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A energia feminina é parideira. Qualquer luta contra esta verdade é vã. O feminino é fecundável, gerador, é o canal entre o divino e o terreno, por onde deslizam as ideias, as manifestações perfeitas do Ser, as verdades por desvelar. A mulher é poeta. O poeta é mulher. A mulher é impregnada, uma e outra vez, consoante a vontade do devir. A realidade cósmica dá-se na mulher, mas é homem. Não lhe podemos negar as afinidades. A genitália é aparência; as forças conscientes, enganadoras. A mulher nasce para dar à luz a vida terrena, cósmica, a palavra divina contida no total. Homem é mulher, mulher é mulher, mulher é homem. De que servem categorias quando a verdade é evidente? Deixemo-nos de nomear, sintamos apenas.

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