CAPÍTULO 3

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Eu to tentando não ir pro lado dramático... ahuahauahaucara q dificil


CAPÍTULO 3

Acordei com um barulho dos infernos, o som das batidas vinham de fora mas parecia que batia dentro da minha cabeça. Quem era o filho da puta que tava martelando a essa hora do dia?

Abri a porta que dava para o jardim e olhei para baixo, não era na casa do meu tio, meus olhos meio fechados pela claridade do sol, a dor de cabeça e nas costas me deixando mais irritado. O som começou de novo e acompanhei de onde ele vinha.

Por cima do muro do vizinho, do meu lado direiro, Jason Carver martelava a droga de um motor de um cortador de grama. Continuava o mesmo bosta de sempre.

Desci as escadas com a fúria transbordando nas veias. Encontrei meu tio e Boris conversando na cozinha.

- É sério, que de todas as casas de Hawkins, você comprou uma ao lados dos carver? - Wayne ficou pensativo e depois sorriu debochado.

- Hawkins não tem tantas mansões como pensa, essa era a única disponível. - Bufei dando a volta no balcão, pegando uma banana na cesta de fruta.

- Achei que o mimadinho morava no final da rua. - Comentei enquanto meu tio servia Boris com ovos fritos.

- Na verdade os pais dele ainda moram lá, essa casa eles ganharam dos sogros. - Uma sensação desconfortável embolou meu estômago. Sogros.

- Ele se casou?

- Sim. Aquela moça. - Meu tio tentava se lembrar do nome, eu por dentro pedindo ao universo que não fosse quem eu imaginava. - A filha dos Cunningham. Christine! - Ele disse mais alto, o pedaço da banana se enroscou em minha garganta, engasguei e tossi violentamente.

- Merda. Caralho de asa, porra... vai se fude. - Mais alguns palavrões dançaram em minha língua. - Chrissy? - Perguntei tentando respirar.

- Isso. Ela faz um bolo de carne sensacional. - Meu tio se afastou da bancada. - Ela sempre traz um pedaço para mim, uma garota de ouro.

Ela era mesmo, um diamante raro, impossível existir mais de uma em sua geração, dormi com mais mulheres do que me orgulhava dizer, e nenhuma era como ela. Chrissy sempre foi meu sonho de consumo, mesmo que ela não fosse algo para ser consumida,  ela era mais como, algo divino. Se deus existe, ela seria seu maior feito como criador.

Meu tio saiu pela porta dizendo que iria a feira do centro, Boris me olhava curioso, a porta bateu, logo o filha da puta soltou.

- Chrissy? - Olhei para meu amigo sem humor algum de entrar nessa paranoia. - A garota que você chama toda vez que fica noiado? Sua rainha de Hawkins? - Inferno.

- Claro que não. - Me virei de costas olhando pela janela, onde estava dava para ver a janela do que parecia ser o quarto principal da casa do lado.

Boris riu engolindo sua omelete, bufei voltando para a escada, eu não esperava que ela esrivesse me esperando, nem nada disso, mas casada com aquele babaca? Que merda!

Voltei para meu novo quarto, me joguei na cama xingando até a última geração dos Carver. Maldito Jason!

As batidas recomeçaram e eu quis, com todas as forças, socar a cara dele.

Andei para a sacada pronto para mandar um xingamento mal educado pela janela, mas ela estava lá agora.

Ao lado dele, dentro de um vestido de verão azul claro, os cabelos presos num coque, os pés descalços.

Ele falava alguma coisa pra ela, mas ela não parecia prestar atenção, estava perdida em pensamentos.

- Hey, estressadinho. - Boris me chamou embaixo da sacada, mas seu grito chamou atenção dos vizinhos, que pela minha visão periférica, ficaram congelados diante da minha imagem na sacada de vidro. - Vem pra piscina. - Eu quis mandar ele a merda, eu estava usando uma calça jeans e nada mais, eu sabia o quanto eu estava diferente, eu havia feito varias tatuagens durante esses anos, havia furado meus mamilos com piercing, alem de um em um local bem específico do meu corpo que não estava a mostra agora.

Achei que doeria furar meu pau, mas foi tranquilo, o metal estava na base, na parte superior, abaixo das veias, onde eu sabia que deixava as mulheres malucas, pois roçava exatamente onde elas mais sentiam prazer.

Jason parecia estar vendo o próprio diabo, Chrissy estava com os lábios meio abertos um tanto chocada, e eu gostei bastante de vê-la sem palavras, eu estava malhando bastante também, não era mais aquele magricela de antes.

- Bom dia, Vizinhos. - Acenei a contra gosto. Jason fechou a cara e voltou o rosto para a esposa que ainda me encarava, fazendo um calor gostoso percorrer meu corpo.

Ele segurou em seu braço fazendo-a olha-lo, aquela atitude coçou meus dedos, ela pareceu assustada, algo que ele disse a fez correr para dentro da casa, sendo seguida por ele logo depois.

Desci as escadas, louco para matar o Boris, mas ansioso demais para vê-la de novo.

Monster MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora