A primavera vê-se muda na tua ausência, quais cores que não brilham, acabadas de começar. O sol foge-nos, miudinho, por entre os ventos do norte e as chuvas ancestrais e, nós, já não te vemos. Flores e insectos e pássaros e pessoas, todos esperamos, ansiosamente, dolorosamente, ao frio que outrora era mar salgado e infinito. Levaste contigo o calor! Levaste contigo o amor! O amor da natureza impiedosa, ela que se altera violentamente e, por isso, vive. Apenas por ti ela espera, eu sei, eu vejo. Pois, quando voltares, irá finalmente ser verão.
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Temperança
Poetry"É o amor criado no âmago da mãe e que se estende até às pontas do universo, quando os organismos cantam em uníssono e o seu eco ressoa na ponta dos dedos." Nesta jornada maníaco-depressiva ao encontro do equilíbrio, só há espaço para o amor. Capa:...