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Uma semana desde que tudo aconteceu.
A pior semana da vida do meu anjinho.
As crises de ansiedade, crises de pânico, o medo de ficar sozinho, o medo de que EU toque nele.
Isso tudo tá acabando comigo, não pelo fato de não poder tocar nele, tipo nas coxas, partes íntimas e etc mais pelo fato daquele babaca ter machucado ele, tanto fisicamente quanto psicologicamente.

-Não podemos condenar ele sem provas

-E se arrumássemos vídeos, tipos câmeras

-Bom aí já é outro caso

Os policiais estavam se recusando a abri um boletinho de ocorrência, eles disseram que precisávamos de provas antes de condenar alguém.

-Tá tudo bem meu amor?-a mãe de Charlie perguntou agarrando seu braço

Depois que tudo aconteceu a mãe do Charlie está mais protetora, assim como o pai dele, eles cancelaram todas as viagens que tinham pra fazer e disseram que enquanto tudo isso não estiver resolvido ele vai ficar afastados do trabalho.
Bom, se demorar 1 ano pra tudo isso se resolver eles vão continuar tendo dinheiro até porque todo mês guardam um pouco no banco.

Meu amor segurou minha mão com força quando passamos em frente a casa do Eduardo, ele estava sentado na varanda com um xícara na mão, quando nós viu ele ergueu a xícara como se estivesse nos convidado para um café.

-Eu vou conversar com a mãe dele- minha mãe correu até a casa deles

-Mãe- Olhei pro Charlie-espera eu vou com você

-Não..-meu amor disse apertando minha mão

Durante esse semana eu me segurei para não quebrar em 4 a cara desse garoto, só que agora ele já está debochando da minha cara, durante essa semana fui EU e o meu namorado que passamos noites e noites acordados por conta dos pesadelos dele, então eu não vou mais me segurar e fingir que está tudo bem.

-Eu não vou fazer nada, só conversar- larguei da sua mão

Me aproximei do portão.

-O que foi velha? Minha mãe não quer falar com ninguém não- suspirei

-Eduardo- Dona Márcia saiu pra fora do portão- já pra dentro, o que aconteceu Sarah?

-Podemos conversar, sobre uns acontecimentos recentes

Eduardo olhou com raiva pro meu anjinho e ele se escondeu atrás do seu pai.

-Não adianta olhar assim pra ele, ele não tem mais medo de você- minha mãe disse

Eu conseguia ver o ódio no seu olhou, ela claramente estava com raiva.
Minha mãe ama o Charlie e eu sei que ela também não dormia nas noites que ele estava com crises.

-O que o Eduardo fez agora?- Márcia nos convidou para entrar

Contamos tudo que aconteceu, Eduardo estava chorando, como se os mentirosos fossem nós.

-Essa velha tá piruta, já tá na hora de ir pro caixão de tão doida que tá- me levantei

-Repete?

-SUA MÃE É PIRUTA- pulei encima dele

Fechei minha mão, acertei o primeiro soco e ele tentou me segurar,acertei outro juntamente com uma joelhada na sua parte íntima, escutei ele gemer de dor, depois disso foi um soco atrás do outro, eu escutava os gritos da minha mãe e da dona Márcia, mas eu não ligo, eu vou acabar com a raça desse idiota.

Nick..- senti uma onda de arrependimento invadir meu coração quando escutei a voz chorosa do meu amor

Meu corpo foi jogado no chão e quando Eduardo ia acertar o primeiro soco na minha cara sua mãe o tirou de cima de mim, sentei no chão e meus olhos foram direto no Charlie, ele estava agarrado na Tori, ela tentava acalma-lo
Eu agi por impulso e não pensei nele.
Corri até meu amor e abracei ele

-Eu liguei pra polícia- Eduardo disse jogando o celular encima do sofá

-Ótimo- Tori soltou o irmão e se aproximou lentamente do Eduardo

Aquele cara que até os pais dela tem medo..

-Até porque eu consegui as imagens das câmeras, tanto na vizinha onde podemos ver você pulando a janela do quarto do Charlie, tanto as câmeras do corredor onde dá pra ouvir o Charlie pedido ajuda e também você ameaçado ele- Eduardo paralisou

Escutei o som da polícia

(Lembrando que é Londres não Brasil)

Eduardo tentou sair correndo porém a mãe dela segurou a mão dele.

𝐂𝐚𝐧 𝐈 𝐁𝐞 𝐇𝐢𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora