Runaways

Capítulo 6 - We're just runaways!

Emma se sentia uma nova pessoa, era apenas o seu segundo dia como alguém fora da lei, mas pode dizer com todas as palavras que era melhor que qualquer outro dia como princesa. Estava no deck do navio sentindo a brisa, seus cabelos voavam. Até se esqueceu que o seu capitão era uma babaca e o odiava com todas as forças, ainda sim era melhor que aquele castelo. Killian era o único com quem ela conversava, ela precisava ter mais alguma pessoa, porque com o capitão eram apenas alguns minutos de conversa e duas horas de brigas, isso não seria um relacionamento saudável dentro de um barco que pretende passar dias, meses e talvez anos.

-Bom dia, linda -Killian disse ao chegar na frente da moça, ele tinha um sorriso debochado nos seus lábios.

-Bom dia, Jones. -um sorriso tímido queria se abrir, mas ela não deixou. -Não deveria estar cuidando do navio?

-Tenho homens para isso -dessa vez ela deixou o sorriso escapar. Eles ficaram olhando o mar, talvez esse seria o único ponto em comum dos dois.

-Você realmente acredita que somos piratas? -Emma perguntou e Killian direcionou o olhar a ela, não tinha entendido o que a mulher tinha dito. Claro que eram.

-Sim, por quê? -ele uniu as sobrancelhas e a encarou.

-Acho que somos mais fugitivos. -Killian ainda não entendia a moça. -Não estamos aqui porque fomos destinados ou nascemos como piratas, nós estamos fugindo da nossa realidade. Eu fujo da lembrança da morte do amor da minha vida, você foge da morte de seu irmão. Queremos esquecer que estamos sozinhos no mundo -Emma finalmente parou de encarar o mar e olhou para Killian.

-Você não é sozinha, tem sua família. -Killian ficava um pouco farto de Emma se sentir sozinha, ela fazia drama de algo que ela sempre teve, um pai e uma mãe. Já ele, só teve seu irmão e que está morto agora.

-Meu pai matou Bae. Minha mãe era a única pessoa que sempre ficou ao meu lado, mas ficar trancada naquele castelo é uma solidão só. -Emma disse e Killian entendeu o porquê a mulher sempre se achou sozinha, ele apenas ficou quieto e aceitou aquilo como resposta.

-Não acho que somos apenas fugitivos. -Killian finalmente respondeu a pergunta de Emma a altura. Emma não conseguia ver muito mais que isso, não que isso seja ruim, gostava de fugir, só achava que eram jovens demais para fazer algo sério, lógico que não ficaria contra caso ralmente virassem piratas de grande porte, pelo ao contrario, adoraria. -Swan, -Killian chamou Emma que estava dentro de seus pensamentos. -você sabe que isso não é apenas um mês ou mais? Do jeito que falou, parece que não sabe que é algo permanente. Não quer voltar para sua casa?

-Killian, já disse que não! Eu estou aqui porque quero. -Ela estava começando a ficar irritada, mas o seu tom de voz ainda estava baixo, estava se controlando. Ela já tinha dito isso a ele, por que ele insistia com isso? Ele precisa entender que essa princesa indefesa é muito independente e nada indefesa!

-É que você tem família e isso ficará cada vez mais perigoso.

-Eu sei me cuidar! -O tom de voz dela se modificou um pouco e ela olhava sério para ele. Novamente Killian estava começando a irritar ela. -Eu salvei você naquele navio!

-Foi pura sorte, por infernos! -Ele também estava saindo do controle. Eles não conseguiam ter uma conversa sem sair do controle e brigarem, parecia que era natural deles isso.

-Droga, Killian, quando vai entender que eu sou tão boa quanto você? Só porque era uma princesa? -Ela deu as costas a ele. Killian disse algumas coisas que Emma não fez questão de ouvir, preferiu deixar ele falando consigo mesmo. Ela estava irritada com ele e aquele orgulho barato! Ele não aceitava que Emma poderia ser tão boa quanto ele, Killian sempre precisava ser o melhor em tudo, não poderia ter ninguém igual a ele. Antes de ir até a cozinha para comer algo, ela se virou e voltou a caminhar até ele. Ela estava com um olhar raivoso e apontava seu dedo indicador a ele, que estava de braços cruzados esperando pela mulher, porém seus olhos mostravam o quão raivoso também estava -Ah, e eu sou a capitã aqui, assim como você, eu e você somos iguais, nenhum melhor que o outro -ele queria abrir a boca para falar algo, mas ela não deixou se interrompida. -Não adianta contestar nada, Jones, e você vai me ensinar como mexer nesse navio amanhã. Sim, você vai. -Ela voltou ao caminho original até a cozinha e o deixou sem poder responder.