Alguns dias eram mais intensos que outros, ainda que todos fossem igualmente estressantes.
ㅡ Jeno?
E honestamente, não sabia o que fazia desse tão diferente, mas estava muito mais exausto, muito mais fragilizado. E apenas um lugar lhe parecia confortável o suficiente para parecer o mais próximo de um sentimento de casa.
ㅡ Posso entrar? - Fungou.
ㅡ Óbvio, bebê. - A voz soou dócil, e os dedos largos abraçavam seu pulso, puxando-o sutilmente para dentro e permitindo-lhe fechar a porta ㅡ Está tudo bem?
ㅡ Eu não sei porque estou aqui - O mais novo ria, dolorosamente.
Ele realmente não sabia. Não possuía resposta racional - era uma das poucas vezes em que havia decidido obedecer seu coração.
ㅡ Tudo bem, você não precisa ter motivos para vir para cá.
ㅡ Eu não quero transar - A voz era mais leve, cada vez mais baixa. O mais velho imediatamente balançava a cabeça.
ㅡ Não não, eu não ia sequer sugerir isso. Você sabe que amo transar com você, mas eu consigo ver que tem algo de errado.
Jeno gargalhou, com a necessidade alheia de explicar-se sempre de forma exagerada. E com um novo passo, afundou sua cabeça contra a altura do seu peito ㅡ Eu estou exausto pra caralho.
Afetuosamente, Mark levou uma das mãos até seus cabelos e passou a acariciar ali, enquanto a outra envolvia sua cintura num abraço.
ㅡ Você foi ótimo hoje, Jen. - Elogiou-o, e notou a maneira que o corpo passava a relaxar no calor do seu ㅡ Você trabalhou bastante, foi incrível. Está na hora de descansar agora, ok?
Seus braços escorregaram pela cintura, enlaçando os dedos na altura da lombar do canadense. Balançava a cabeça contra seu tronco, numa concordância. Nenhum esforço era feito para que se afastasse dali.
Era a primeira vez em sete meses que Jeno havia deixado Mark ser algo para ele, sem vínculo sexual. A primeira vez em que demonstrou-se realmente frágil, e em busca de um mero cuidado.
ㅡ Sabe, você faz muito pelos meninos. E faz muito pela carreira de todos vocês. E faz ainda mais pela empresa. - Suas carícias eram incessantes, e aconchegantes ㅡ Você é tão bom em cuidar de todos, mas ninguém cuida de você, né? - A repentina falha na respiração próxima de Jeno foi resposta alta o suficiente para a questão ㅡ Eu posso cuidar de você.
O menor afastou-se sutilmente o repouso de seu rosto, apenas para entrelaçar os olhares, com uma de suas sobrancelhas arqueadas em questionamento. Ok, Mark acabou falando o que passava na sua mente alto demais, mas não voltaria atrás - Ele realmente cuidaria de Jeno, o menor só precisava permiti-lo.
ㅡ OㅡOk?
O sorriso nos lábios de Minhyung era maior do que o inicialmente intencionado. Era um consentimento simples, fragilizado, em algo que para o mais novo provavelmente não pesava da mesma maneira, mas deixava ressoar como se fosse a permissão para tê-lo de uma nova forma, tão íntima quanto a que levava-os a encontros frequentes.
Os dígitos que antes afundavam em seus fios macios e negros seguiram até seu maxilar, e inclinou-se segurando ali apenas para um selar rápido em seus lábios; Algo, também, relativamente novo entre eles. As poucas vezes que trocaram selares inocentes como esse vieram de cumprimentos e despedidas afobadas, cujo ato surgia quase que automático.
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Grandes problemas - markno
Fiksi PenggemarMark e Jeno eram do mesmo mundo, com os mesmos empecilhos e a mesma cautela. A diferença era que eram de empresas diferentes, e considerados rivais nos olhos midiáticos. Rivalidade que definitivamente não era reproduzida entre quatro paredes, com J...