[EM ANDAMENTO] Envolto em sua bolha de bloqueio emocional, Park Jimin mantém a certeza de que nunca mais se apaixonará novamente. Até Jeon Jeongguk surgir em sua vida, com o único objetivo de mostrar a ele, que estava errado.
" - Eu acho que nós pod...
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Todo o processo que enfrentei após a separação fora longo e doloroso. O que mais me afligia era imaginar Jaehyun com outra pessoa. Ele não mediu suas palavras ao jogar bem na minha cara que havia me traído com outra pessoa, a sensação foi de rasgar o peito. Depositei minha confiança nele, me entreguei de corpo e alma, permiti que se aprofundasse em meus sentimentos e dominasse minha personalidade. Eu o deixei me guiar, direcionar o rumo da minha própria vida, algo que eu mesmo deveria fazer.
Eu dei todo esse poder a ele, para no fim, ser massacrado sem dó. A dor de um coração partido, esmigalhado, quebrado, conseguiu consumir quem eu havia me tornado ao conhecê-lo. Me aventurei em sua história, beijei suas cicatrizes, limpei suas feridas e o amei. Amei muito mais do que amava a mim mesmo. E esse talvez tenha sido o meu maior erro.
Nunca devemos amar alguém, antes que tenhamos amor próprio. Quando não temos amor próprio, perdemos o limite de vista, permitimos estar em situação que jamais deveríamos. Situações turbulentas e humilhantes, sem reparos.
Estive tão cego pelo o que eu achava ser o amor que sentia por ele, que iria permitir prosseguir o relacionamento mesmo com a traição, iria me pôr nessa situação simplesmente porque o amava. Achava que amar era isso, mas definitivamente eu nunca soube o que é o amor de verdade. Alguém que o ama não te trairia, isso é um fato.
Há quase um ano atrás, estava de joelhos, implorando para que ele não me deixasse, me humilhando diante de si para que continuasse me entregando aquele falso amor, aquele sentimento vazio. Agora eu sei que era tudo o que Jaehyun poderia me oferecer. Pois tudo era vazio, tudo era falso.
Não pensava assim naquela época, mas agora eu sei que terminar comigo, foi a melhor coisa que poderia ter feito por mim em todo o tempo em que ficamos juntos.
Infelizmente, ainda convivíamos no mesmo ambiente, tendo pessoas em comum ao nosso redor. Sabia ser quase impossível evitá-lo, embora me esforçasse ao máximo para isso. E vê-lo ali, no parque, ao lado de Jungkook, me chateou profundamente.
Não por Jaehyun, este não significava mais nada em minha vida, a não ser uma memória torturante. Já Jeon, o baterista se infiltrou na minha vida, passou a fazer parte dela, por escolha própria. Mesmo com todas as desavenças, sendo este amigo de Jaehyun, tendo uma banda junto a ele, resolvi ignorar minha própria intuição ao permitir que entrasse em minha vida após tanta insistência. Penso agora, se não foi um grande erro da minha parte.
Por mais que soubesse sobre a aproximação dos dois, me incomodava profundamente vê-los juntos, pois Jungkook sabia, ele sabia o que Jaehyun era capaz de fazer. Ele presenciou pessoalmente.
Eu o enxerguei como um protetor, me protegendo do mal iminente. Entretanto, um protetor não deveria estar ao lado do mal.
E eu não deveria estar segurando a mão de Moon Taeil, então a soltei rapidamente.
