"O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser".
Pov Wynonna
Duas semanas depois, fui convocada aos escritórios da WCS Trevizan. Depois da visita de Juliana, eu havia passado dias e noites fazendo contato com cada um dos filhos da puta que possuíam dívidas gigantescas comigo, mas parecia que nada poderia livrar-me do fosso cavernoso que Oliveira e Juliana tinham arranjado para mim.
Aproximei-me da sala de reuniões de cabeça erguida, ignorando o olhar desconfiado de minha secretária quando parei na mesa dela.
- A diretoria deve chegar às...
- Eles já estão lá dentro - disse ela, evitando os meus olhos.
Arqueei uma sobrancelha.
- Estão?
- Sim, senhora.
Bem, aquilo era... esquisito. Respirei fundo, empurrei a pesada porta de mogno e logo desejei não tê-lo feito. Eu. Estou. Fodida. Fiquei olhando incrédula para Oliveira, de pé junto à ponta da mesa da diretoria, usando um terno feminino de quatro mil dólares. De costas eretas e sorrindo como se soubesse o segredo da vida, ela parecia infinitamente diferente daquela ex-presidiária que tinha visto poucos meses antes.
Senti vontade de apagar aquele sorriso torto do rosto dela.
- Bom dia - Oliveira apontou para a cadeira vazia à sua esquerda - Gostaria de se sentar?
- Prefiro ficar de pé - respondi, dando uma olhada para as quinze pessoas em torno da mesa, inclusive Júlia - Acolhedor pra caralho aqui dentro - abaixei a cabeça em uma tentativa de acalmar os nervos - Acho que é isso que eles querem dizer quando usam a expressão "aquisição hostil".
- Talvez - replicou Oliveira - Mas isso não é hostil, nem uma aquisição, estou apenas reivindicando o que já era meu. Os membros da diretoria concordaram, por unanimidade, que os contratos assinados por nossos avós mostram que sou a CEO legítima e sócia maioritária da WCS Trevizan.
- Concordaram, é? - grunhi.
- Sim, concordaram - respondeu Júlia. Ela se levantou e deu um passo na minha direção - E eles o teriam feito bem antes, se você não tivesse escondido deles. Precisamos que você assine a cedência dos seus direitos. Já assinei a minha. Legalmente, precisamos fazer isso na frente da diretoria.
Estreitei os olhos na direção de Júlia. Onde estava a porra da lealdade?
- Eu sei - murmurei entre os dentes.
- Não se preocupe - interrompeu Oliveira- Eu me certifiquei de que vocês ainda tenham ações. E o pagamento que receberão por elas é mais do que suficiente para manter vocês e suas famílias em uma boa situação por duas vidas inteiras.
- Não se trata de dinheiro.
- Exatamente - censurou Ludmilla. A voz dela se tornou um sussurro severo - Nunca se tratou de dinheiro, Wynonna. Tratava-se da porra de um princípio, uma palavra que continua fugindo de você todos os dias.
Olhei para Oliveira e para Júlia, completamente derrotada.
- Onde está o contrato?
- Aqui, Sra. Wynonna - disse um dos advogados da WCS.
A natureza astuta e sarcástica da situação começou a me rodear como uma nuvem tóxica. Passei por Oliveira, peguei uma caneta na mesa e assinei meu nome. Todo o meu trabalho duro, todos os meus sonhos, abri mão de tudo com uma assinatura rápida. O gosto do vômito se tornou forte no fundo de minha garganta.
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Desejo proibido.
FanfictionBrunna Gonçalves nasceu em berço de ouro. Filha e neta de senadores, a bela latina de olhos castanhos e curvas perfeitas se formou em Literatura e surpreendeu todos ao decidir dar aulas em uma penitenciária. Mas quando Ludmilla Oliveira, uma detenta...