Mark ligava mais para o contato Samoiedo do que recebia ligações dele. As respostas, de qualquer maneira, costumam ser rápidas - apenas dois toques, e o tom suave (e formal) canta do outro lado da linha em um "Oi, pode falar." a qual, independente do local, o canadense responde com um "Livre?" e Jeno dirá horário e onde, curto, rápido e soando seco, apenas para que rapidamente pudessem marcar antes que qualquer terceiro ouvisse.
Jeno era exageradamente cauteloso com sua carreira. Algo que, pessoalmente, o mais velho diria que precisava aprender a ser também. Cogitava que a razão seria o número de coisas que o coreano tinha para perder - muito mais do que ele. Mark tinha apenas ele e sua carreira para perder de suas mãos. Jeno tinha uma carreira na música, uma carreira na moda, uma carreira na atuação e sobretudo outros três ídolos que dividem um grupo com ele. Ah, e ele era o líder. Um passo em falso seu, e tudo desmoronaria.
A maioria de seus encontros (se é que pode nomeá-los dessa maneira), assim, acabava sendo em seu apartamento ou no sofá de seu estúdio particular. Uma vez por semana, duas se fossem sortudos o suficiente com seus compromissos e descansos tão bem alinhados.
Em dois meses em tal esquema sexual, Mark revive memórias com Jeno em cada centímetro de seu apartamento. No sofá da sala, em que os lábios coreanos envolveram seu falo até que enxergasse turvo e branco em seus olhos. Na cozinha, onde pretendiam jantar antes de fazer qualquer coisa, o de fios coloridos subiu no balcão, e beijaram-se com intensidade entre gemidos até que seus falos estivessem roçando um ao outro, friccionando em meio às vestimentas, até se desfazerem sem sequer ter o toque cru dos dedos. Em sua cama, onde todas as posições inimagináveis podiam ser relembradas, a cada girar no acolchoado em meio a sua insônia.
No terceiro mês, o Lee canadense já acreditava que até mesmo suas paredes engoliram o cheiro do mais novo, porque todos os cômodos exalavam uma pitada suave de cominho e folhas de chili.
Foi ali que começou a perder noites de sono, mais uma vez.
ㅡ Você sequer teve a pachorra de pedir a cãoterapia?
ㅡ Pachorra? - Minhyung grunhiu, afundado em seu sofá.
ㅡ Paciência. Ato de agir com calma. Enfim! - Explicou, aproximando e jogando sob seu abdômen o animal, que logo corria com o rabo abanando em direção a sua face para distribuir selares. Só teve tempo de reagir com um "Uhff!" com a pressão repentina, e o sorriso tomava conta de sua face enquanto tentava desviar a língua animal de seus lábios ㅡ Você literalmente não dá sinal de vida há quase um mês, cara.
ㅡ Você anda demais com sua namorada. - Voltou no tópico anterior, fugindo das responsabilidades na conversa e focando na gíria.
Chenle rolou os olhos ㅡ Duh? O possível levando em conta os paparazzis fora de casa e na frente da empresa, as fãs obcecadas que seguem a gente em qualquer lugar, a agenda torturante... Sextalk ajuda - Direcionou-lhe o polegar erguido.
Mark simulou um som de gorfo, segurando a cachorra enquanto ajustava-se para sentar no acolchoado, não demorando para pousá-la em seu colo. Dedos fundos em carícias em seus fios brancos ㅡ Eu definitivamente não precisava saber disso.
O chinês contornou o sofá, e sentou-se ao lado dele.
Chenle era a única pessoa que possuía a senha de seu apartamento, então a visita sem aviso prévio (ao menos não um que tenha lido) não lhe era uma surpresa. Era até mesmo agradável quando Daegal (a maltês em seu colo) havia acompanhado.
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Grandes problemas - markno
FanfictionMark e Jeno eram do mesmo mundo, com os mesmos empecilhos e a mesma cautela. A diferença era que eram de empresas diferentes, e considerados rivais nos olhos midiáticos. Rivalidade que definitivamente não era reproduzida entre quatro paredes, com J...