Hollywood Dreams [ HashiMada TobiIzu ]

Velha Caixa

Dentro daquela caixa havia muitos papéis e um estranho volume por baixo dos mesmos, mas Tobirama e Izuna foram por partes, cada um pegou um dos papéis que estavam na parte de cima e ao ler constataram que se tratava da documentação de Megumi Senju, assim como a certidão de óbito da matriarca Senju e o infame documento da herança, o testamento dela, documento esse que Butsuma procurou por muitos anos para destruí-lo, onde estava tudo escrito da forma mais clara possível que toda a fortuna dos Senjus era de Hashirama, e não só isso.

Para Butsuma de fato havia alguma coisa, que era a metade do estúdio, talvez pelo amor que ela sentia por ele mesmo após de tudo, não quis deixá-lo sem nada. Mas ao ler o restante, Izuna enfim entregou o papel ao albino e apenas apontou no local certo. Ao pegar o papel ele leu o trecho onde informava que 50% do estúdio pertencia a si. Não era inteiro de Butsuma como a vida inteira acreditou que fosse, e nem mesmo era de Hashirama, aquela parte do estúdio e a casa a matriarca deixou para o filho mais novo.

Tobirama definitivamente ficou sem ação, ele não sabia o que falar ou o que fazer com aquela informação. Izuna voltou a olhar a caixa e não contendo a curiosidade ergueu os outros documentos e pegou dali o objeto estranho, o mesmo estava enrolado em um pano e Izuna desenrolou com cuidado e ao retirar o tecido, estava em mãos com uma taça de vidro muito bem conservada e inclusive estava guardada a vácuo, o mesmo ficou olhando intrigado aquele objeto enquanto Tobirama olhou para o mesmo e deixou o documento da herança sobre o pequeno espaço vago no sofá entre ele e Izuna e pegou o objeto observando o mesmo mas acabou a deixando de lado também. Agora foi Tobirama quem ergueu mais alguns papéis da caixa e abaixo dos mesmos encontrou quatro pequenas fitas numeradas de 1 a 4.

Mexendo mais, encontrou um modelo antigo porém compacto de gravador de fita. O mesmo abriu o mesmo e perguntou se Izuna por um acaso tinha pilhas por ali.

— Será que as pilhas do controle do videogame dão certo? Vou pegar, espera. — Disse Izuna que se levantou e foi buscar os mesmos.

— Aqui! — Disse o menor quando voltou entregando duas pilhas comuns para o albino que encaixou no local do gravador e constatou que de fato, funcionou.

No momento em que ia direto para a fita de número quatro, Izuna interrompeu seus atos ao mostrar uma foto de Megumi para ele. — Você realmente é a cara dela. — Disse o mais novo em um modo doce olhando da foto para o Senju.

Claro que Izuna conhecia Megumi, quem em Hollywood não a conhecia? Mas nunca tinha parado para admirar exclusivamente a semelhança gritante entre mãe e filho. A mulher tinha exatamente o mesmo tom de pele claro de Tobirama, ele herdou todos os traços da mulher naquela foto que ela estava sorridente, o sorriso exatamente igual ao do Senju. Ela abraçava Hashirama e Tobirama mais novos de um modo carinhoso, aquela imagem demonstrava muita felicidade, os três pareciam estar felizes. Muito felizes.

Tobirama segurou a foto e sorriu saudoso ao olhar a mesma. E logo ele disse enquanto tocava levemente a ponta do indicador sobre o rosto da mãe, na foto.

— Essa foto foi tirada no Alaska. Foi simplesmente uma das viagens mais felizes que tivemos ao lado dela. Nosso pai não foi junto, e a mamãe pode ficar despreocupada em demonstrar seu sorriso, sua alegria, sem ter que receber os julgamentos de nosso pai. Uma das poucas vezes em que ela pode ser ela mesma, sem filtros, sem fingimentos. — O Senju fez uma pausa ao sentir as lágrimas se acumularem no canto do olho, mas ele a limpou com a mão livre e continuou. — Hashirama congelou o dedo do pé e ficou desesperado. — Tobirama riu ao se lembrar. — Nós passamos a noite toda ao relento para ver as luzes dançantes e esverdeadas sobre o céu. , nos aquecemos a base de chocolate quente e muita coberta, mamãe parecia que tinha levado o closet inteiro de inverno só para aquele final de semana. E ainda assim Hashirama conseguiu se congelar. — Tobirama riu saudoso e Izuna também sorriu ao imaginar a cena.

— Deve ter sido um passeio agradável, talvez seja uma foto digna de um porta retrato da cabeceira de sua cama, acordar e vê-la sorrindo todos os dias ao acordar e ao adormecer. — Disse o mais novo pensativo com o doce sorriso nos lábios.

Tobirama concordou e disse que era isso que iria fazer e deixou a foto junto ao documento da herança, e enfim voltou a sua atenção para a fita de número quatro.

Enquanto isso no quarto ao lado Madara ia de um lado para o outro, claramente impaciente, ele queria arrancar Tobirama do quarto de Izuna, ele queria na verdade, arrebentar a cara do Senju mais novo por ter se infiltrado na família Uchiha tão sutilmente e cravado as garras no coração de Izuna de forma que o Uchiha mais velho nem sequer percebeu. Desconfiava? Sim! Mas jamais imaginou que Izuna seria de fato fisgado pelo maldito Senju.

— Mada, deixa eles. — Disse Hashirama que já estava deitado embaixo das cobertas do quarto do Uchiha. — Vem aqui, vamos assistir algo.

Madara então foi até perto da cama. Mesmo impaciente, ele ficou ali enquanto Hashirama se acomodou sobre o peito do Uchiha que aos poucos relaxava mais afagando os cabelos do moreno enquanto assistiam a um documentário escolhido pelo moreno sobre florestas e animais.

O conteúdo da fita número quatro foi reproduzido, não em sua totalidade, pois Tobirama se recusou a ouvir o restante do conteúdo. O Senju não tinha motivos para conter as lágrimas que agora inundavam o seu rosto, Izuna estava do mesmo modo e juntamente com as lágrimas no rosto pelo que havia acabado de ouvir, as mãos estavam em frente a boca, em surpresa e o silêncio junto com o desespero caiu sobre o casal.