eclipse oculto

821 72 85
                                        

Olha só quem apareceu aqui e em menos de duas semanas!!!! Por essa ninguém esperava, nem eu mesma.
Quero antes de tudo agradecer a todo mundo que lê, gosta e deixa pelo menos um comentário, faz meu dia muito mais feliz!
E agradecer também a uma das pessoinhas que mais acredita em mim e no meu (pseudo) talento. Lolo, te amo!
Queria ter postado antes, mas tive um bloqueio lascado e me mantive nessa inércia até conseguir escrever algo.

Espero que gostem desse cap, amo vcs! 💋

Karen tocava a campainha do apartamento às 20:30 em ponto, estava meia hora atrasada, mas não é como se ela se importasse muito com isso. Usava um vestido azul de paetê colado ao corpo e um sapato de salto preto, bufou irritada tocando a campainha mais uma vez, visto a demora da outra para atendê-la. Giovanna gritava do outro lado da porta, afirmando que já ia.

A ligação com Alexandre havia acabado há alguns minutos e ela havia corrido para calçar os sapatos para esperar a estilista já pronta. Não deu muito certo, pois enquanto escolhia qual das três opções usar, a campainha tocou, ao se irritar acabou escolhendo o primeiro que viu na sua frente, uma sandália alta preta. Ouviu a campainha tocar mais uma vez, foi pulando em um pé só tentando alcançar a porta e calçar o sapato, tudo de uma vez. Abriu a porta ofegante, forçando o sorriso e arrumando o cabelo.

"Até que enfim" Karen resmungou, mas logo abriu um sorriso, entrando no apartamento.

Ô, mulher folgada, viu?

Giovanna fechou a porta atrás dela, não sem antes apertar os olhos respirando fundo e pensando onde é que ela foi se meter. Seguiu até a bancada pegar a bolsa, enquanto a estilista se olhava no espelho.

"Amei sua roupa, Gio, está linda" Ela disse se virando para a carioca e analisando-a de cima a baixo. Giovanna sorriu pelo elogio, não estava esperando. Tinha achado a roupa de Karen um tanto quanto chamativa, mas não quis entrar nesse mérito. Decidiu prezar pela cordialidade e foi educada assim como lhe foi ensinada.

"Você também, Karen. Já pode me dizer pra onde vamos? Tô curiosa"  Ela foi honesta, estava mesmo, nem sabia se sua roupa seria adequada para o lugar. Porém, independente do lugar certamente estaria mais adequada do que a outra.

"Quando a gente chegar lá você vai saber, querida"  Ela afirmou e a carioca não soube dizer se no tom da moça havia deboche. A advogada sempre foi muito boa em ler as pessoas, principalmente devido sua profissão, ela usufruía muito dessa habilidade com os seus clientes para entendê-los melhor e descobrir apenas pelo olhar coisas que ela ainda não sabia, mas agora, no que diz respeito a Karen, ela estava tendo dificuldades. Não entendia ao certo até que ponto ela poderia ser de confiança, não entendia que tipo de amizade a mulher esperaria ter ali. Também não entendia o que diabos Alexandre tinha visto nela, tudo bem que a mulher de cabelos pretos era claramente mais aceitável que a anterior, mas mesmo assim, não havia uma boa explicação. Giovanna tinha passado no máximo meia hora com a moça e já tinha entendido que eles não tinham nada a ver um com o outro.

Outra coisa que ela ainda não entendia era o que ela tinha na cabeça quando aceitou ir a um jantar as 21h da noite de uma quinta-feira com a ex-namorada/ficante/peguete do seu melhor amigo (e amado em segredo, talvez segredo só para ambos os envolvidos ou nem tanto assim).

O plano era ela ir à São Paulo para aprender e não desaprender. Fazia menos de 12 horas que tinha colocado os pés em solo paulista e ela se sentia mais burra do que antes.

As duas desceram do carro de aplicativo numa rua movimentada, era um local totalmente destinado a restaurantes e bares, lugares para happy hour, festas e comemorações, e mesmo sendo dia de semana, em todo lado que Giovanna colocava os olhos estava lotado de pessoas de qualquer idade.

a troca | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora