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◇Andréia◇

Bato na porta pela terceira vez, já preocupada.
Canso de esperar e tendo abrir a porta. Para minha surpresa ou preocupação, ela está destrancada.

Será que elas saíram? Foram para o hospital? Me pergunto assim que chego na sala e vejo ela vazia.

"Charlotte? Cristine?" Começo a chamar, andando para dentro da casa, "Meninas?" Pergunto assim que chego na grande cozinha delas.

A primeira coisa que vejo é o balcão, atrás dele está, a geladeira, fogão, armário, pia. Vou entrando mais ainda na cozinha. Logo me assusto quando vejo as menias com cara de medo, sentadas nas cadeiras da mesa de jantar.

"O que aconteceu?" Pergunto assustada indo até elas. "Não, Agatha" Cristine diz olhando para o quer que seja atrás de mim.

Por reflexo me viro já puxando a arma das costas, apontando diretamente para o que estava atrás de mim.

Encaro o homem em minha frente. Minhas mãos estão firmes enquanto aponto minha arma em sua direção. sinto o cano de uma arma em minha têmpora. Não preciso olhar para o lado para saber quem é. Eles estão aqui, os dois. Eles finalmente me acharam e vieram me pegar de volta.

"Você vai atirar em mim?" O homem em minha frente diz "Talvez" respondo engatilhado a arma. Escuto seus homens apontando suas armas para mim. "Abaixem isso agora" seu tom ríspido é dirigido aos seus homens.

Aos poucos as armas são abaixadas, exceto a que se encontra precionada em minha têmpora. Encaro a todo instante o homem em minha frente, mais me recuso a olhar para meu lado esquerdo.

Aqueles olhos sempre me trouxeram medo, agora não irá ser diferente. Só de imaginar como eles devem está agora meu corpo gela. Só de sentir sua presença ao meu lado fico nervosa. Ele sempre foi capaz de mexer comigo, sempre me abalando só de está no mesmo ambiente que ele.

Sempre soube que esse momento chegaria. O momento em que eles me encontrariam e me levariam a força para onde bem entende. Aos menos consegui passar dois anos longe deles, longe de tudo àquilo.

Tive uma vida, boa e normal, aos menos uma vez na vida.

"O que estão fazendo?" Pergunto com raiva. "Viemos te levar para casa" o idiota da frente fala. "Cadê a Charlotte? Se vocês tiverem feito algo com ela vão se arrepender."Falo, com meu tom de voz firme. "tragam ela." Logo vejo a garota surgir por um corredor, com um segurança a agarrando por trás.

"Solta ela agora" digo para o homem que a agarra assim que eles param, o homem me olha mas nada faz.

"Porque você não solta ela logo? O que tá esperando? Você acha que se eu atirar daqui vou errar? Não vou pensar duas vezes de novo se você não soltar ela." digo apontando minha arma agora para ele.

Ele olha para seu chefe a procura de um sinal, uma resposta. "Não espere que ele vá se importar muito se eu atirar em você, pelo contrário. Talvez fique até orgulhoso por me vê atirando em alguém." digo séria.

Ele olha novamente para seu chefe, o mesmo faz um sinal com a mão, e logo ele a solta.

"Você tá bem?" Pergunto a Charlotte assim que ela chega ao meu alcance, passando minhas mãos pelo corpo dela, a procura de machucados.

Nem me importo com o outro idiota atrás de mim, com uma arma, só preciso saber se ela está bem.

"Estou bem" Ela diz com um falso sorriso no rosto.

Me viro novamente para o primeiro idiota, fazendo com que as meninas estejam nas minhas costas, e o segundo idiota ao meu lado esquerdo, e ao meu lado direito está Charlottee os homens deles.

"Seja lá o que vocês tiverem tramando, deixe as meninas saírem daqui primeiro." Digo calma. "Não posso" o idiota número um fala, "Elas estão aqui para sua segurança" ele continua.

Sinto quando o outro irmão passa por trás de mim, me causando calafrio. Ele vai em direção aos seguranças, que logo saem do cômodo.

"Estou muito bem segura aqui, então deixem elas saírem." Digo já ficando com raiva. "Não, não está" ele diz.

Olho para Charlotte, ela já sabe o que vai acontecer agora. Ela aperta minha mão e acena com a cabeça. "Tá tudo bem" ela diz, "Tô aqui com você". Sorrio para ela. Não poderia está mais grata, por te uma amiga como ela.

Olho novamente para o idiota número um.

"Acho melhor você deixar elas saírem, agora" digo apontando a arma para minha cabeça. Vejo o mesmo fica nervoso na hora, "Se pensa que não tenho coragem para isso você se enganou" vejo seu maxilar travar.

"Você prefere morrer do que ficar conosco?" A voz grossa ecoa pela cozinha. Seu tom de raiva é nítido. "Sim" respondo a pergunta do segundo irmão. Nem me viro para tentar vê sua expressão, com certeza é ódio.

"Você não faria" o primeiro irmão fala, "Você acredita nisso" digo soltando o suspiro e me preparando.

escuto o grito assustado de Charlotte, quando algo vem de impacto com meu corpo. Antes que eu tenha oportunidade de fazer algo, sinto o braço que está com a arma sendo empurrando para trás do meu corpo, com isso acabo perdendo a arma, logo depois sinto as mãos me precionado contra o balcão. Tudo é tão rápido.

Meu rosto está sendo precionado contra o balcão com uma das mãos da pessoa que me atacou, e a outra mão está segurando um de meus braços para trás. "Você realmente achou que eu não estaria preparado para isso?" O idiota número um fala

"Alison, o que está fazendo?" Escuto Charlotte dizer.

Acabo rindo não acreditando no que está acontecendo, "Então você mandou seus homens para cá primeiro em!?" Digo. "Precisava saber como você tava, para saber como agir" ele responde.

Só então me dou conta, "Charlie, ele é um de seus homens não é?" Pergunto irritada. "Foi assim que vocês entraram no meu apertamento" "Gosto do quanto você é inteligente" diz ele.

Estou tão irritada. Charlie assim como a Alison, chegaram a mais ou menos um ano em minha vida. esses idiotas estavam de olho em mim por mais tempo do que eu acreditei.

"Enfim não iremos mais enrolar" ele diz e logo depois sinto meu corpo sendo puxado do balcão. Logo depois sou empurrada justamente para os braços do que mais me assusta.

Acontece tão rápido, que nem percebo até está nos braços dele. Ele me agarra com força, nossos olhos finalmente se encontram depois de tanto tempo. "Presente do seu irmão" o idiota número dois diz. "O que?" Pergunto confuso. Logo depois sinto a picada no meu pescoço, pego sua mão o mais rápido que posso por reflexo. Mas já é tarde, assim que puxo sua mão com a seringa, a mesma já está sem vazia.

"O que você..." tento dizer enquanto minha visão vai ficando turva e escura, sinto minhas pernas fracas.

"eu odeio vocês" é tudo que digo antes das minhas pernas falharam completamente e minha visão ficar totalmente escura.

Antes de ir de encontro com o chão, sinto seus braços me segurarem. Isso é última coisa que sinto antes de me entregar cem por cento a escuridão. Junto com um pequeno grito que escuto, distante. Acredito que seja Charlotte.

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