Epílogo

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— BIPEM A NEURO E A CÁRDIO, QUERO INTERNOS NA GALERIA E NA SALA, NÃO PODEMOS PERDER ESSE PACIENTE E ESSA OPORTUNIDADE DE APRENDIZADO — O chefe do trauma gritou enquanto era levado para sala de cirurgia, sendo obrigado a ser uma pessoa minimamente pacífica porque sua mão estava tampando um buraco que impedia aquele adolescente de ter uma hemorragia fatal.

— Sinceramente, como consegue se enfiar nessas situações, tio Izuna? — O residente do segundo ano apareceu, um dos melhores residentes para ser mais exato, o que mais lhe dava dor de cabeça também — Não consegue passar um dia longe de um banho de sangue.

— É porque uns de nós se preocupam em salvar o máximo de vidas possíveis, Doutor Uchiha, enquanto outros ficam babando no andar da plástica, que a propósito é liderada por um cirurgião que foi meu residente, assim como você — Respondeu ácido, como geralmente era em dias de trabalho corrido, o que era quase sempre — Doutor Hatake, vai operar comigo, assim que o Doutor Uchiha salvar esse coração, vamos salvar o resto do paciente.

— Existem tantos doutores Uchiha nesse hospital  que deveriam se enumerar entre vocês — Kakashi Hatake, outro residente do segundo ano, falou enquanto colocava as roupas de cirurgia — A propósito, Obito, não precisa chorar por perder essa cirurgia, sua família é dona do hospital mas todos temos direito ao aprendizado igual.

— Você continua sendo um idiota, desde os tempos de escola — Obito reclamou.

— Parem! Os dois vão entrar comigo, quem iniciar as provocações está fora primeiro, não estamos no jardim de infância e ninguém salva vidas falando — Izuna foi colocado encima da maca com ajuda de um dos enfermeiros — Além disso, vamos ter uma visita de uma turma de universitários hoje durante a cirurgia, então se comportem e finjam que são civilizados, se sujarem a minha imagem com suas brigas idiotas, expulso vocês do meu programa!

Os dois engoliram em seco e concordaram, ninguém queria ser expulso do hospital patrocinado pela fundação Uchiha, afinal era um dos melhores do país em avanços da medicina nas áreas de neurologia e cardiologia, e um hospital de traumas nível 1, no topo do ranking dessa lista, além da taxa de sobrevivência dos pacientes ser satisfatória.

Ali tinham médicos que faziam de tudo até o último minuto para que aquelas pessoas vivessem.

E médicos doidos, completamente malucos, como Izuna Uchiha, que simplesmente trabalhava na área da medicina onde mais se perdia pacientes e odiava perder pacientes. Todos os dias os internos e residentes tinham que rezar para que fosse um dia calmo no pronto-socorro, senão aquele homem os mataria.

— Oi Izu, Doutor Uchiha, Hatake — Kushina entrou na sala, observando os exames pendurados ali — Chamem o Doutor Senju, isso aqui tá uma bagunça, vamos começar aliviando a pressão no cérebro e depois pedimos uma segunda opinião.

— Simplesmente impossível fazer uma cirurgia sem ver o meu marido, parece absurdo isso — Izuna comentou enquanto olhava par a amiga ruiva, que gargalhou alto.

— Não vejo Minato a quase três dias na sala de cirurgia, me sinto completamente aliviada por nenhuma criança precisar de cirurgia no cérebro — A ruiva olhou feio para os exames novamente.

— Bom dia, Doutores, espero que estejam preparados para o caos, ouvi dizer que temos um caso grave aqui e quis ver pessoalmente — Madara cumprimentou os residentes e as enfermeiras, e então parou em frente ao irmãos mais novo — Você sabe como animar o meu dia.

— Acredite se quiser, eu não queria começar a manhã assim, mas esse cara sofreu um acidente na minha frente quando eu estava indo pra casa — Reclamou e revirou os olhos. Mas assim que o interno que acompanhava Madara naquele dia pôs os pés na sala de cirurgia, os olhos de Izuna brilharam imediatamente —  Oi meu amor.

Placebos para o amor - TobiizuOnde histórias criam vida. Descubra agora