08° Anderson está de volta

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NARRADO POR TERROR

Acordei com o meu celular tocando e não vi a Analu ali na cama. Peguei meu celular e vi que era o Kako. Ele falou que estava precisando de mim em algumas paradas, e eu falei pra ele contar dez que eu chegava lá. Desliguei a chamada e olhei a hora, vendo que era oito da manhã. Fui pro banheiro, escovei os dentes, tomei banho e logo subi pra boca.
Eu amo cuidar da minha favela, mais porra isso cansa demais. No começo tudo era foda, tudo me deixava vidrado, mais agora não! toda aquela fantasia acabou. Eu sou grato a Deus por tudo, pois hoje eu posso ter uma casa boa, tenho um apartamento na zona sul, tenho o carro que eu quero, posso dá um conforto para minha mulher e para a minha cria. É com dinheiro do tráfico? é! Mas esse é o meu trampo pow.
Cheguei na boca, e o Kako já me passou a visão de que tem gente passando a perna em nois. Ouvir aquilo fez meu sangue ferver. Me sentei e fiquei ali, analisando tudo com o Kako e minha raiva subiu mais ainda quando descobri que roubaram mais de 10 mil. Fui atrás dos caras que comandavam a boca e eles já vinheram com medo.
Eu não estava pra brincadeira. E quando eles perceberam isso o negócio ficou feio. Eu estava com sangue nos olhos e precisava matar. Liberei os caras que não tinham nada haver, e deixei os três que me roubaram. Matei os três, mais minha sede não tinha acabado ainda. Sentei na minha cadeira e acendi um baseado. Comecei a marolar ali e logo a porta da minha sala foi aberta e vi Alice entrar por ela.

- Dia difícil, amor? - Ela vem andando em minha direção e senta em minha perna.

- O diabo gosta de atentar viu. - falei e ela se esfregou em cima do meu pau. E puta que pariu. Ela é muito gostosa. Parei de pensar com a cabeça de baixo e empurrei a Alice para longe.

- Que isso, Thomas? - ela pergunta indignada.

- tu sabe que eu tenho mulher, caralho. Vai pra longe. - falei e ela fecha a cara.

- Achei  que aquilo tudo era só por que estava na frente dela. É sério que tu vai me trocar por aquela Azinha ?

- Já troquei pow. E se refira direito a minha mulher. Pois ela não é qualquer uma não. - falei esfregando os olhos.

- Thomas deixa disso. Você sabe que é só eu e você pra sempre né? sempre foi assim. Mesmo você casado com a Helen eu continuei te amando. E ainda amo.

- Pow, tenho nada a ver com isso não, Alice. Eu amo a minha mulher. Entende isso, porra.

- Eu não aceito que você está me deixando de lado pela aquele vagabunda. - ela fala e então eu me aproximo com ódio e enforco ela contra a parede.

- A única vagabunda aqui é você. Fica longe da minha mulher e da minha filha. E eu não quero mais vê tua cara aqui na minha sala. Eu tô cheio de problemas e pra mim dar um tiro nessa tua testa é menos de um segundo. Agora vaza daqui, capeta. - falei empurrando ela que logo vai do chão mais levanta rapidamente e vai embora.

- Patrão, desculpar entrar assim, mais descobrimos quem tá pegando o dinheiro das bocas. - um vapor fala e eu já pego a minha arma e vou saindo da sala juntamente com o vapor.

[....]

Já são seis horas da tarde, e eu não fui em casa ainda. Almocei aqui mesmo na boca e depois fui fazer outras cobranças. Cinco traidores. Só hoje eu descobri cinco caras que estavam passando a perna em mim, e todos eles foram sentar no colo do capeta.
Matei outros viciados que estavam me devendo e fumei. Fumei pra caralho, até que decidi ir pra casa. Eu tô puto de raiva, pois eu perdi mais de dez mil só essa semana . Mesmo eu matando todos eles, e vários outros caras, minha raiva aí da não passou, e eu odeio, não saciar a minha raiva. Subi na minha moto, e parti pra casa. Chegando lá, vi a Luiza sentada no sofá somente de short e sutiã e com uma bacia de pipoca apoiada em sua barriga. Ela me olha e solta um sorriso de orelha a orelha.

Um final feliz no morro Onde histórias criam vida. Descubra agora