não há mal nenhum gostar assim

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Sempre tardando, mas nunca falhando!!!

To muito ansiosa pra vocês lerem, acho que só não é meu favorito porque o próximo existe e vai ganhar facinho essa luta (e vai ser postado antes da greve se deus quiser, amém).

Fafa, espero que esse capítulo seja merecedor do selo Rafaela de aprovação. Lua, não acabei da forma que você queria mas eu juro que é por uma boa causa tá?

Não quero me prolongar muito aqui não. Obrigada a todo mundo que gosta de verdade dessa história, é muito importante pra mim!

Boa leitura 🫶🏻



POV Giovanna

Se arrependimento matasse, talvez eu já estivesse enterrada há sete palmos do chão. Esse foi o primeiro pensamento que me ocorreu assim que acordei. Eu mal tinha aberto os olhos e já me arrependia amargamente. Arrependimentos. Eu sabia que eles viriam na manhã seguinte. Bom, a manhã seguinte chegou e aqui estava eu, arrependida.

A ordem dos fatos ocorridos na noite passada povoaram a minha mente em sequência sem pedir licença e minha cabeça latejou, não sei se pelo peso na consciência ou pela quantidade de álcool ingerido, talvez fosse os dois. Eu só sabia que estava fodida. Muito fodida.

Comecei a pensar que talvez tudo que aconteceu foi um sonho, um sonho muito real mas ainda assim um sonho, porém a parte interna das minhas coxas pegajosas e minha falta de roupas não me deixaram vivenciar a ilusão por muito tempo. Aquilo tinha acontecido, eu tinha mesmo deixado os meus desejos mais profanos falarem mais alto e me tocado para Alexandre enquanto ele estava do outro lado fazendo o mesmo.

Com que cara eu olharia para ele agora? Como a gente agiria perto do outro? Será que iríamos fingir que nada aconteceu? É certo que essa não seria a primeira vez, fingimos que nada aconteceu durante vinte anos, e a primeira noite foi muito mais do que real, não havia uma tela de celular nos separando. Mas apesar de sentir que dessa vez tudo era diferente, além de estarmos muito mais maduros, eu ainda não tinha certeza de nada, sabia apenas que poderia colocar a culpa na bebida, provavelmente seria isso que faria, se não fosse para ele, seria para mim mesma.

Outro pensamento que me ocorreu foi que também era muito real meu encontro com Rodrigo, o editor. Mais um motivo para que eu evitasse qualquer contato com Alexandre hoje. Afinal, eu não era tão corajosa assim. Era mais fácil fugir, sempre foi.

Minha cabeça latejou mais uma vez, eu não fiz esforço algum para abrir os olhos, ainda escondida do mundo debaixo daquele edredom que carregava o cheiro amadeirado de Alexandre. Deixei que o tempo passasse, que o sono viesse mais uma vez e que me embalasse de volta para o mundo da fantasia, o que obviamente não aconteceu. Nada na minha vida era tão fácil assim. Bufei, frustrada.

Era sábado, eu não precisava acordar cedo, apesar do meu relógio biológico dizer o contrário toda vez.  Então fiquei ali, de olhos fechados, tomando coragem para levantar, tomar uma ducha, um café e um analgésico, não necessariamente nessa ordem, mas era o que eu precisava para me curar, se não curasse a falta de vergonha na cara, pelo menos a ressaca curaria.

Deve ter se passado pelo menos uma hora em que eu permaneci imóvel, inerte, apenas inalando o perfume dele e repassando todos os meus problemas na mente, como se meu cérebro fosse um grande bloco de notas.

Decidi recapitular e elencar tudo em ordem cronológica:

1. Descobri por Karen (talvez ela mesma já fosse um grande problema) que Alexandre ainda escrevia

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