VIII

10 1 0
                                    

A primavera vê-se muda na tua ausência, quais cores que não brilham, acabadas de começar. O sol foge-nos, miudinho, por entre os ventos do norte e as chuvas ancestrais e, nós, já não te vemos. Flores e insectos e pássaros e pessoas, todos esperamos, ansiosamente, dolorosamente, ao frio que outrora era mar salgado e infinito. Levaste contigo o calor! Levaste contigo o amor! O amor da natureza impiedosa, ela que se altera violentamente e, por isso, vive. Apenas por ti ela espera, eu sei, eu vejo. Pois, quando voltares, irá finalmente ser verão.

TemperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora