Eu quero ficar com você, e eu vou

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— Estamos encrencados, e a Kushina vai me matar por ter mudado toda nossa vida em 5 segundos — Minato sussurrou para Izuna, que concordou e segurou o riso — Ei, tá afim de tomar café da manhã? Se quiser podemos pegar seu sobrinho na creche e levar ele também?

— Obito? — Minato concordou com a cabeça — Você acha que ele está numa creche de hospital só porque toda a família está de plantão? Obito tem pelo menos umas três babás diferentes, toda a disposição de Madara. Meu irmão pode ser um cirurgião ocupado, mas deixa toda a vida do filho pronta antes de vir pro trabalho.

— Me pergunto quanto Hashirama precisa desviar dos lucros do hospital para manter a vida de milionário que o seu irmão leva — Os dois riram, mesmo já sabendo a resposta, porque ela era equivalente para Izuna, ambos viviam dos lucros das empresas da família, o dinheiro do hospital era apenas uma formalidade.

Sem muita alternativa, os dois seguiram para a lanchonete do hospital e conseguiram enrolar as atendentes o suficiente para ganharem donuts de graça, e depois de tomarem café suficiente para aguentar até o fim do plantão, subiram de volta para a emergência, onde ficaram enrolando até a hora do almoço fazendo suturas e empurrando grávidas em trabalho de parto até a obstetrícia.

— A gente deveria ir ver Kushina e lembrar que o plantão dela acaba daqui a pouco? — Izuna perguntou enquanto os dois estavam encima de uma maca, depois de andar o hospital todo e roubar todos os doces que conseguiram da pediatria, ficaram cansados e decidiram parar em uma maca num corredor vazio, e acabaram ali, ombros juntos e olhos entediados de sono, esperando algum milagre acontecer na vida deles para irem embora daquele hospital felizes.

— Ou a gente pode fugir dela — Minato lembrou, e os dois riram — Vamos dormir?

— Segundo as pessoas eu já transei com tanta gente naquela sala de descanso que posso acabar virando um garoto de programa, mas vamos por favor, estou exausto e não tem mais amendoins na sala de espera — Os dois levantarem e andara lentamente pelo hospital, se arrastando um no outro.

E deram de cara com seus amigos saindo da sala de cirurgia, Kushina e Tobirama vinham trazendo a paciente enquanto Kagami e Itama vinham derrotados atrás de Hashirama, Madara logo em seguida, sério, buscando os olhos do seu irmão.

— Me desculpa —  Foi a única coisa que ele conseguiu dizer ao encontrar o irmão mais novo, sem disfarçar o quanto estava derrotado.

Mas para  a surpresa de todos, Izuna apenas passou o olho pela maca de modo indiferente.

— Ela está morta? — Perguntou diretamente a Kushina, que negou com a cabeça — Então resolvam o que tiverem de resolver, não me importo, são profissionais competentes o suficiente para isso, não importa para mim.

Os residentes saíram com a paciente em direção a UTI, enquanto os atendentes ficaram ali, os três encarando Izuna, surpresos com o comportamento agressivo dele.

— Vai me contar o que aconteceu? — Madara foi o primeiro a questionar, e o único.

— Não vou — Sorriu para o irmão, que bufou.

Aqueles dois não eram o tipo de irmão de brigar, na verdade nunca o fizeram, e mesmo tendo um pavio absurdamente curto, Madara não queria destruir essa pequena conquista, então apenas encarou seu irmão por mais alguns segundos e foi embora, furioso, e seu marido foi atrás dele, preocupado.

— Você já sabe, não é? — Perguntou a Tobirama, que apenas acenou com a cabeça, e Izuna se aproximou devagar, colocando os braços sobre os ombros do médico e deixando um selinho rápido em seus lábios, sem se afastar — Obrigado, você salvou minha vida.

Placebos para o amor - TobiizuOnde histórias criam vida. Descubra agora