Capítulo 24 - essa é a minha garota.

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Maratona - (1/5)

"Eu soube desde o primeiro momento que eu ficaria por um longo tempo, porque eu gosto mais de mim quando estou com você".

Pov Brunna

O som de "OMG" passou a soar alto no meu celular, indicando uma chamada. Tirei-o da bolsa e vi o nome de Juliana piscando na tela sem parar. Antedi rapidamente.

– Oi Juliana, como você está?

O sorriso dela podia ser ouvido em sua resposta.

– Eu quem devia perguntar isso.

– Eu estou bem.

– Isso é bom. Então, hum, Desculpa Bru. Eu sei que esconder aquilo de você foi errado e prometo que não vai voltar a acontecer.

Suspirei.

– Tudo bem, mas só irei falar com Júlia quando estiver pronta, tá?

– Está bem.

Pressionei os lábios e respirei fundo, tentando afastar a tristeza que me dominava cada vez que deixava de atender as ligações de Júlia ou de minha mãe.

– Então, você recebeu o e-mail de Oliveira? – perguntei, mudando logo de assunto – Os detalhes foram suficientes?

Ela riu.

– Ah, sim. Foi por isso que liguei. Está tudo pronto para a reunião com Wynonna amanhã. O que Oliveira mandou foi fantástico. Agradeça a ela. Como é que ela conseguiu aquilo?

– Não faço ideia. Não ousei perguntar.

– Bom, rendeu uma leitura bem interessante. Parece que nossa Wynonna tem brincado com quem não devia. E, se os acionistas ficarem a saber, que têm uma ex-presidiária na diretoria da empresa, será o menor dos problemas dela.

Eu não tinha dúvidas. Desde que pedi a Juliana para ajudar Ludmilla com a reivindicação de sua empresa, ela tinha trabalhado como um cavalo, cobrando favores e fuçando qualquer tipo de sujeira que pudesse encontrar. E não levou muito tempo para achar. Mesmo que Wynonna fosse prima de Júlia, sabia que Juliana faria qualquer coisa para me ajudar.

– Vocês vão se encontrar amanhã? – perguntei, entrando em meu carro
no estacionamento de Arthur Kill.

– Sim – ela riu – Wynonna deve estar curiosa para ter marcado uma reunião em um sábado.

– Você me mantém informada?

– É claro.

– Ótimo – repousei a cabeça no banco do carro – Obrigada, Ju. De verdade. Você não tem ideia do que isso significa para mim.

– Claro que tenho, Bru. Por que você acha que concordei em fazer isso? Ainda mais com a prima da minha noiva.

Sorri.

– Você é minha heroína.

– Eu sei. Só se lembre disso quando sua namorada milionária quiser emprestar um dos seus carrões.

– Ela não tem nenhum carrão, Juliana – respondi, rindo.

– Então ela é uma boba. Cuide-se, tá?

– Está bem.

Deixei Arthur Kill com uma bagagem no porta-malas e um alvoroço no coração. Depois de encerrar a ligação, desliguei o celular, ignorando as duas mensagens de voz de minha mãe. Não nos falávamos havia mais de uma semana e, apesar de sentir sua falta, o alívio de não ter que ouvir seu discurso diário incansável era maior que tudo. A culpa tinha ameaçado aparecer, mas a empurrava para o fundo do abismo que continuava aumentando entre nós duas. Este fim de semana seria só meu e de Ludmilla. Todo o resto era irrelevante.

Desejo proibido.Onde histórias criam vida. Descubra agora