pensando em você

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Oi amores, nem acredito que já estou de volta, acho que isso é um milagre.

Queria começar dizendo que me aventurei muito durante esse capítulo e amei escrevê-lo. Tô torcendo muito pra vocês gostarem também!

Dedico as minhas queridas amadas do deepfic, especialmente a lila lile lilinha, minha parceira de narração, a mais dramática e a que tem as ideias mais malucas.

É isso, boa leitura 🫶🏻

POV Giovanna

Beirava às nove horas da manhã e eu ainda estava no mesmo lugar, sentada à mesma mesa da mesma cafeteria. Tinha acabado de ler a última página do livro um e me encontrava em estado de choque. O prato do croissant agora estava limpo e a quarta xícara de café vazia, pensei em pedir mais uma, mas talvez fosse demais. A cafeína me deixava mais elétrica do que eu já era normalmente. E entre tantas informações e tantos sentimentos para se lidar, eu duvidava que essa energia em excesso fosse a melhor opção.

Nem tive tempo de raciocinar sobre todas as sensações que me acometeram após finalizar a leitura do primeiro manuscrito, pois o telefone tocando na minha bolsa não me deixava pensar corretamente.

O nome na tela não me deixava dúvidas, era ele. Claro que seria ele. Não estava esperando por uma ligação agora, mas podia ter acontecido algum acidente com meu filho. É óbvio que foi apenas por essa razão que atendi no primeiro toque, claro que não foi pela saudade e urgência em ouvir a sua voz. 

"Nero?" Eu comecei falando, já que assim que o atendi tudo que ouvi foi o silêncio absoluto.

"Oi meu bem, como você tá? Tá fazendo o que?"  Ele disse, calmo, quase relaxado demais. Se eu fechasse os olhos, conseguiria ver ele estirado no sofá, meu lugar favorito, quase pegando no sono, a imagem exata dele se formando em minha mente.

"Eu tô bem, ainda na padaria aqui do lado e você? E meu filho?" Sim, talvez eu fosse uma romântica incurável, mas eu também era uma mãe coruja. Pietro era sempre a minha prioridade.

Eu o escutei rindo, ele sempre ria quando eu deixava o meu lado super protetor aparecer, o que acontecia com muita frequência.

"Seu filho está bem, Gica, deixei ele na escola em segurança, são e salvo, e no horário" Ele respondeu, como se estivesse orgulhoso do seu feito. E para falar a verdade, eu também estava. Sabia que poderia confiar nele. Ele sempre faria de tudo para que as coisas dessem certo.

"Você não se atrasou hoje? Que milagre" Decidi brincar um pouco, uma brincadeira com um fundo de verdade já que ele realmente sempre estava atrasado.

As memórias de uma Giovanna universitária muito irritada com um Alexandre universitário por seus atrasos frequentes, seja para aulas, festas, trabalhos, encontros, saídas com os amigos, tudo, ainda estavam muito frescas na minha mente. Eu duvidava que qualquer tópico que remetesse a ele, fosse apagado da minha memória.

"Você é tão engraçadinha, Giovanna" Ele respondeu me fazendo rir, eu conseguia visualizar ele revirando os olhos há quilômetros de distância.

De repente a ansiedade se fez presente, me dei conta que entrei em contato com a parte mais sentimental e íntima de Alexandre, e isso tudo sem ser convidada. Ele disse que confiava em mim, porém ficou claro que não a ponto de me contar sobre tudo, então o que é que eu estava fazendo invadindo sua vida dessa forma?

Respirei fundo, não era como se eu pudesse voltar atrás agora. Já tinha lido um caderno inteiro quase que de uma vez só. Não tinha mais volta. Agora só não sabia como contar para ele, se é que eu iria contar. Com que coragem eu faria isso? Como eu falaria que tive acesso a todos os seus pensamentos mais íntimos escritos desde 2020? E o mais importante, como faria isso sem perder a sua confiança absoluta em mim?

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