-ESTAMOS INDO- gritei pra minha mãe
-Tá bom, boa sorte lá- o Uber estava na frente da minha casa nos esperando
Meu pai escolheu uns dos seus restaurantes favoritos, eu escolhi a comida favorita do Charlie, quero agradá-lo ao máximo.
-Aqui é lindo- meu amor disse olhando a paisagem
Era realmente bonito.
A mesa que meu pai havia reservado ficava na sacada do restaurante, daqui de cima da pra ver toda Londres.
-Só não mais lindo que você- abracei ele pro trás
-Podemos vim aqui um dia, eu e você- eu sorri
-Humm, você vai me levar pra jantar, que romântico- dei um beijo no seu pescoço
-Nicky- me virei
-Pai- me aproximei e abracei o mesmo-que saudades
-Eu também filho- nos afastamos - e você deve ser o Charlie
Meu amor sorriu envergonhado enquanto se aproximava do meu pai.
-Prazer em conhecer o senhor- sorriu
O jantar foi maravilhoso, Charlie estava agarrado na minha mão e sempre que iria falar alguma coisa ele apertava e se reprimia.
Eu sei que Eduardo não dava a oportunidade de falar e sempre o reprimia pro falar de mais, eu não me importo, adoro ver o Charlie falar sobre as coisas que ele gosta, seus olhinhos brilhavam e o sorriso de orelha a orelha é o que me deixa mais feliz.
-O que você gosta de fazer Charlie?- meu pai perguntou
-Eu??eu gosto de tocar bateria, eu toco desde pequeno, eu também gosto de ler, meus livros favoritos são a saga de Harry Potter, Assim que acaba, você já leu a história de Anne Frank é muito boa- ele me olhou então parou falar- desculpa
-Charlie é muito inteligente também, ele tem as melhores notas da escola, né bebê- ele assentiu
-Que bom, fico feliz que o Nick tenha arrumado alguém tão especial igual a você, me fale mais sobre os livros
-Quem sabe outra hora, eu vou no banheiro, com licença- meu amor se levantou e se retirou
-O que deu nele?
-É complicado pai, eu vou ver se tá tudo bem- me levantei
Fui até o banheiro, quando entrei escutei a voz do meu amor.
-Desculpa, eu falo de mais e atrapalho tudo-
-Charlie, eu fico chateado- ele me interrompeu
-Me desculpa, eu vou ficar quieto o jantar inteiro- me aproximei dele
-Eu fico chateado por você achar que eu sou igual ao Eduardo, meu amor eu adoro te ver falar, adoro ver seus olhinhos brilhando quando você fala sobre seus livros ou sobre sua bateria- ele me abraçou- eu amo quando você fala fala e fala sem parar
Beijei sua testa e sequei suas lágrimas.
-Vamos voltar pra lá- ele assentiu
Voltamos pra mesa, o garçom veio nos dizer que meu pai foi embora e que deixou um bilhete.
"Tive uma reunião de última hora, mil perdões.
Diga ao Charlie que eu amei conhecê-lo, também diga que a história de Anne Frank é umas das minhas favoritas.
Te amp filhão, fico feliz que tenha um bom garoto do seu lado.
Obs: O jantar e a sobremesa estão pagos"
-Podemos levar a sobremesa?-perguntei pro garçom
-Claro, eu vou mandar embalar
Ele só queria deitar na minha cama, e pela carinha do Charlie, ele também.
[...]
-O quarto de hóspedes está em reforma, então você dorme na minha cama e eu coloco um colchão no chão
-Não precisa, eu posso ir pra casa- o "NÃO"gritou bem forte na minha cabeça, realmente não precisa, não é como se deitássemos na mesma cama e pumm , estamos transando
-Fica, eu não me importo em dividir a cama com você- ele sorriu
Charlie pegou um pijama meu e se deitou na cama, fiz o mesmo, me deitei perto dele e abracei o mesmo.
-Amanhã não tem aula, seremos só eu e você- após dizer isso meu sorriso foi inevitável-
