CAPÍTULO 7
Acordei com papeis para todos os lados, foram 3 dias compondo, cinco músicas escritas.
Era um recorde, Boris entrava e saía com comidas e cervejas, as vezes água ou uma sobremesa, não falava nada, apenas deixava sobre a mesinha de canto e saia em silêncio.
Ele sabia, assim como todos ao meu redor, o quanto aquilo significava para mim.
Desci as escadas procurando alguém pela casa, não era de manhã, mesmo que eu tivesse acabado de acordar, ja era tarde, talvez 4 ou 5.
Passei pela cozinha constatando que precisava de um banho. Peguei uma cerveja da geladeira e já ia voltando para cima quando a campainha tocou.
Olhei em volta e ponderei fingir que a casa estava vazia, a campainha tocou novamente, girei em meus calcanhares e atendi.
Chrissy, estava parada com uma vasilha enorme de vidro, vestido um vestido lilás de alças, e o cabelo como se tivesse acabado de sair de um cabeleireiro.
- Oi Eddie? - Ela sorriu, eu engoli em seco, ela estava linda demais, ela podia apenas ficar ali parada e eu escreveria um disco inteiro só falando do quanto ela estava incrível naquele momento. - Trouxe bolo de carne.
Minha barriga roncou, me lembrando que naquele dia, Boris não tinha levado nada para mim, e nem estava em casa.
- Acho que chegou na hora perfeita. - Encostei no batente medindo ela dos pés a cabeça, e novamente a fiz corar. Eu era mesmo um demônio, porque, só pensava em carrega-la pra meu quarto.
- Posso entrar? - Foi um sussurro, eu dei espaço a ela, sei perfume inundando todo o ambiente. - Vou colocar na cozinha.
Ela foi até o outro cômodo como se a casa fosse dela, o toc-toc do salto do sapato batendo no mesmo ritmo que meu coração.
- Eu preciso de um banho. Você pode me esperar? Só uns minutos? - Perguntei, vendo-a colocar o bolo de carne na ilha.
- Claro. Espero sim.
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Terminei o banho mais rápido que pode, me sequei e sai do banheiro para me vestir. Estaquei no lugar, Chrissy estava em meu quarto, passando os dedos pelo meu violão.
- O que faz aqui? - Acabei sendo grosseiro, mas foi pelo susto.
- Me desculpa. Eu... Eu... - Chrissy correu para fora, me deixando sem ação.
O barulho dos saltos ecoando pelo corredor, apertei um pouco mais a toalha em volta do meu quadril e corri atrás dela.
Chrissy já estava na porta quando consegui alcançá-la.
- Espera. - Antes que ela abrisse a porta, a pressionei contra a madeira colocando minhas mãos ao lado de sua cabeça, a prendendo sem saída. - O que estava fazendo em meu quarto?
- Eu... - Ela lambeu os lábios, me desnorteando por um momento, fazendo com que meus olhos focassem no movimento. Ela mordeu o lábio inferior.
- Não faz isso. - Sussurrei quase num gemido, segurei seu lábios com o polegar puxando delicadamente para que ela soltasse. O hálito quente tocando a pele de minha mão. - Eu penso sempre naquele beijo.
- Eu também. - Os olhos arregalados, com as pupilas dilatadas me fizeram arrepiar, ofeguei de leve engolindo em seco.
Aproximei um pouco mais dela, quase colocando nossos corpos, eu a vi arfar, os olhos dela focados em minha boca. O perfume dela me viciando, eu a senti tocar a beirada da minha toalha, as unhas arranhando de leve a pele do meu quadril.
- É melhor você parar. Ou não teremos volta. - Eu sussurrei roçando a ponta do nariz no dela.
- Não pare.
- Você é casada. - O choque em seu olhar me trouxe de volta, como se ela só tivesse se dado conta naquele momento.
- Me desculpe. - Ela se virou para abrir a porta mas eu não permiti. Não ainda.
- O que eu mais quero, é beijar você... é tocar você... sentir seu sabor na ponta da minha língua. Mas não quero que você bote tudo a perder. - Senti seu corpo tremer, o pescoço tombando para o lado.
- não tenho nada a perder. - Chrissy abriu a porta me empurrando e saindo quase correndo para fora.
O que ela quis dizer com " não tenho nada a perder"? Voltei para meu quarto com uma sensação gostosa no peito e uma ereção latente, primeiro cuidaria disso, depois iria descobrir o que ela quis dizer.
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Monster Munson
FanfictionEddie se torna um Rock Star. Amado pelo público, odiado pela sociedade conservadora. Depois que seu parceiro Jeff, por conta de uma overdose, morreu sozinho no quarto do hotel, Eddie precisou encontrar um meio de continuar. Sexo, drogas e rock'n ro...