Capítulo 6

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Alguns dias eram mais intensos que outros, ainda que todos fossem igualmente estressantes.

ㅡ Jeno?

E honestamente, não sabia o que fazia desse tão diferente, mas estava muito mais exausto, muito mais fragilizado. E apenas um lugar lhe parecia confortável o suficiente para parecer o mais próximo de um sentimento de casa.

Posso entrar? - Fungou.

Óbvio, bebê. - A voz soou dócil, e os dedos largos abraçavam seu pulso, puxando-o sutilmente para dentro e permitindo-lhe fechar a porta ㅡ Está tudo bem?

ㅡ Eu não sei porque estou aqui - O mais novo ria, dolorosamente.

Ele realmente não sabia. Não possuía resposta racional - era uma das poucas vezes em que havia decidido obedecer seu coração.

ㅡ Tudo bem, você não precisa ter motivos para vir para cá.

ㅡ Eu não quero transar - A voz era mais leve, cada vez mais baixa. O mais velho imediatamente balançava a cabeça.

ㅡ Não não, eu não ia sequer sugerir isso. Você sabe que amo transar com você, mas eu consigo ver que tem algo de errado.

Jeno gargalhou, com a necessidade alheia de explicar-se sempre de forma exagerada. E com um novo passo, afundou sua cabeça contra a altura do seu peito ㅡ Eu estou exausto pra caralho.

Afetuosamente, Mark levou uma das mãos até seus cabelos e passou a acariciar ali, enquanto a outra envolvia sua cintura num abraço.

Você foi ótimo hoje, Jen. - Elogiou-o, e notou a maneira que o corpo passava a relaxar no calor do seu ㅡ Você trabalhou bastante, foi incrível. Está na hora de descansar agora, ok?

Seus braços escorregaram pela cintura, enlaçando os dedos na altura da lombar do canadense. Balançava a cabeça contra seu tronco, numa concordância. Nenhum esforço era feito para que se afastasse dali.



Era a primeira vez em sete meses que Jeno havia deixado Mark ser algo para ele, sem vínculo sexual. A primeira vez em que demonstrou-se realmente frágil, e em busca de um mero cuidado.

ㅡ Sabe, você faz muito pelos meninos. E faz muito pela carreira de todos vocês. E faz ainda mais pela empresa. - Suas carícias eram incessantes, e aconchegantes ㅡ Você é tão bom em cuidar de todos, mas ninguém cuida de você, né? - A repentina falha na respiração próxima de Jeno foi resposta alta o suficiente para a questão ㅡ Eu posso cuidar de você.

O menor afastou-se sutilmente o repouso de seu rosto, apenas para entrelaçar os olhares, com uma de suas sobrancelhas arqueadas em questionamento. Ok, Mark acabou falando o que passava na sua mente alto demais, mas não voltaria atrás - Ele realmente cuidaria de Jeno, o menor só precisava permiti-lo.

ㅡ OㅡOk?

O sorriso nos lábios de Minhyung era maior do que o inicialmente intencionado. Era um consentimento simples, fragilizado, em algo que para o mais novo provavelmente não pesava da mesma maneira, mas deixava ressoar como se fosse a permissão para tê-lo de uma nova forma, tão íntima quanto a que levava-os a encontros frequentes.

Os dígitos que antes afundavam em seus fios macios e negros seguiram até seu maxilar, e inclinou-se segurando ali apenas para um selar rápido em seus lábios; Algo, também, relativamente novo entre eles. As poucas vezes que trocaram selares inocentes como esse vieram de cumprimentos e despedidas afobadas, cujo ato surgia quase que automático.

Grandes problemas - marknoOnde histórias criam vida. Descubra agora