seus 15 anos.

Por culta desse ser humano eu nao tinha amigos, por volta ou outra via e-mails de Lyan pedindo perdão e que sentia minha falta, mas não ligava, pra mim todos aqueles que me fez e fazer eu sofrer, automaticamente morre.

Escuto passos no meu quarto, então me levanto e fecho o chuveiro, pego minha toalha e me seco.

- Izzy?? Filha?? - Minha mãe bate na porta do banheiro, escutava uns passos alem do dela- Agradeço!!

- Estou saindo!! - Limpo meu rosto enquanto me olho no espelho, meus olhos estava um pouco avermelhado - Droga Izzy!!

Saio do banheiro e vejo duas caixas grandes e minha mãe parecia uma criança com algum doce na mão, olho confusa para ela que me olha toda contente.

- Percebi que seu quarto precisava de um toque seu!! - Ela olha as caixas - Abre a caixa izzy!!

Dou um sorriso e começo abrir uma das caixas, minha mãe estava mais ansiosa que eu, se adiantou abrindo a outra e por minha surpresa era algo que senti falta hoje, meu teclado e minha guitarra.

- Ah mãe, obrigada!! - Me levanto e abraço ela que logo deposita um selar em minha testa

- Te amo filha! - Ela me aperta um pouco mais forte no abraço

- Te amo mais mãe! - Me solto sorrindo e indo pegar meus novos bebês - Ahm... quanto foi a facada?

- Nenhum, seu tio que deu. - Ela pisca e sai do quarto

Fico animada, coloco um pijama e decido mudar o quarto. Coloco a escrivaninha de frente para a sacada ao lado esquerdo a guitarra com o teclado e ao lado direto a cama, empurro o guarda roupas para o outro lado junto com a penteadeira. Organizo umas coisas e outra, vou ate a sacada olhando o quarto por completo.

- perfect - Sorrio e me viro e me deparo com Tom agarrado com a garota, reviro o olho saindo da sacada e fechando tudo

Me sento na escrivaninha e escrevo o que estava me deixando mal em forma de poema. Poema era um meio de desabafo para mim, ja que não tinha amigos e minha mãe ja tinha problemas demais para soltar os meus para ela.

"Trauma de realidade!
Doença do peito?
Não sentir a vibração?
Impossibilitado de emoção...
Morrer pra que?
Já está morto!
Nariz não passa ar!
Caminhar sem destino, objetivo, razão!
Virou alternativa desde quando?
O mundo gira, parou?
Nem percebeu que ainda falta muito
Pra dizer que alcançou!
Trauma de realidade!
Sem peito, sem pulso!
Isso não é vida!
Nem pra mim, nem pra ninguém"

𝙏𝙝𝙚 𝙜𝙞𝙧𝙡 𝙛𝙧𝙤𝙢 𝙩𝙝𝙚 𝙥𝙤𝙚𝙢 | 𝙏𝙤𝙢 𝙆𝙖𝙪𝙡𝙞𝙩𝙯 Onde histórias criam vida. Descubra agora