Durante uma nevasca, uma garota misteriosa foi encontrada enterrada na neve com apenas um vislumbre de sua memória, e tendo misteriosamente perdido a capacidade de falar. Fascinado pelo mistério que envolve o desconhecido, Albedo, o alquimista renom...
Notas: Esse capítulo demorou, mas estou compensando vocês com um capítulo de 7 mil palavras (basicamente a média de dois capítulos em um) e claro, as gostosuras <3
Boa leitura e aproveitem.
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Eryis jamais poderia ter previsto a reviravolta que ocorreria em sua vida, transformando-a de uma mera desconhecida em uma integrante distinta da proeminente família Ragnvindr. Sob a escolha firme de Diluc em adotá-la, um intricado processo de burocracia se seguiu, com documentos meticulosamente assinados, selando assim sua nova identidade como Eryis Ragnvindr, a terceira filha da família.
No entanto, o anúncio dessa mudança inesperada despertou uma reação contundente em Kaeya, cujas convicções divergiam da decisão de seu irmão. Ele o confrontou, a fim de dissuadir Diluc, buscando persuadi-lo a reconsiderar sua decisão. Contudo, o herdeiro dos Ragnvindr permaneceu inflexível, insensível às preocupações de seu irmão mais novo.
Diluc já estava relativamente acostumado com a experiência de um novo irmão adotivo, embora as particularidades da situação fossem distintas desta vez. Não se lamentava, de modo algum, pela escolha que havia feito; ao contrário, percebia a oportunidade como uma nova bênção que contribuiria para sua própria estabilidade emocional e desenvolvimento pessoal.
Diluc assumiu uma nova responsabilidade: a educação de Eryis, a fim de que ela se adaptasse à sociedade e costumes de Mondstadt, cultivando modos educados e respeitosos. No início, a garota encontrou certa dificuldade em se adequar à nova rotina que lhe fora imposta. Agora, ela precisava acordar em horários determinados, seguir uma dieta regrada e, por fim, obedecer a um rígido horário de descanso.
Sempre que Eryis sentia que não obteria sucesso em algo, uma voz sussurrava em seu ouvido, trazendo consigo um sentimento de angústia.
"Esta não é a sua casa, Eryis. Você não pertence a este lugar", sussurrava a tal voz com uma melodia sombria. "Você está sozinha, uma estranha em um mundo que não lhe pertence."
As sombras se contorciam ao seu redor, envolvendo-a numa dança sinistra, e a sensação de isolamento começou a pesar em seu coração. Estranhamente familiar, aquela voz penetrava suas orelhas com insistência, insinuando que talvez ela jamais fosse merecedora da sorte que lhe sorriu. Braços negros envolviam seus ombros, aprisionando-a e insuflando a ideia de que ela poderia acabar destruindo tudo o que mais prezava.
"Parta", sussurrava a voz impiedosa. "Você só trará ruína ao que é precioso para você."
E aquela voz... Ah, parecia tão familiar… Mas o que poderia…?
"Eryis. Eryis. Eryis..." Diversas vozes se mesclavam em sua mente, chamando seu nome repetidamente. "Eryis!" "Eryis..."
Sentindo-se sufocada, Eryis ergueu as mãos para tapar seus ouvidos, pressionando-os com força na esperança de abafar aquele clamor ensurdecedor.
